Confesso que li "V" quando esse já se tornara cult entre os leitores de quadrinhos, quando a mini foi lançada por aqui em 1989 pela editora Globo, achá-la nas bancas foi um sacrifício e somente alguns anos depois encontrei um amigo que a havia comprado em "sumpaulo" e pude enfim me deliciar com sua história. Tentei comprá-la desse amigo, mas qual o quê, ele não a vende por nada.
Devo confessar que me apaixonei pela história, criada pelo genial Alan Moore e desenhada por David Lloyd, e que estou ansioso pela chegada desse presente de aniversário (já que o filme estreia por aqui justamente no dia de meu birthday).
As críticas que li até agora não me deixaram preocupados com a adaptação, sei que haverá algumas mudanças e como já foi dito, algumas referências serão perdidas, principalmente quanto a letra "V" que nos quadrinhos marca o início de cada capítulo e diversas referências ao longo da história. Mas toda adaptação por mais fiel que seja, não é o original (me fez lembrar o que dizem os mulçumanos sobre o Alcorão, se não está em árabe não é o corão, mas sim uma cópia dele apenas próxima ao perfeito, mas nunca perfeita).
"V" é uma história protesto.
Diz o protagonista em determinado momento: "Pessoas não deveriam ter medo de seus governos, o governo deveria ter medo de seu povo".
A frase deve dar o que falar, principalmente porque o personagem da história é um terrorista que mina o governo através de inúmeros atos que desafiam a constante vigilância e quebra de liberdade do povo em nome de uma falsa sensação de segurança; muitas vezes escondendo a corrupção daqueles que manipulam a política não em interesse do povo, mas de seus próprios.
Dizem que nos "States" o filme, que é dirigido pelos "Wachowski Brothers", teria desagradado o governo "todo poderoso" de George Busho, em razão do protagonista (inspirado no lendário Guy Fawkes, um conspirador inglês que em 1605 tentou explodir o parlamento inglês numa tentativa de derrubada do rei James I) e sua causa.
Poderá incomodar aqui também...
Afinal o que temos visto na política do País é a celebração do conchavo e institucionalização da "pizza", com as frequentes desilusões que temos tido com absolvições de políticos confessadamente envolvidos em ilegalidades, que sorriem abertamente antes das votações com a certeza da impunidade.
Com certeza o material do filme e principalmente dos quadrinhos podem fomentar grandes discussões em sala de aula e aqueles professores antenados podem buscar mais esse meio para transformar a aula em um delicioso fórum produtivo e eficente.
O filme é estrelado por Hugo Weaving (o agente Smith de the Matrix) e Natalie Portman (a rainha Amidala de Star wars I, II e III).
Dia 07 de abril nos cinemas.
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