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quinta-feira, agosto 26, 2010

Me arde o ôi




Achei muito legal essa paródia de "We are the world", além do mais com uma mensagem mais do que importante. Veja e divulgue. E se ôce pita, sai cum esse negócio fedido prá lá.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Culpa da PM?!

Rapidinho...



Um grupo de bandidos fortemente armados invadiu no fim de semana um hotel no Rio de janeiro, levaram pânico a hospedes, funcionários, moradores vizinhos, motoristas, etc. Agora advinhem de quem é a culpa??????? Um doce pra quem disser primeiro que foi a Polícia! Não poderia ser de outra forma segundo O Globo. Realmente... há algo de muito errado com esse país.

O planeta dos macacos

Planeta dos Macacos  (texto recebido por e-mail, assinado por Matrix publicado aqui sem prévia autorização, devido ao simples fato de eu acho uma excelente reflexão a ser feita)

A recente persecução (“perseguição”) criminal em desfavor dos 02 PMs que, EM TESE, “acharcaram” o “pobrezinho homicida” que assassinou o filho da atriz Cissa Guimarães me fez lembrar a última cena do filme: “Planeta dos Macacos” (1972) onde o ator Charlton Heston descobre, atônito, que os seus coatores símios eram, a bem da verdade, descendentes de macacos da própria Terra e, portanto, seus parentes distantes, definidos assim pelas Leis Darwianas. Ou seja, surpresa geral, ele não se encontrava em um planeta longínquo e atemorizador, e sim, em sua própria terra natal, local onde, por culpa de seus próprios governantes, o poder tinha migrado para as mãos dos outrora mamíferos de segunda classe.

Isto posto, vem-me a lembrança de que colocar a culpa em um “Judas” distante, alienígena e irreal é coisa que todo brasileiro mistifica e apóia. Fazer com que a “sua” culpa seja transferida para outrem é, deveras, o melhor caminho. A mais pacífica e confortável solução.

Ora, “in casu”, contrariando tudo o que já foi posto, tenho que ponderar lucidamente sobre os fatos e não sobre as razões emocionais e “factóides” que levam a “mídia” a desviar o foco da questão da verdade para a “sua” verdade.

Assim, passo a refletir da seguinte forma:

01 – O que leva um cidadão a desviar por uma entrada ilegal e proibida, localizada dentro de um túnel movimentado da Zona Sul da cidade, realizando a temerária manobra conhecida por muitos como a famosa “bandalha”. Freando o seu veículo numas das vias mais movimentadas da cidade e adentrando por uma via interditada, sem qualquer noção de culpabilidade?
Choque de Ordem nele !!!

02 – O que a vítima, maior de idade e, portanto já plenamente imputável em seus atos, estava fazendo naquela mesma via interditada, “andando de skate”, se a própria denominação já se auto-define a sua condição: INTERDITADA.
Reprovável, porém desculpável, tendo em vista tratar-se de jovem ainda adolescente!

03 – Não há de ponderar que, no fato ocorrido, houve uma contribuição causualística por parte do autor e uma (ainda que menos relevante) concausa, desferida pela vítima, mas, não necessariamente desprezível à análise do caso em tela?

04 – O crime consumado é o de HOMICÍDIO. Não restando mais dúvidas sobre sua autoria.

Realizadas tais ponderações agora é que chega ao âmago da questão.

Após o ocorrido, eis que chega uma viatura da Polícia Militar e, inexplicavelmente (ou até muito explicável) “libera” o condutor e seu veículo, não “procedendo” as medidas de praxe cabíveis.

Até aí, tudo bem! Mas não devia ser, se fosse este país, um país sério…

Se não fosse a vítima quem era, eis que tudo estaria resolvido!

A vítima, coitada, seria “chorada” pelos familiares, os policiais militares teriam um “dindin” a mais para colocar à mesa de seus familiares, o “bacana” iria para casa, incólume (o que são R$ 10.000,00 para me “livrar” do “inconveniente” de ter que ir à delegacia, prestar declarações, etc?); o Inquérito Policial ficaria lá, naquele lugar que todos conhecem ou já ouviram dizer: no armário empoeirado de alguma delegacia, aguardando a sua tão sonhada prescrição.
E, pronto! Todo mundo feliz (menos a vítima e a sua família, é claro).

E você pai, mãe, irmão não faria a mesma coisa em “Terra Brasilis”?
”, tu dás “cinquentinha” para passar na Blitz com o IPVA do carro atrasado. Não vais dar o que te pedirem e tu tenhas, para te livrares de um “mal maior”???

No dia seguinte, porém, veicula-se na mídia que a vítima é filha de cidadão famoso e o caso tem uma reviravolta. Chega-se, celeremente, ao culpado pelo atropelamento. Mas só isso não basta. É preciso achar o verdadeiro “culpado”. Aqui é que a história ganha contornos do surrealismo. A “Teoria do Judas” começa a se materializar. Desvendam-se os verdadeiros “algozes” do crime: 02 Policiais Militares.

Como não?
Pela tese proposta, o que choca não é o fato do atropelador ter MATADO FUGIDO. Mas o “Mal” ter agido. Personificado na pele de dois servidores públicos, na qualidade de policiais militares que, prevaricando, em nome de uma “perpela”, “livram-se solto” o real homicida.

Não cabe a este pensador cogitar se houve (ou não) a prática dos crimes tipificados, segundo o nosso Código Penal, pelos arts. 317 (Corrupção Passiva) e 333 (Corrupção Ativa). A Justiça assim o fará. O fato é que, contrariando todo o “bom senso”, a busca pela condenação e punição do “Mal” se direciona, tão somente, para os que solicitaram, exigiram, deram a entender, (ou seja lá o que for que aqueles policias fizeram) um “troquinho” pela, vislumbrada, não indiciação pelo fato ilícito cometido.

Mas, … que “furada”???

O “cara” também era um ilustre cidadão. Não irá “ficar o dito pelo não dito”. As ações do corruptor e do corrompido serão levadas a julgamento.

Aí é que se inicia a separação de classes da sociedade brasileira! Uns vão direto para a cadeia. Outros, para Búzios!

A mídia se “fecha em copas”!
Ora, tanto autor quanto vítima são “cidadãos zona sul”!
Temos que nos proteger!
A culpa tem que ser dos policiais militares!
Quem mandou ser pobre, moral mal e ser PM!
Fogo no rabo deles!

Nós” (os bacanas) só lhes aturamos porque é preciso. Um mal necessário. Fazer o quê, “”?

Então, passam a “manipular” a opinião pública, desmerecendo a atitude dos policiais militares e “dissimulando” às ações do assassino.
Depois ficam reclamando que a Polícia Militar é toda corrupta.
Ora, ela só faz o que dela se espera. É a “Teoria da Profecia Auto Realizável”.
Os “caras” lá se sentem abandonados, menosprezados, perseguidos.
Então eu lhes pergunto: Com ou sem razão?
Mas, voltando ao assunto, enquanto o autor e a sua família ( o pai, partícipe) vão para a sua Casa de Praia, a fim de se desanuviarem dos problemas que os afligem, os dois integrantes do “Lado Mal da Força” vão pra prisão. Prisão administrativa, mas prisão, ora bolas!

Não bastando esse disparate, o “nosso” governador vem a público nos dizer que esses policiais são “bandidos ao quadrado” e o seu comandante “pede” (exige) que os mesmos sejam presos preventivamente. Pura resposta aos eleitores, em ano eleitoral.
O fato de serem policiais, não os transforma em baluartes da moral e da ética.
Quem dá exemplo é professor de português!

Lúcido, somente o egrégio Juiz de Direito que lhes nega a prisão!

Prender por prender, tão somente por se tratarem de policiais militares, é o cúmulo da hipocrisia.

Não há denominação legal de “bandidos ao quadrado”, que quer nosso governante eleito fazer crer que exista em nosso ordenamento jurídico. Se forem criminosos, após as suas condenações, e somente após aquelas, serão, exclusivamente, isso: BANDIDOS. Sem quaisquer superlativos em suas qualificações. Como também o é o atropelador homicida. Cometido aquele crime, julgado e condenado por ele, poder-se-á, então, denominá-lo criminoso. “Bacana” também pode ser criminoso. Assim como médicos, engenheiros, políticos, etc.
Atente-se ao crime de Calúnia, art. 138 do CP!

Entretanto, o que me causa comoção é o fato dos pesos e medidas diferenciados.

Meu Deus!
Matar tem pena que varia de 02 a 04 anos. Praticar corrupção, pena de 02 a 12 anos.
Há qualquer coisa errada nesse país!

O fato é que, pelo “andar da carruagem”, o autor do crime de Homicídio Culposo na Direção Automotiva “pegará” 02 anos de condenação por essa prática, tendo em vista não haver causas de aumento, diminuição, atenuantes e/ou agravantes. As quais, somadas ao crime de Corrupção Ativa, por haver, segundo colocação subjetiva deste crítico, 03 agravantes, 01 atenuante e somente uma causa de aumento, definindo-se, por essa prática criminal, o tempo de 04 anos e 06 meses para a sua sentença, perfazendo um total de 06 anos e 06 meses de condenação. E mais, se configurado a “Coação Moral” (resistível), o que este pensador prevê ser auferida no caso em tela, a pena do crime de Corrupção Ativa poderá ser reduzida ainda em 1/6, culminado com a sua fixação em 03 anos e 09 meses. Perfazendo um total de 05 anos e 09 meses, pela prática de 02 (DOIS) CRIMES.

Isso senão prosperar a tese da “Coação Moral Irresistível”.
Aí a “vaca vai pro brejo”!
Vão apelar dizendo (PASMEM) que foram coagidos a “oferecer” a “propina”, temendo por suas vidas!

Pode acontecer! Não se iludam! (da série: morro, mas não vejo tudo nesta vida).

Não há nem que se falar em crime de Omissão de Socorro, posto que, “bem orientado”, ocidadão assassino, condutor do veículo que deu fim a vida da vítima, teve a “benevolência” (esperteza) de ligar, logo após o fato, solicitando socorro à vítima.
Enquanto que os também culpados PMs terão suas penas definidas, pelo Sistema Trifásico de Aplicação da Pena, somado ao conjunto probatório, na “casa” dos 11 anos e 06 meses, pela prática criminosa de apenas 01 (UM) CRIME.

Sendo que um dos dois crimes no primeiro exemplo é “Contra a Vida”, o maior bem tutelado em nosso ordenamento jurídico. E este só “vale” 02 ANOS.

Você acha justo?

Sim? Não?

É a Lei e pronto!

Mas, reportando-se ao enunciado do primeiro parágrafo, ocorre-me a ideia de queTODOS, nesse país, sem exceções, têm a malévola percepção de que se eu conseguir imputar a outrem a má publicidade em um caso onde eu esteja envolvido, tanto melhor. A culpa é do “Macaco”. Nunca minha. Sou somente um cidadão íntegroenvolvido,momentânea e até (quase) injustamente neste ilícito. Mas, “peraí”! Tem PM na “jogada”! Opa! A culpa é do “Macaco”. Porque será que ele vem, sabe Deus lá de onde, para fazer toda essa lambança. Acusem-no! Condenem-no. Banem-no! Matem-no, se for possível! Na Fogueira, melhor seria! A culpa é do “Macaco” (PM) !!!

Ledo engano, os “Macacos” somos nós mesmos !!!

MATRIX

quarta-feira, agosto 04, 2010

Yamato - Patrulha estelar - vira filme


Uma de minhas animações favoritas vai virar live action num filme que promete ser bem legal

Patrulha Estelar - nome dado no Brasil ao animê Uchû Senkan Yamato (Space Battle Ship Yamato) - exibido por aqui entre 1983 e 1985, irá virar filme "live action" com estréia prevista para o final de ano e será aguardadissimo por mim e outros fãs.
A história conta a saga da nave de batalha Yamato, criada a partir dos destroços do navio da marinha japonesa afundado na 2ª Guerra pelos americanos e que sempre foi motivo de orgulho dos japoneses (e cuja história também virou um filme legalzinho), servindo como principal arma contra a invasão da terra pelo planeta Gamilon.
Ah! Só pra constar a série teve 3 temporadas e 5 longas.

Milhares contra alguns - cinema e bandidagem

(Por Kiko Moreira)

Observando as notícias sobre os recentes ataques à sede da ROTA em São Paulo, não pude deixar de relacionar àqueles ocorridos em maio de 2006, que por mais de uma semana aterrorizaram a maior cidade do país, comandados por uma facção criminosa, o PCC, que decretou fosse "tocado o terror": quartéis, postos policiais e delegacias foram atacados, policiais foram mortos, carros incendiados, população escondida, caos instalado.
Os ataques supostamente ocorreram porque, na tentativa de sufocar uma série de rebeliões programadas, foram transferidos cerca de 750 criminosos para presídios de segurança máxima. Numa demonstração de força ainda não vista no País, os criminosos abriram mão de lucros e da comodidade delinguencial para mostrar a população e ao Estado quem realmente tinha o poder naquele momento, forçando este mesmo Estado a negociar (fato negado até hoje) para que os ataques acabassem e a normalidade voltasse as ruas de São Paulo.
O episódio rendeu o filme "SALVE GERAL" de Sérgio Rezende, que poderia ter sido um retrato fiel e documental dos fatos, mas que como tantos outros na história recente do País, preferiu a via da romantização e da humanização dos personagens, tranformados em anti-heróis que conseguem arrancar a compaixão do público e faz desaparecer o fato de que são bandidos frios, calculistas e cruéis.
O diretor preferiu usar os ataques como pano de fundo para contar a história melosa de um jovem "acidentalmente" jogado no mundo do crime. Ele após participar de um racha, simplesmente mata outro jovem com uma extrema frieza, o que é mostrado de forma tão banal e apática, que sequer percebemos a gravidade do crime, ficamos é com pena do assassino... A partir daí o rapaz, preso, se envolve com uma série de situações "acidentais", enquanto sua mãe passa de professora de piano, por amante de bandido, até avião do grupo criminoso.
O grupo criminoso, aliás, não parece formado por bandidos perigosos e cruéis (esse papel ficou para a polícia, mostrada como incompetente, burra e corrupta) mas sim como uma bando de intelectuais injustiçados pela sociedade e comandados por alguém com o singelo título de "professor". Uma oportunidade perdida para mostrar a cruel realidade de nosso sistema de segurança e suas inúmeras deficiências.
Esses dias chega outro filme sobre um outro famoso grupo criminoso, é 400 CONTRA 1, filme de estréia de Caco Souza, que procura contar sobre a formação do Comando Vermelho desde seus primórdios na prisão de ilha vermelha, quando presos políticos foram colocados juntos a bandidos comuns resultando na base que deu inicío a facção.

Novamente o filme parece retratar a vida de crimes dos personagens como um ideal de banditismo romântico e cheio de aventuras, motivado por um sistema injusto que obrigou cada um dos protagonistas a ingressar na delinguência por culpa única e exclusiva do Estado e da sociedade. O título, por sinal faz alusão a um suposto cerco de 400 policiais armados até os dentes na tentativa de captura de um único e quase indefeso marginal. Claro, irei assistir ao filme com a mente o mais aberta possível e possívelmente sairei de lá achando que eu sou o culpado por esses pobres coitados que querem apenas uma vida aventureira e abastada, mas que por falta de oportunidade são obrigados a tomar dos outros (a força, de forma cruel e insidiosa) para satisfazerem suas necessidades. Nós pobres coitados que temos os mesmos sonhos, mas que preferimos lutar diariamente com o suor do rosto para conseguir, ao menos, realizar parte do sonho, não seremos objetos de filmes contando nossa história, afinal somos os bobos da corte.

quinta-feira, julho 29, 2010

Brasil...Violência...Educação...

(Por Kiko Moreira)

Nos últimos anos temos assistido a uma verdadeira ascensão de crimes violentos causados por motivos banais ou ao menos por questões que bem poderiam ter sido solucionadas de forma não violenta; são brigas de escola, namoros acabados, desavença entre vizinhos, ciúmes entre irmãos, ciúmes de filhos, acidentes de trânsito, relações sexuais prejudiciais, etc. Que acabam em homicídios, muitas vezes com ares de execução somente vistos em filmes hollywoodianos, crimes que envergonham e ao mesmo tempo fazem a festa dos mais diversos meios de comunicação.

TVs, jornais, rádios, todos aproveitam a ocorrência destes crimes para aumentar a audiência de seus programas diários – sem se preocupar inclusive se estes passarão em meio à programação infantil – aproveitando-se do fato de que as pessoas parecem ter deixado de se surpreender com a notícia de mais uma chacina, de mais uma bala perdida ou execução; se o fato for cometido por alguém famoso ou que tenha potencial para chocar, a história toma ares de novela, com direito a torcida pelos mocinhos e execração pública dos bandidos. Com as redes de telejornais competindo para mostrar qualquer coisa exclusiva: uma confissão gravada em segredo ou um vídeo que mostre como ocorreu a tortura e a morte.

A verdade é que a população deixou de se sentir incomodada com notícias sobre violência, essa se banalizou de tal forma que passou a ser vista como uma história a ser contada, debatida como um jogo de final de copa e depois esquecida a espera do próximo escândalo, da próxima vítima para recomeçar o ciclo. Virou esporte nacional enviar através de emails, fotos da mais nova chacina, do assassinato mais chocante, de corpos apodrecidos, de métodos de esquartejamento e ocultação de cadáveres. Fotos que se percebe terem sido feitas por peritos, policiais, curiosos e que deveriam estar nos laudos do inquérito, mas que se espalham com a rapidez que somente a internet pode proporcionar. (Outra diversão são as piadinhas infames utilizando montagens de cartazes de filmes, musicais, etc. com paródias protagonizadas pelos suspeitos ou assassinos).


Muito se pergunta do porquê de nossa sociedade estar assim, terá sido a banalização da violência que a vem tornando insensível ou será o contrário? Será que em nome de nossos prazeres, de uma permissividade, de um maior egoísmo, que só nos leva a enxergar o próprio umbigo, temos nos transformado num povo que vive a vida sem observar a vida ao redor?

Dizem que somos um povo hospitaleiro e solidário, capaz de mobilizar inúmeros voluntários para arrecadar alimentos para vítimas da seca, de enchentes e até de tsunamis em lugares distantes do globo, mas ao mesmo tempo somos um povo que assiste impassível ao crescimento da violência, sem que isso nos incomode verdadeiramente, basta iniciar o intervalo comercial e esquecemos a indignação momentânea, que só volta quando vemos a chamada do telejornal; aí expomos nossas opiniões contra “esse absurdo” e rogamos “esse mundo está acabando”, “onde vamos parar meu Deus”.

Nessa hora é que ideias mirabolantes, complicadas e muitas vezes absurdas começam a pipocar na mídia e na cabeça de muitos ditos especialistas (chega a ser engraçado ver nos meios de comunicação que qualquer um, menos o profissional formado em polícia, é especialista em segurança), ideias que geralmente tendem a criticar o que existe no nosso ordenamento legal, a ausência dos governos, a decadência da família, o descrédito religioso, etc.

Uma coisa, porém não é discutida quase nunca. A busca desenfreada por prazeres absolutos, sem contrariedades, sem limites, sem disciplina, sem valores fundamentais: A Igreja proíbe a camisinha, mas não fala sobre manutenção da virgindade, o Estado fala sobre cidadania, mas não toma medidas para educar a população, ONGs falam em educação, mas esquecem que a disciplina faz parte dela. Queremos leis de primeiro mundo, leis e comportamentos de cidadãos conscientes, mas esquecemos que comportamento não é determinado por legislação e que a cultura de um povo é burilada por seu progresso educacional e não por imposição.
Mas o artigo tá ficando muito longo... voltamos a ele depois.

quarta-feira, julho 07, 2010

Concurso de fotografias: SOS MATA ATLÂNTICA


Estão abertas, até do dia 04 de setembro, as inscrições do concurso de fotografias SOS Mata Atlântica, Uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica. O concurso tem inscrição gratuita e qualquer pessoa pode participar dele, bastando enviar até 04 fotografias impressas em papel fotográfico (fosco ou brilhante) no tamanho 20 X 30, e que tenham relação com os recursos naturais da Mata Atlântica. Os participantes podem concorrer como amadores ou profissionais. Mais informações AQUI 

Pra quem não sabe, a Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ricos e mais ameaçados do mundo, tendo hoje,apenas entre e 3% e 5% do tamanho original, abrange 11 estados brasileiros e muitas espécies endêmicas, isto é, que só existem por aqui. Sua preservação é essencial na contribuição de um País e de um mundo melhor equilibrado ambientalmente.

Infelizmente algumas notícias sobre Meio ambiente não parecem muito animadoras no Brasil, Foi aprovado no Congresso o relatório do Deputado Aldo Rebelo, que propõem a diminiuição da área de preservação de propriedades rurais. O deputado em entrevista na TV disse que o projeto visa "regularizar aqueles que estão na ilegalidade" (em relação ao atual código ambiental), eu pensava que os deputados fossem eleitos para defender a Lei e não tornar legal aquilo que é ilegal, mas esses são os nossos representantes,o que só confirma aquilo dito algumas vezes por aqui: Escolha bem os seus candidatos e cobre deles o cumprimento de suas plataformas eleitorais. Sabemos que num regime democrático o total cumprimento de uma agenda eleitoral é impossível, afinal os eleitos defendem interesses de populações distintas e têm idéias diferentes sobre o que é melhor, de modo que são necessários acordos e muita colaboração para que as coisas aconteçam, porém é necessário que nós eleitores (do qual os senhores eleitos são representantes) tenhamos a consciência de cobrar deles que nos representem de acordo com nossas necessidades e vontade absoluta da maioria e não da defesa de interesses ilegais ou de uma minoria lobista. Para saber mais sobre a tal votação e de como protestar clique AQUI e para mais informações acesse AQUI.

quarta-feira, junho 09, 2010

CIDADANIA

(Kiko Moreira - republicação)

Se pegarmos o dicionário, veremos que cidadania é, substantivo feminino, "condição de cidadão" e que este é definido como "habitante de uma cidade - indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado". Nos programas que vemos nos meios de comunicação sempre aparece um especialista "de não sei das quantas" pra falar da origem etimológica da palavra, que remonta à Roma antiga, onde eram cidadãos aqueles com direito a voto e a "ter direitos" e que não eram cidadão os estrangeiros e escravos, como se isso fosse o suficiente para que o grande público finalmente aprendesse a exercer sua cidadania.

Bem. Cidadania é uma palavra muito bonita e profunda, que requer muito mais do que o exercício dos direitos civis, muito mais do que ser obrigado a votar e ainda ter que engolir a falácia de que o voto é "um dever, mas também um direito". Se a cidadania deve ser exercida ela o deve ser integralmente, de forma consciente e em todos os aspectos da vida cotidiana.

Cidadania requer coragem. Coragem de ser honesto num País onde corrupção é motivo de inveja. Coragem de se dedicar a uma causa, mesmo sabendo da dificuldade do caminho e de que muitas vezes é preciso fazer o caminho. Coragem de buscar conhecimento, mesmo sabendo que o conhecimento nos leva a uma jornada sem fim. Coragem de ter um ideal e guiar sua vida por ele, mesmo sabendo dos atritos que você irá causar. Coragem de fazer o correto apesar da conseqüências.

Cidadania é cumprir os deveres que a legislação determina, pois eles são, ou deveriam ser, para o bem comum. Cidadania é saber que não se deve jogar lixo no chão e guardar o papel do bombom no bolso até achar uma lata de lixo onde colocá-lo. Cidadania é exigir a lata de lixo. Cidadania é não ultrapassar o sinal vermelho, nem andar a mais do que o permitido. Cidadania é dedicar um tempo para si próprio e um pouco de tempo para os outros. Cidadania é poder ter esse tempo para dispor.

É cidadão o que se envolve com os problemas de seu bairro, o que lembra de quem foi seu voto na eleição e acompanha o eleito, cobrando, propondo e exigindo. É cidadão o que depois da eleição torce para que o eleito faça o correto, mesmo que não tenha sido o seu candidato, e que o apóia se suas propostas estiverem corretas, ajudando a melhorá-las se for preciso e não apenas criticando apesar dos benefícios coletivos.

Cidadania não é dada por lei ou decreto, não é encontrada em livros ou teses de doutorado, não é resolução da ONU ou matéria de prova na escola. Cidadania é conquista e toda conquista só acontece quando temos a coragem de dar o primeiro passo, sem medo das eventuais quedas que virão.



Vote bem!

segunda-feira, maio 31, 2010

Concurso de Monografias

A Controladoria-Geral da União - CGU, em parceria com a Escola de Administração Fazendária - Esaf, lançaram a quinta edição do Concurso de Monografias da CGU sobre os temas "Prevenção e Combate à Corrupção", "Controle Interno" e "Correição", com a finalidade de estimular pesquisas voltadas à prevenção e ao combate à corrupção no Brasil, como forma de incentivar a participação do cidadão no controle da Administração Pública, identificar iniciativas bem-sucedidas na área e colher proposições de políticas e ações que possam ser adotadas por governos e sociedade. As inscrições podem ser feitas até 26 de julho de 2010. Para mais informações sobre inscrições e regulamento consulte o site da Esaf http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/premios/CGU/home-CGU.htm Informações: Fone: (61) 3412- 6018 - Fax: (61) 3412-6016 E-mail: concurso-cgu.df.esaf@fazenda.gov.br

BAIANIDADE: UM BREVE ESTUDO DO "LÁ ELE"

 (RECEBI POR E-MAIL)

O "lá ele" é uma das mais importantes expressões do idioma baianês, mais especificamente do dialeto soteropolitano baixo-vulgar. Segundo os léxicos, a expressão significa "outra pessoa, não eu" (LARIÚ,Nivaldo. Dicionário de baianês. 3ª ed. rev. e ampl. Salvador: EGBA, 2007, s/n).

A origem da expressão é ambígua. Alguns etimologistas atribuem seu surgimento às nativas do bairro da Mata Escura, enquanto outros identificam registros mais antigos no falar dos moradores do Pau Miúdo. O certo, porém é que o "lá ele" desempenha papel fundamental em um dos aspectos mais importantes da cultura da primeira capital do Brasil - a subcultura urbana do duplo sentido.

Desde a mais tenra infância, os naturais da Soterópolis são treinados para identificar frases passíveis de dupla interpretação. Da mesma forma, os soteropolitanos aprendem desde cedo a engendrar artimanhas para que seu interlocutor profira expressões de duplo sentido.

Assim, as pessoas vivem sob constante tensão vocabular, cuidando para não fazer afirmações que possam ser deturpadas pelo interlocutor. Para indivíduos do sexo masculino, por exemplo, é vedado conjugar na primeira pessoa inocentes verbos como "dar", "sentar", "receber", cair", "chupar" etc. O interlocutor sempre estará atento para, ao primeiro deslize, destruir a reputação de quem pronunciou a palavra proibida.

Como antídoto para a incômoda prática, o "lá ele" surgiu como uma ferramenta indispensável na comunicação do soterpolitano. Assim, o indivíduo que falar algo sujeito a interpretações maliciosas estará a salvo se, imediatamente, antes da reação de seu interlocutor, falar em alto e bom som "lá ele!"

Por exemplo, qualquer homem, por mais macho que seja, terá sua orientação posta em dúvida se falar "Neste Natal comi um ótimo peru". Contudo, se sua frase for "Neste Natal comi um ótimo peru, lá ele!", não haverá qualquer problema. No mesmo diapasão, confira-se:

1 - se um colega de trabalho enviar um e-mail perguntando "vai dar para almoçar hoje?", não se pode redarguir apenas "Sim"; deve-se reponder "Vai dar lá ele. Vamos almoçar";
 
2 - se, na pendência do pagamento de polpudos honorários, um advogado perguntar ao outro "Já recebeu?", a resposta deverá ser "Recebeu lá ele. Já foi pago";

3 - ou, ainda, se alguém tiver a desdita a desdita de nascer no citado bairro do Pau Miúdo, o que poderá transformar sua vida em um interminável festival de chacotas, deverá sempre valer-se da ressalva: "eu sou do Pau Miúdo, lá ele".

Para melhor compreensão da matéria, reproduz-se abaixo um exemplo real, ocorrido no último domingo durante a transmissão do épico "triunfo" do "glorioso" Esporte Clube Bahia sobre o Atlético de Alagoinhas:

- Locutor: "Subiu o cartão amarelo?"

- Repórter: "Subiu o amarelo e o vermelho."

- Locutor: "Mas você está vendo subir tudo!"

- Repórter: "Lá ele!"

Note-se que o "lá ele" pode sofrer variações de gênero e número, de acordo com a palavra que se pretende neutralizar. Se, antes de uma sessão do TJBA, alguém perguntar "Você conhece os membros da turma
julgadora?", deve-se objetar com veemência: "Lá eles!". Ou se o cidadão for à Sorveteria da Ribeira e lhe perguntarem "Quantas bolas o senhor deseja?", é de todo recomendável que se responda "Duas, lá elas, por favor".

A cultura duplo sentido oferece outros fenômenos da comunicação interpessoal. Veja-se, a título de ilustração, o sufixo "ives". Em Salvador, não se pode falar palavras terminadas em "u", principalmente as oxítonas. Independentemente de sexo, idade ou classe social, o indivíduo poderá ser mandado para aquele lugar (lá ele). A pronúncia de uma palavra que dê (lá ela) rima com o nome popular do esfíncter (lá ele) será prontamente rebatida com a amável sugestão.

Para fazer face ao problema, a vogal "u" passou a ser costumeiramente substituída pelo sufixo "ives".

Destarte, o capitão da Seleção de 2002 é tratado como "Cafives"; o Estádio de Pituaçu virou "Pituacives"; o bairro do Curuzu se tornou "Curuzives"; a capital de Sergipe sói ser chamada de "Aracajives"; e as pessoas que atendiam pela alcunha de Babu, com frequência utilizada na Bahia para apelidar carinhosamente pessoas de feições simiescas, há muito tempo passaram a ser chamadas de "Babives".

Um alentado estudo do "lá ele", que tem outras aplicações práticas além daquelas ora examinadas, pode ser encontrado na obra
OHSUAMISERA! Para o "ives", recomenda-se o estudo de BBMP, que inclusive analisa a relação do sufixo com a expressão "lá ele".

E eu não poderia deixar de, ao concluir essa peroração, tudo no sentido de enriquecê-la e no simples prazer da molequeira, abençôa-los, da seguinte forma: "Deucude vocês", ou, desculpem, "Deus cuide de vocês". kkkkkkkkkkkkkk

sexta-feira, maio 21, 2010

A semana: alguns pitacos....

FICHA LIMPA - Graças a pressões da mídia, o projeto "ficha limpa" foi aprovado no Senado, claro que totalmente descaracterizado do que se propunha originalmente, por exemplo: onde havia a expressão "terem sido condenados" agora existe "os que forem condenados", ou seja, os condenados de hoje e aqueles cujo processo esteja em andamento, podem ser permanecer tranquilos, pois suas candidaturas estão praticamente garantidas. Não mudou muita coisa - Uma vitória do povo ou mais um show pirotécnico para enganá-lo????

FATOR PREVIDENCIÁRIO - Muito se fala no "rombo da previdência" e a maioria dos economista que já vi  falarem do assunto dizem que uma reforma precisa ser feita com urgência ou daqui a alguns anos a conta não vai fechar e os efeitos sobre a economia do país serão devastadores, geralmente citam como problemas a serem resolvidos: o tempo de contribuição no Brasil (que seria inferior a de outros países), o inúmeros benefícios sociais para quem nunca contribuiu, os gastos públicos, etc. Portanto, me parece uma sacanagem das grandes (e com todos nós contribuintes que um dia nos apposentaremos) acabar assim de uma hora pra outra  com o tal fator previdenciario (que limitava o valor da aposentaria de quem se afastava muito cedo) e isso sem haver previsão alguma de uma reforma previdenciária que solucione os problemas que virão disso aí. Jogada política em ano de eleição, pois está claro que o presidente irá vetar a coisa.

CÉLULA SINTÉTICA - Pesquisadores americanos conseguiram criar uma célula a partir de um genoma sintético, o que abre caminho para uma série de desenvolvimentos em diversas áreas desde a saúde, passando por biocombústíveis, bactérias ecológicas, etc. O sonho de criar vida está mais perto (com o Dr. Frankstein não deu muito certo) e traz implicações enormes, afinal além de benefícios muito bem vindos, alguém duvida que logo estariam sendo fabricadas bactérias, virus, etc. para fins militares? Eu não! A coisa, portanto, precisa ser bem vigiada e acompanhada de perto - O Obama já mandou os pesquisadores do governo acompanharem a pesquisa, de pertinho...

quinta-feira, maio 20, 2010

30 Regras bem humoradas para escrever bem

1. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

2. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gírias, mesmo que estejam bombando, tá de boa?

9. Palavras de calão podem transformar o seu texto numa merda, porra!

10. Nunca generalize: generalizar, é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem ideias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!

25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas contida, e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúaa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai deixando seu texto pobre - causando ambiguidade - e esquisito, ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.

29. Constitui presunção juris et de jure que o uso anómico, ainda que meramente comodatário ou em fideicomisso, de tecnolecto demasiadamente conexionado com determinada profissão ou especialidade, sem a excussão prévia de léxico mais vernáculo, conduz inevitavelmente ao ónus superveniente do inadimplemento genérico, praticamente como o seu estilicídio, da pretensão comunicacional pretendida.

30. Outra barbaridade que tu deve evitar, meu rei, é usar expressões que denunciem a região onde cê mora, tá ligado! FUI! Vou dar o ZIGNAL.

terça-feira, maio 04, 2010

WWF-BRASIL PROMOVE CONCURSO DE FOTOGRAFIAS

Estão abertas as inscrições para o 1º Concurso "olhares sobre a àgua e o clima" promovido pelo WWF/Brasil em parceria com o HSBC, que tem como objetivo "retratar os temas em suas mais diversas manifestações (sociais, culturais, simbólicas, econômicas, artísticas e religiosas)." - As inscrições vão até 31 de maio e contemplam as categorias: foto em baixa resolução (2560 X 1920), vídeo em baixa resolução (60 segundos, 720 X 480), foto em alta definição (3000 X 2000) e vídeo em alta deifinição (5 min, NTSC, som, 720 X 480 ou superior). As imagens devem ser feitas obrigatoriamente em território brasileiro. Podem se inscrever pessoas a partir de 12 anos e a premiação é uma viagem a Bonito (ES) no período de 09 a 12 de setembro. As escolha dos premiados se dará por votação na internet a partir de 03 de junho. Para saber mais clique AQUI.

Os Extremos na Educação - Pais e Filhos

(Atribuído a Mônica Monasterio - Madri-Espanha)


Constatação... Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos pais. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que
estamos lidando com crianças mais 'espertas', ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.

À medida que o permissivo substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e 'tudo dar' a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem.

Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca.

Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade.

É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino. Os limites abrigam o indivíduo, com amor ilimitado e profundo respeito.

'Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos'.

RECEBIDO POR E-MAIL

quinta-feira, abril 29, 2010

Políticos - pode confiar...

Na inglaterra, o primeiro-ministro ouve atentamente a uma senhora, concordando com suas reivindicações e prometendo alguma solução, para em seguida criticar a velhinha, chamando-a de ridícula, entre outras coisas. Claro que a história só veio a público porque o microfone de lapela que o safado, quer dizer, ministro usava permaneceu ligado enquanto ele falava livremente; vai perder o voto da senhora e de alguns tantos outros, mas a história ilustra bem o que se pode esperar desses senhores que dizem ser representantes do povo, mas que na prática são representantes apenas de seus propríos interesses. Mostram-se sempre amigáveis, cordiais, compreensivos etc. e tal, mas depois de eleitos esquecem a plataforma de governo divulgada, passam por cima da vontade da maioria, compram votos descaradamente sob o disfarce da ajuda social, fingem não saber que seus filhos, compadres, amigos de confiança, estão envolvidos em escândalos; põem dinheiro em meias, cuecas e sabe-se lá que outros lugares e afirmam que eram destinados a caridade, panetones, empréstimo...
E haja imaginação para que acreditemos em tanto, mas tem nada não, esse ano temos outra eleição e novamente iremos perder a chance de mudar as coisas, pessimísmo, não, sou realista, se não acredita, vejamos quantos dos envolvidos nos escâdalos dos últimos anos se elegem, reelegem, fazem sucessores...

Ah! o Lula foi eleito personalidade mais influente do mundo pela TIME. Obama ficou em quarto. Lula is the man! And Bill Clinton is the hero!

segunda-feira, abril 26, 2010

De mão em mão III - andamentos

É interessante observar a reação de algumas pessoas ao se deparar com um dos livros do projeto: Um deles, deixado num banco de uma rodoviária, fez com que o rapaz ao lado o olhasse, procurasse com os olhos um dono, tentasse adivinhar quem o teria deixado por ali e finalmente, vencido pela curiosidade, o pegasse e folheasse, então olhou para a namorada ao lado e comentou algo que não pude ouvir; outro livro, deixado no balcão de uma clínica médica, fez o atendente, preocupado, procurar pelo dono, depois folheá-lo rapidamente, deixá-lo de lado, voltar a ele, pegar o marcador, deixá-lo de lado, voltar ao livro e ler a mensagem encartada, finalmente sorriu e o guardou...Uma professora ficou empolgada e, vendo que eu o havia deixado, veio até mim e perguntou como poderia ajudar, espero que ela leia o blog e baixe o encarte, para depois distribuir seus próprios livros. Abaixo mais alguns que foram "perdidos" por aí.

O ATENEU - Raul Pompéia - Publicado pela primeira vez em 1888, no Rio de Janeiro, 'O Ateneu' é um livro de memórias narrado por Sérgio, já adulto, em que conta sobre o tempo em que viveu no internato de Aristarco Argolo de Ramos. Trata-se de uma série de situações vividas dentro de um colégio, as quais o garoto frágil vai ter de enfrentar, desde homossexualismo até assassinato, complexos e frustrações. - Salvador.

BRIDA - Paulo Coelho - ''Brida'' é a história real de uma das mais jovens Mestras da Tradição das Feiticeiras. No estilo que o consagrou como um dos escritores mais vendidos do mundo, Paulo Coelho conta os primeiros passos da então menina de 21 anos que, um belo dia, percebeu que seu destino estava profundamente ligado aos mistérios da magia. Paulo Coelho conheceu Brida O. Fern, uma irlandesa de Dublin, durante a peregrinação pelo Caminho de Roma, nos Pireneus. Até os 21 anos, a necessidade de encontrar-se com os grandes mistérios do Universo tinha conduzido Brida apenas a uma série de decepções, equívocos e períodos de desilusão completa. Mas como todos aqueles que são fiéis a si mesmos e caminham em direção ao próprio destino, ela consegue finalmente conhecer Wicca e aprender a Tradição da Lua. Com Wicca, ela aprende os rituais milenares, o encontro com a Outra Parte, o Poder das Emoções, a Força do Sexo, tudo que precisa saber para que possa ser iniciada nos grandes mistérios das bruxas. - Santo Antônio de Jesus.

 TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA - Lima Barreto - Policarpo Quaresma é um major cheio de idéias nacionalistas que trabalha como funcionário público no início da República. Ao defender que o tupi se torne a língua nacional, é ridicularizado e depois internado como louco. Quando finalmente é solto, vai morar no campo e resolve transformar seu sítio em sede da reforma agrária. Apóia o marechal Floriano na Revolta da Armada mas é ignorado, acabando preso e fuzilado. Uma sátira impiedosa do Brasil burocrático, atual e reconhecível apesar de referir-se a um momento histórico marcante. Salvador.

SENHORA - José de Alencar - José de Alencar publicou Senhora em 1875, quando o Romantismo vivia já seus últimos anos de glória. Ao lado de Diva e Lucíola, Alencar completa com 'Senhora' a trilogia com que se propôs a traçar "perfis" de mulher. São perfis marcados pela romântica passionalidade de mulheres que movem os romances urbanos de Alencar, ambientados no Rio de Janeiro do Segundo Império. Em 'Senhora', Alencar tematiza o casamento por interesse, envolvendo Aurélia e Fernando num desgaste emocional que instigará o leitor até a situação final dos acontecimentos em nível da paixão humana.  - Salvador.

QUARUP - Antônio Calado - A história de Nando, um jovem padre que, perdido em conflitos existenciais ao ver-se diante dos pequenos prazeres da vida mundana, ganha uma nova percepção do mundo, dos seus semelhantes e de si mesmo numa tribo de índios do Xingu. Considerado pela crítica especializada um dos romances mais representativos do Brasil após a instalação do regime militar. - Santo Antônio de Jesus.

sexta-feira, abril 23, 2010

Esculturas na areia

Castelos de areia! Quem nunca tentou esculpí-los numa manhã ensolarada de verão naquela praia de suas lembranças de infância? Pois é, a brincadeira de criança pode render um esculturas de uma beleza artística única e passageira, como essas imagens do FIESA - Festival internacional de esculturas em areia - realizado anualmente em Algarve (região oeste de Portugal) e que este ano ocorre entre 22 de maio e 22 de outubro, se estiver pela Europa, vale uma visita.








quinta-feira, abril 22, 2010

Mulheres de miltares fotografam peladas

Só podia ser na terra da rainha. Um grupo de pouco mais de 50 mulheres ou namoradas de militares das Forças Armadas posaram para um calendário sensual, junto a tanques, aviões e outros apetrechos de guerra. A idéia partiu de uma jovem chamada Kelly Monk, cujo namorado serve no 2º Batalhão no "Princess of wales" e visa levantar fundos para pagar despesas de militares feridos no Afeganistão; ela diz que "o namorado reagiu bem, pois sabe que é por uma boa causa" e também levou a cunhada para o projeto que tem como fotógrafo Roy Goodwin.  Confira abaixo algumas fotos e se quiser comprar o seu clique AQUI. As meninas da SWAGs (sigla em inglês para Mulheres e Namoras de Militares em Serviço) vem conseuindo bons resultados e já se estima que tenham levantado mais de R$ 70.000,00.


Com informações do Portal R7, Mid-day, SWAGCalendar. 

terça-feira, abril 20, 2010

De mão em mão II

Acima temos o convite que irá encartado em cada livro do projeto, uma versão em Word  (com o marcador de texto) pode ser baixada AQUI, para que você imprima com os livros que queira colocar no projeto; se o fizer deixe-nos os dados do livro, onde o deixou e qual a sua impressão. Abaixo a relação dos 5 primeiros livros e onde serão deixados:
  1. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS - Manuel Antonio de Almeida - Neste livro Manuel Antônio de Almeida constrói, sob forte caricatura, Leonardo, um típico malandro da classe média mais conhecido da 'Época do Rei'. Ironizou algumas regras e vícios da socidade romântica burguesa do século XIX. Cachoeira.
  2. A ESCRAVA ISAURA - Bernardo Guimarães -Publicada em 1857, conta a história de Isaura, uma escrava sedutora que vivia na Paraíba. Isaura fora criada como filha da dona da fazenda onde vivia, recebendo educação de moça branca. No entanto, quando a fazenda passa aos poderes de Leôncio, este começa a assediar a escrava. A esposa de Leôncio abandona-o, mas a tormenta de Isaura continua. Esta foge com seu pai e conhece Álvaro, um homem rico de ideais republicanos que a libertará. Gandu.
  3. O ALIENISTA - Machado de Assis - 'O Alienista' foi publicado em 1882, como parte da coletânea de contos 'Papéis Avulsos.' Por meio das aventuras do Dr. Simão Bacamarte, Machado de Assis constrói uma crítica à sociedade da época, ao chamado cientificismo característico daquele momento histórico. Gandu.
  4. O SEMINARISTA - Bernardo Guimarães - O seminarista, chamado Eugênio, e Margarida se conhecem desde a infância nos campos. Os pais do menino, fazendeiros, querem vê-lo padre e mandam-no para o seminário de Congonhas, onde o persegue a imagem de margarida, filha de uma simples agregada da fazenda. No seminário, Eugênio entrega-se a toda sorte de penitências e mortificações para esquecer sua amada. Bernardo Guimarães desenvolve, em O Seminarista, a trama do amor impossível. Diferença de classes, separação e distância, casamentos tramados entre família, imposição de poderosos - tudo justificava um casamento rentável. E que amor seria mais impossível que o de um seminarista? Muritiba.
  5. HELENA - Machado de Assis - Helena se vê o alvo de um grande equívoco que a leva a grandes aflições e à morte. Grande também é o desespero de Estácio que a ama ardentemente, mesmo enfrentando os sérios obstáculos. Dividido em 28 capítulos, 'Helena' retrata, de forma realista, muito das mazelas e dos dissabores do cotidiano. Itamari.

segunda-feira, abril 19, 2010

Crianças...


Havia, na revista 'Pais e Filhos', um espaço de Pedro Bloch, pediatra e teatrólogo, de coisas engraçadas que as crianças diziam. Essas historinhas são verdadeiras: 

1)- Uma menina estava conversando com a sua professora. A professora disse que era fisicamente impossível que uma baleia engula um ser humano porque apesar de ser um mamífero muito grande, a sua garganta é muito pequena.. A menina afirmou que Jonas foi engolido por uma baleia. Irritada, a professora repetiu que uma baleia não poderia engolir nenhum ser humano; era fisicamente impossível. A menina, então disse: - Quando eu morrer e for ao céu, vou perguntar a Jonas. A professora lhe perguntou: - E o que vai acontecer se Jonas tiver ido ao inferno? A menina respondeu: - Aí a senhora pergunta. 

 
2)- Uma professora de creche observava as crianças de sua turma desenhando. Ocasionalmente passeava pela sala para ver os trabalhos de cada criança. Quando chegou perto de uma menina que trabalhava intensamente, perguntou o que desenhava. A menina respondeu:
- Estou desenhando Deus. A professora parou e disse: - Mas ninguém sabe como é Deus. Sem piscar e sem levantar os olhos de seu desenho, a menina respondeu: - Saberão dentro de um minuto. 


 3)- Uma honesta menina de sete anos admitiu calmamente a seus pais que Luis Miguel havia lhe dado um beijo depois da aula. - E como aconteceu isso? - perguntou a mãe assustada. - Não foi fácil - admitiu a pequena senhorita - mas três meninas me ajudaram a segurá-lo.  

4)- Um dia, uma menina estava sentada observando sua mãe lavar os pratos na cozinha. De repente, percebeu que sua mãe tinha vários cabelos brancos que sobressaíam entre a sua cabeleira escura. Olhou para sua mãe e lhe perguntou: - Porque você tem tantos cabelos brancos, mamãe? A mãe respondeu: - Bom, cada vez que você faz algo de ruim e me faz chorar ou me faz triste, um de meus cabelos fica branco. A menina digeriu esta revelação por alguns instantes e logo disse: - Mãe, porque TODOS os cabelos de minha avó estão brancos?  

5)- Um menino de três anos foi com seu pai ver uma ninhada de gatinhos que haviam acabado de nascer. De volta a casa, contou, com excitação, para sua mãe que havia gatinhos e gatinhas. - Como você soube disso? - perguntou a mãe. - Papai os levantou e olhou por baixo - respondeu o menino - acho que ali estava a etiqueta.  

6)- Todas as crianças haviam saído na fotografia e a professora estava tentando persuadi-los a comprar uma cópia da foto do grupo. - Imaginem que bonito será quando vocês forem grandes e todos disserem: 'ali está Catarina, é advogada', ou também 'este é o Miguel. Agora é médico'. Ouviu-se uma vozinha vinda do fundo da sala: - E ali está a professora. Já morreu.

sexta-feira, abril 16, 2010

O projeto "De mão em mão" I


(Kiko Moreira)

Todos nós que gostamos de ler, costumamos, ao longo de nossas vidas, adquirir livros, revistas, etc. e, enquanto simples mortais, guardá-los em algum lugar, geralmente sem os devidos cuidados de conservação e, pior, sem oportunizar a outras pessoas a leitura daquelas preciosidades. Mesmo quem consegue manter sua coleção bem cuidada, também acaba por ter livros guardados que ninguém lê (alguns poucos tem a sorte de ver sua coleção ser aproveitada por irmãos, filhos, sobrinhos, amigos, etc.), assim, a principal função do livro, que é ser lido, acaba sendo mal cumprida. E isso num País cuja grande maioria infleizmente não possui hábitos regualres de leitura; contribuindo para isso fatores como: dificuldade de acesso (livros ainda são caros por aqui), falta de hábito, deficiência de aprendizado, competição com outras mídias, e por aí vai.
O "de mão em mão" visa semear um pouco daquilo que temos guardado em nossas coleções particulares e incentivar de maneira indireta o hábito da leitura, através de um pequeno sacrificio pessoal e da espontaneidade. O sacrifício está em abrir mão de alguns volumes e a espontaneidade será resultado do acaso. Não é o primeiro projeto do tipo que conheço, embora não saiba se houve sucesso nos anteriores e até quando foram mantidos.
Funciona assim: Iremos ( e aí vai o convite a quem quiser participar) deixar, propositalmente, livros diversos em locais distintos e publicos, como se houvessem sido esquecidos ali, cada um deles trará na contra-capa um convite para que a pessoa que achou o livro o leia e depois também o deixe em algum lugar para que seja encontrado e lido. Com o convite, haverá uma maneira de entrarem em contato com o blog e assim podermos monitoramos o andamento do projeto. Breve, deixarei aqui no blog um modelo do convite; inicialmente serão deixados 12 livros em pelo menos duas cidades diferentes no interior da Bahia, esperamos a adesão de muitos. Amanhã trago o modelo do convite e a relação de livros. O Convite está feito, quem quiser nos ajudar pode selecionar seus próprios livros, colar o convite e nos informar através dos comentários (em breve através de email) ou pode simplesmente espalhar a idéia.


quarta-feira, abril 14, 2010

Crack: Aumentar a pena, vale a pena?


(Por Kiko Moreira)

Um dos grandes males do final do século passado e início deste tem sido o Crack, droga derivada da cocaína, se dissiminou de maneira rápida e mortal, principalmente entre as camadas mais pobres da sociedade, devido a seu preço baixo e sua ação e efeitos mais rápidos, que levam ao vício e à dependência numa proporção assustadora (quase 100 % dos usuários).
De tratamento difícil e caro, a dependência do crack tem se mostrado um verdadeiro tormento social, potencializado pelos meios de comunicação que não cansam de divulgar histórias de violência associadas ao consumo da droga; são histórias de homicídios (em alguns estados, 80 % destes tem relação com a droga), de filhos trancafiados em casa pelos pais desesperados com a visão de seus filhos destroçando o pouco patrimônio que possuem para comprarem a droga, lares destruídos,  empregos perdidos, etc. A droga parece estar na raiz de toda violência existente hoje no País.
Sabemos que o buraco é mais embaixo, como diziam nosso pais, afinal o crescimento da violência, mesmo aquele decorrente da dependência das drogas em geral, não é algo simples de explicar e passa por diversos fatores, desde a falta de políticas públicas eficientes na educação e prevenção, indo pelo consumismo imposto pela mídia e chegando até a desvalorização dos costumes que ocorreu gradativamente desde os anos 90 (alguns diriam que essa degradação é mais antiga, mas creio que ela se tornou um problema maior a partir do movimento de globalização iniciado após o fim da guerra fria).
Nesse cenário, claro, sempre surgirão sugestões e projetos com poucas possibilidades de dar certo e que buscam focar no problema ao invés de discutir e tentar solucionar as causas. Uma dessas propostas é a do Deputado Paulo Pimenta (PT/RS) que através do projeto de lei nº 5.444/09 pretende aumentar a pena de quem vende crack, outra com teor parecido  (PLS 187/09) é a do Senador Sergio Zambiasi (PDT/RS). Entendem eles que, como o crack é uma drogas mais associadas à violência, coibir com maior rigor a sua venda, diminuiria a oferta e consequentemente o consumo. Isso é balela!
Simplesmente aumentar a punição não resolve o problema, iremos encher as cadeias e presídios e vamos continuar na mesma, vide a chamada "lei seca", a "Maria da Penha" a "do porte de armas" e outras. Os acidentes na estrada continuam acontecendo e aumentando, mulheres continuam sendo mortas por seus maridos e cada vez mais os crimes com armas de fogo tem crescido.
Lembremos que nossas prisões servem unicamente como depósitos humanos e que sua função ressocializadora é um sonho quase inalcançável, aumentemos as penas e vamos criar novas vagas nos presídios e novos problemas a serem resolvidos pela sociedade. Não, o caminho não é por aí.
A solução para o problema das drogas, da violência, do trânsito passa por maior educação de base, condições de acesso ao primeiro emprego, maior fiscalização, melhores salários para os policiais, obras de infraestrutura nas periferias, combate efetivo e incansável à corrupção, criação de condição para que os presos sejam reintegrados a sociedade, e no caso do dependente químico, facilitação das condições de internamento obrigatório, em instituições públicas, diga-se de passagem (ja que essas quase inexistem no País), etc.
Tudo isso teria que ser amplamente discutido nos meios de comunicação, através de campanhas incisivas e focadas nos jovens de baixa renda, com a discussão aberta e justa,  inclusive para a questão da legalização ou não das drogas. Assim, poderíamos começar, talvez, a vislumbrar uma luz no fim do túnel. Punir simplesmente só iria afetar a PPP, os mesmos de sempre: O pobre, o Preto e o da Periferia.


Para saber mais: AQUI  -  AQUI