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segunda-feira, maio 31, 2010

Concurso de Monografias

A Controladoria-Geral da União - CGU, em parceria com a Escola de Administração Fazendária - Esaf, lançaram a quinta edição do Concurso de Monografias da CGU sobre os temas "Prevenção e Combate à Corrupção", "Controle Interno" e "Correição", com a finalidade de estimular pesquisas voltadas à prevenção e ao combate à corrupção no Brasil, como forma de incentivar a participação do cidadão no controle da Administração Pública, identificar iniciativas bem-sucedidas na área e colher proposições de políticas e ações que possam ser adotadas por governos e sociedade. As inscrições podem ser feitas até 26 de julho de 2010. Para mais informações sobre inscrições e regulamento consulte o site da Esaf http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/premios/CGU/home-CGU.htm Informações: Fone: (61) 3412- 6018 - Fax: (61) 3412-6016 E-mail: concurso-cgu.df.esaf@fazenda.gov.br

BAIANIDADE: UM BREVE ESTUDO DO "LÁ ELE"

 (RECEBI POR E-MAIL)

O "lá ele" é uma das mais importantes expressões do idioma baianês, mais especificamente do dialeto soteropolitano baixo-vulgar. Segundo os léxicos, a expressão significa "outra pessoa, não eu" (LARIÚ,Nivaldo. Dicionário de baianês. 3ª ed. rev. e ampl. Salvador: EGBA, 2007, s/n).

A origem da expressão é ambígua. Alguns etimologistas atribuem seu surgimento às nativas do bairro da Mata Escura, enquanto outros identificam registros mais antigos no falar dos moradores do Pau Miúdo. O certo, porém é que o "lá ele" desempenha papel fundamental em um dos aspectos mais importantes da cultura da primeira capital do Brasil - a subcultura urbana do duplo sentido.

Desde a mais tenra infância, os naturais da Soterópolis são treinados para identificar frases passíveis de dupla interpretação. Da mesma forma, os soteropolitanos aprendem desde cedo a engendrar artimanhas para que seu interlocutor profira expressões de duplo sentido.

Assim, as pessoas vivem sob constante tensão vocabular, cuidando para não fazer afirmações que possam ser deturpadas pelo interlocutor. Para indivíduos do sexo masculino, por exemplo, é vedado conjugar na primeira pessoa inocentes verbos como "dar", "sentar", "receber", cair", "chupar" etc. O interlocutor sempre estará atento para, ao primeiro deslize, destruir a reputação de quem pronunciou a palavra proibida.

Como antídoto para a incômoda prática, o "lá ele" surgiu como uma ferramenta indispensável na comunicação do soterpolitano. Assim, o indivíduo que falar algo sujeito a interpretações maliciosas estará a salvo se, imediatamente, antes da reação de seu interlocutor, falar em alto e bom som "lá ele!"

Por exemplo, qualquer homem, por mais macho que seja, terá sua orientação posta em dúvida se falar "Neste Natal comi um ótimo peru". Contudo, se sua frase for "Neste Natal comi um ótimo peru, lá ele!", não haverá qualquer problema. No mesmo diapasão, confira-se:

1 - se um colega de trabalho enviar um e-mail perguntando "vai dar para almoçar hoje?", não se pode redarguir apenas "Sim"; deve-se reponder "Vai dar lá ele. Vamos almoçar";
 
2 - se, na pendência do pagamento de polpudos honorários, um advogado perguntar ao outro "Já recebeu?", a resposta deverá ser "Recebeu lá ele. Já foi pago";

3 - ou, ainda, se alguém tiver a desdita a desdita de nascer no citado bairro do Pau Miúdo, o que poderá transformar sua vida em um interminável festival de chacotas, deverá sempre valer-se da ressalva: "eu sou do Pau Miúdo, lá ele".

Para melhor compreensão da matéria, reproduz-se abaixo um exemplo real, ocorrido no último domingo durante a transmissão do épico "triunfo" do "glorioso" Esporte Clube Bahia sobre o Atlético de Alagoinhas:

- Locutor: "Subiu o cartão amarelo?"

- Repórter: "Subiu o amarelo e o vermelho."

- Locutor: "Mas você está vendo subir tudo!"

- Repórter: "Lá ele!"

Note-se que o "lá ele" pode sofrer variações de gênero e número, de acordo com a palavra que se pretende neutralizar. Se, antes de uma sessão do TJBA, alguém perguntar "Você conhece os membros da turma
julgadora?", deve-se objetar com veemência: "Lá eles!". Ou se o cidadão for à Sorveteria da Ribeira e lhe perguntarem "Quantas bolas o senhor deseja?", é de todo recomendável que se responda "Duas, lá elas, por favor".

A cultura duplo sentido oferece outros fenômenos da comunicação interpessoal. Veja-se, a título de ilustração, o sufixo "ives". Em Salvador, não se pode falar palavras terminadas em "u", principalmente as oxítonas. Independentemente de sexo, idade ou classe social, o indivíduo poderá ser mandado para aquele lugar (lá ele). A pronúncia de uma palavra que dê (lá ela) rima com o nome popular do esfíncter (lá ele) será prontamente rebatida com a amável sugestão.

Para fazer face ao problema, a vogal "u" passou a ser costumeiramente substituída pelo sufixo "ives".

Destarte, o capitão da Seleção de 2002 é tratado como "Cafives"; o Estádio de Pituaçu virou "Pituacives"; o bairro do Curuzu se tornou "Curuzives"; a capital de Sergipe sói ser chamada de "Aracajives"; e as pessoas que atendiam pela alcunha de Babu, com frequência utilizada na Bahia para apelidar carinhosamente pessoas de feições simiescas, há muito tempo passaram a ser chamadas de "Babives".

Um alentado estudo do "lá ele", que tem outras aplicações práticas além daquelas ora examinadas, pode ser encontrado na obra
OHSUAMISERA! Para o "ives", recomenda-se o estudo de BBMP, que inclusive analisa a relação do sufixo com a expressão "lá ele".

E eu não poderia deixar de, ao concluir essa peroração, tudo no sentido de enriquecê-la e no simples prazer da molequeira, abençôa-los, da seguinte forma: "Deucude vocês", ou, desculpem, "Deus cuide de vocês". kkkkkkkkkkkkkk

sexta-feira, maio 21, 2010

A semana: alguns pitacos....

FICHA LIMPA - Graças a pressões da mídia, o projeto "ficha limpa" foi aprovado no Senado, claro que totalmente descaracterizado do que se propunha originalmente, por exemplo: onde havia a expressão "terem sido condenados" agora existe "os que forem condenados", ou seja, os condenados de hoje e aqueles cujo processo esteja em andamento, podem ser permanecer tranquilos, pois suas candidaturas estão praticamente garantidas. Não mudou muita coisa - Uma vitória do povo ou mais um show pirotécnico para enganá-lo????

FATOR PREVIDENCIÁRIO - Muito se fala no "rombo da previdência" e a maioria dos economista que já vi  falarem do assunto dizem que uma reforma precisa ser feita com urgência ou daqui a alguns anos a conta não vai fechar e os efeitos sobre a economia do país serão devastadores, geralmente citam como problemas a serem resolvidos: o tempo de contribuição no Brasil (que seria inferior a de outros países), o inúmeros benefícios sociais para quem nunca contribuiu, os gastos públicos, etc. Portanto, me parece uma sacanagem das grandes (e com todos nós contribuintes que um dia nos apposentaremos) acabar assim de uma hora pra outra  com o tal fator previdenciario (que limitava o valor da aposentaria de quem se afastava muito cedo) e isso sem haver previsão alguma de uma reforma previdenciária que solucione os problemas que virão disso aí. Jogada política em ano de eleição, pois está claro que o presidente irá vetar a coisa.

CÉLULA SINTÉTICA - Pesquisadores americanos conseguiram criar uma célula a partir de um genoma sintético, o que abre caminho para uma série de desenvolvimentos em diversas áreas desde a saúde, passando por biocombústíveis, bactérias ecológicas, etc. O sonho de criar vida está mais perto (com o Dr. Frankstein não deu muito certo) e traz implicações enormes, afinal além de benefícios muito bem vindos, alguém duvida que logo estariam sendo fabricadas bactérias, virus, etc. para fins militares? Eu não! A coisa, portanto, precisa ser bem vigiada e acompanhada de perto - O Obama já mandou os pesquisadores do governo acompanharem a pesquisa, de pertinho...

quinta-feira, maio 20, 2010

30 Regras bem humoradas para escrever bem

1. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

2. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gírias, mesmo que estejam bombando, tá de boa?

9. Palavras de calão podem transformar o seu texto numa merda, porra!

10. Nunca generalize: generalizar, é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem ideias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!

25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas contida, e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúaa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai deixando seu texto pobre - causando ambiguidade - e esquisito, ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.

29. Constitui presunção juris et de jure que o uso anómico, ainda que meramente comodatário ou em fideicomisso, de tecnolecto demasiadamente conexionado com determinada profissão ou especialidade, sem a excussão prévia de léxico mais vernáculo, conduz inevitavelmente ao ónus superveniente do inadimplemento genérico, praticamente como o seu estilicídio, da pretensão comunicacional pretendida.

30. Outra barbaridade que tu deve evitar, meu rei, é usar expressões que denunciem a região onde cê mora, tá ligado! FUI! Vou dar o ZIGNAL.

terça-feira, maio 04, 2010

WWF-BRASIL PROMOVE CONCURSO DE FOTOGRAFIAS

Estão abertas as inscrições para o 1º Concurso "olhares sobre a àgua e o clima" promovido pelo WWF/Brasil em parceria com o HSBC, que tem como objetivo "retratar os temas em suas mais diversas manifestações (sociais, culturais, simbólicas, econômicas, artísticas e religiosas)." - As inscrições vão até 31 de maio e contemplam as categorias: foto em baixa resolução (2560 X 1920), vídeo em baixa resolução (60 segundos, 720 X 480), foto em alta definição (3000 X 2000) e vídeo em alta deifinição (5 min, NTSC, som, 720 X 480 ou superior). As imagens devem ser feitas obrigatoriamente em território brasileiro. Podem se inscrever pessoas a partir de 12 anos e a premiação é uma viagem a Bonito (ES) no período de 09 a 12 de setembro. As escolha dos premiados se dará por votação na internet a partir de 03 de junho. Para saber mais clique AQUI.

Os Extremos na Educação - Pais e Filhos

(Atribuído a Mônica Monasterio - Madri-Espanha)


Constatação... Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos pais. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que
estamos lidando com crianças mais 'espertas', ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.

À medida que o permissivo substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e 'tudo dar' a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem.

Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca.

Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade.

É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino. Os limites abrigam o indivíduo, com amor ilimitado e profundo respeito.

'Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos'.

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