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quinta-feira, abril 29, 2010

Políticos - pode confiar...

Na inglaterra, o primeiro-ministro ouve atentamente a uma senhora, concordando com suas reivindicações e prometendo alguma solução, para em seguida criticar a velhinha, chamando-a de ridícula, entre outras coisas. Claro que a história só veio a público porque o microfone de lapela que o safado, quer dizer, ministro usava permaneceu ligado enquanto ele falava livremente; vai perder o voto da senhora e de alguns tantos outros, mas a história ilustra bem o que se pode esperar desses senhores que dizem ser representantes do povo, mas que na prática são representantes apenas de seus propríos interesses. Mostram-se sempre amigáveis, cordiais, compreensivos etc. e tal, mas depois de eleitos esquecem a plataforma de governo divulgada, passam por cima da vontade da maioria, compram votos descaradamente sob o disfarce da ajuda social, fingem não saber que seus filhos, compadres, amigos de confiança, estão envolvidos em escândalos; põem dinheiro em meias, cuecas e sabe-se lá que outros lugares e afirmam que eram destinados a caridade, panetones, empréstimo...
E haja imaginação para que acreditemos em tanto, mas tem nada não, esse ano temos outra eleição e novamente iremos perder a chance de mudar as coisas, pessimísmo, não, sou realista, se não acredita, vejamos quantos dos envolvidos nos escâdalos dos últimos anos se elegem, reelegem, fazem sucessores...

Ah! o Lula foi eleito personalidade mais influente do mundo pela TIME. Obama ficou em quarto. Lula is the man! And Bill Clinton is the hero!

sexta-feira, agosto 29, 2008

Laicidade e Legalidade


(Por Kiko Moreira)


Nosso País é um estado laico. Ao menos é o que diz a Constituição, o que significa dizer que as decisões tomadas por nossos “representantes” devem pautar-se na vontade majoritária do povo, buscando atender ao bem estar da maioria e garantindo a todos o respeito por seus direitos e a cobrança de seus deveres. Sem que ocorra interferência de cunho religioso, pautando-se as decisões na lógica científica e moral.

Vale lembrar que religião é algo extremamente pessoal, possuindo uma lógica própria, baseada em uma crença (convicção) que não encontra suporte racional fora de seus dogmas imutáveis, vale lembrar ainda, que existem várias religiões, com suas diversas crenças e rituais, com seus diversos sensos morais e éticas intelectuais distintas, bem como filosofias que, divergindo da razão, baseiam-se no improvável para tornarem-se críveis.

Assim, seria impossível ao Estado legislar tomando por base uma lógica racional que só é válida sob os auspícios da fé e que, mesmo no interior de um credo comum, pode divergir sensivelmente de igreja para igreja.

Tudo isso é só para dizer da descabida intervenção religiosa, através de lobbys, representações políticas, processos, etc. Que as igrejas vêm realizando para bloquear alguns aspectos do progresso científico ou aquisições de direito por determinada parcela da população; foi assim com a pesquisa embrionária, tem sido assim, agora com a questão dos fetos anencéfalos (a anencefalia - é uma má formação do feto que ocorre ainda no primeiro mês de gestação, deixando o feto sem a maior parte do cérebro, embora seus outros órgãos permanecam e se desenvolvam normalmente. A anacefalia não tem cura e o bebê morrerá poucas horas ou dias após o nascimento, salvo raras e dolorosas exceções).

Não cabe a igreja discutir no campo da lei, tentando barrar projetos desse tipo, e olhe que não vou cair na armadilha de defesa da vida, o motivo é simplesmente o respeito aquilo que determina a Constituição. A igreja não pode tentar impor sua filosofia indiscriminadamente a toda população, não é esse o seu papel, ainda que estatisticamente ela possua a maioria da população entre seus seguidores, e digo estatisticamente, pois sabemos que isso não se traduz em seguidores convictos, ou de “qualidade” como teria dito certo líder religioso.

Se a igreja é contrária a essa ou aquela posição moral ou ética, que ela proíba ou aconselhe seus seguidores a não seguirem por aquele caminho e deixe os que pesam diferente ao menos terem a chance de poder agir diferente.

Querer proibir a uma mãe o direito de abortar um filho que nascerá sem a menor chance de sobrevivência, fazendo-a sofrer por nove meses sabendo que este filho, cuja chance de sobrevivência é nula, estará morto ao final da gestação (ainda que existam alguns raros casos em que a sobrevida é um pouco mais longa), é transformar o ato de geração da vida numa tortura digna do período das trevas na idade média.

O Supremo Tribunal Federal irá, a maneira como fez com a pesquisa embrionária de células-tronco, analisar e decidir sobre a licitude da prática do aborto nos casos de anencefalia – hoje a prática é permitida quando a gravidez é resultante de estupro ou quando há risco de morte para a mãe – tal análise ensejará um debate não apenas jurídico e técnico, mas irá além inclusive da questão ética e moral, devendo considerar aspectos culturais e psicológicos, tudo isso muito válido e necessário. A única vertente que não deve (ou deveria) influenciar a decisão dos senhores Juízes, é a religiosa.

Não digo isso por ser contra essa ou aquela religião, ou por ser ateu (o que, aliás, não sou), mas pelo fator pessoal da religião que não pode reger ditames para a vida de toda uma população, pois tal população não pode ser obrigada a seguir os dogmas desse ou daquele credo religioso, podendo inclusive, boa parcela do povo, divergir frontalmente dos valores ali praticados.

Se uma determinada confissão religiosa é contra essa ou aquela pretensão de direito, que se preocupe em catequizar seu rebanho para que não o adote, mas afaste-se do caminho legal, deixando as decisões dessa natureza seguirem o escopo da razão e não tentando obrigar a todos o comportamento ético-moral de seus dogmas.


Para saber mais:


Religião= Milagre - Note que o caso aqui é diferente da anencefalia.... ABORTO NÃO -


Técnico = ABORTO E ANENCEFALIA - Direito de escolha -


Mais opinião= Aborto de fetos anencéfalos -

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Brasil: Políticas

A falta de vergonha dos senhores políticos que dirigem esse país deveria ser alvo de estudos acadêmicos e científicos, talvez assim pudéssemos entender o fenômeno que faz presidentes mudarem de opinião, não em favor do povo, mas a favor dos gastos mirabolantes, que exigem mais e mais dinheiro da população e nada resolvem; aliás, resolvem: Os problemas financeiros e pessoais dos "nossos representantes" sempre são resolvidos.
Querem mais dinheiro pra CPMF e o governo ameaça, diz que a saúde vai piorar se ela não for aprovada, etc. Piorar como eu não sei, pois o que se vê nas filas do SUS, é o total descaso das autoridades, faltam médicos, faltam anestesistas, equipamentos se perdem por terem sido utilizados (ou não utilizados) de forma incorreta, remédios perdem a validade em razão de entraves burocráticos e um sem número de problemas.
Claro que os investimentos são feitos todo ano, mas tais "investimentos" são feitos em razão do voto e não de quem vota e necessita das melhorias; desse modo, equipamentos e verbas são distribuídos não em razão da necessidade, de um planejamento racional, mas são feitos em razão de conchavos políticos, troca de vantagens, em troca de votos para aprovar essa ou aquela medida.
Diariamente temos visto tais acontecimentos, que já nem chocam a população que, apática, assiste a tudo isso e ainda aplaude. Não sabemos pensar coletivamente, queremos aquilo que for bom pra "mim" e aceitamos um vaga de colégio, sacos de cimento, um posto médico equipado e inútil, etc. Em troca de votos. E votamos no mal-caráter que vem sorrir na época de campanha, aproveitamos para tentar "tirar vantagem" da situação, dizemos no íntimo e muitas vezes escancaradamente "Ele vai roubar mesmo, deixa eu pegar logo alguma coisa". E assim vamos levando mais e mais hipócritas ao poder e engolindo "as metamorfoses ambulantes" os "esqueçam o que eu escrevi".
A CPMF vai ser aprovada, assim como o Renan foi absolvido; os gastos públicos vão continuar aumentando e o dinheiro da arrecadação de impostos vai bater novos recordes, mas esse dinheiro provavelmente vai continuar bancando banheiras de hidromassagem nos apartamentos funcionais e outras cositas mais...

sexta-feira, agosto 24, 2007

Tudo do mesmo

Olá pessoal,
Tenho andado meio sumido e sei que já fiz promessa de voltar e atualizar o blog mais vezes mas isso ainda não aconteceu. Problemas? Não, na verdade não. Alguns contratempos talvez, muito trabalho acumulado, alguma falta de inspiração e muita atividade que não estava programada, mal tenho tido tempo de olhar meus e-mails, ver o orkut ou me conectar ao msn.No máximo tenho dado uma passadinha no F.A.R.R.A para ver os comentários da galera e as discussões sempre divertidas, baixar alguns filmes, scans, ler os projetos de quadrinhos desenvolvidos por lá, essas coisas...

Mas prometo que vou tentar voltar a atualizar o blog, ao menos uma ou duas vezes na semana, trazendo algo daquilo que acho interessante para dividir com vocês, tentando refletir um pouco sobre nossas histórias e sobre as histórias desse nosso Brasil, que apesar das inúmeras mudanças, continua o mesmo.

vi o telejornal há poucos instantes e, fora os rostos que mudam, as desculpas continuam as mesmas, os métodos os mesmos e a turma (embora com um visual mais moderninho) a mesma. Diria minha avó: "Tudo como dantes no quartel de Abrantes".

Chega a ser impressionante ver que versões mudam de acordo com aquilo que é divulgado na mídia. Um dia a culpa é do governo, outro da juíza,no seguinte da diretora; que conta uma estória, cuja versão será mudada no dia seguinte, tão logo seja confrontada publicamente. O presidente do senado um dia vende vacas, no outro as come e no dia seguinte diz que não foi bem assim. Antes ele declarou tudo no imposto de renda, hoje, lembrou que não o fez para proteger a sua honra (sic). Amanhã qual será a desculpa da vez?

Claro que nosso querido presidente não sabe de coisa alguma, aliás acho que ele deve ter algum tipo de complexo cornístico... Deve saber, mas se recusa a acreditar que pessoas tão próximas aprontem tanto com ele ou por ele, vai saber. Talvez o Itamar esteja certo: Lula gostou do poder, gostou do glamour e não sabe mais enxergar as engrenagens. ou talvez apenas prefira não olhar.


quarta-feira, junho 27, 2007

São João passou por aqui?



O São João passou e já já chega o São Pedro, festas que, aqui no nordeste, costumam ser bastante concorridas e animadas, cuja tradição de alegria e espírito comunitário sempre foram marcantes nas pequenas cidades, fazendo com que boa parte da população se juntasse para enfeitar ruas, fazer fogueiras (hoje em dia isso é tão anti-ecológico), comer canjica e tomar licor ao som de uma sanfona bem tocada, dançando forró agarradinho pra esquentar o frio; quadrilhas (não as que estamos vendo na TV, no Congresso, Nas bocas de tráfico) alegravam a noite com seus passos ensaiados exaustivamente, cada uma querendo se apresentar melhor que a outra, cada uma mais colorida, transformando a noite num mosaico de cores aberrante.



Havia toda uma correria da moças e, por que não, dos rapazes, para fazer a simpatia que lhes diria com quem iriam se casar, papeis enrolados na bacia d'àgua, facas nas bananeiras, santo Antonio pendurado de cabeça pra baixo e outras tantas coisas, que se não acertavam em cheio, ao menos faziam a alegria momentânea da garotada e criavam sonhos deliciosos.


cadê o forró?

Mas em determinado momento a mídia descobriu o forró e o trasformou em show apoteótico, grupos com dançarinas semi-nuas passaram a ser a atração, cantores que sequer sabiam o que era uma sanfona passaram a fazer sucesso como "reis do forró", os passos gostosos deram lugar a acrobacias e remelexos sem nexo algum com a festa, a sensualidade deu espaço à sexualidade e o ritmo acabou contaminado por arranjos destoantes: O forró virou eletrônico. Guitarras, baterias e teclados tomaram o lugar da sanfona, do triagulo e da zabumba...


Ninguem mais sai de porta em porta perguntando "São João passou por aqui???", perferem se aglomerar em redor de um palco, sem dançar agarradinho, gritando histericamente, sem calor ou simpatia... Um bando de autômatos seguindo o ritmo de um forró sem sanfona, um são João sem quadrilha, sem virar "cumpadre" pulando fogueira. Um São João Show, mas sem alegria.

quarta-feira, maio 23, 2007

Homem aranha 3

Emoranha

Finalmente fui assistir a "Homem-Aranha 3", arranjei um tempinho e viajei meus 56 quilômetros com a família para ir ver o filme (não contei que aqui em Mutuipe city não temos cinema?). Santo Antonio de Jesus possui duas salas no shopping de lá, não são um multiplex, mas quebram bem o galho; fui cedinho com medo de estar lotado, já que um amigo me disse que foi um verdadeiro inferno a estréia por lá (e os dias subseqüentes), estava vazio.Vi o filme com a admiração de um fã e acho que agora posso dar meus pitacos também, afinal todo mundo já deu os seus e os meus não devem ser tão tardios.

HOMEM ARANHA 3 - O FILME - MEUS PITACOS:

Lembro de ter tido uma discussão com um amigo quando o primeiro filme estreou, ele queria ver Gwen Stacy nas telas e saiu amargurado porque a cena mais dramática da vida do Aranha foi corrompida, ele odiou ver a Mary Jane ser jogada da ponte do Brooklyn e ainda por cima ser salva... Mas aquela, para mim foi a decisão mais acertada, afinal Gwen havia morrido há anos nos quadrinhos e, a exceção dos fãs mais antigos, ninguém mais se importava tanto, o Aranha estava casado com a Mary Jane e isso fazia sentido há décadas. Imagine então a minha decepção ao ver ressurgir nas telas a nossa velha Gwen; que se já não bastasse ter sido transformada numa P%$#@ traidora nos quadrinhos, corneando o "amigão da vizinhança" com seu pior inimigo (numa série de estórias que além de tristes, são muito mal escritas e nada acrescentam a mitologia do personagem), viu-se transformada numa blondie que namora o Eddie Brock! Santa Paciência, Robin!. Era preferível que ele a tivesse esquecido de vez. Se era pra causar algum triangulo amoroso no filme, seria melhor ter usado a Betty Brant, que também foi namorada do Peter e que sempre apoiou o pobre rapaz (como inclusive é mostrado no filme).

A morte de Gwen Stacy

Na cena do prédio juro que pensei que o Capitão Stacy iria morrer soterrado embaixo dos escombros (o que eles estão fazendo...?), felizmente, apesar da referência parecem que abandonaram a intenção (se é que houve alguma)... Resta saber uma coisa: Se houver um quarto filme, o que acontecerá a Gwen Stacy? Irá sumir da trama? Morrer de outra forma traumática diferente dos quadrinhos? (o que não iria causar o impacto da morte original e não faria sentido algum para o personagem). É. Melhor teria sido não tê-la incluído.

O resto do filme parece que irá decolar como o planador do duende-verde, mas não chega a alçar grandes vôos, não que o filme seja ruim, ao contrário é ótimo. Mas é impossível sair do cinema sem aquela sensação de que ficou faltando alguma coisa; com certeza o fato de haverem três vilões no filme diminui o impacto da aparição de cada um deles. A galeria de vilões do Cabeça de Teia é farta e muito boa, justamente por isso mereceia uma consideração melhor. A origem do Homem-areia é genial e muito bem mostrada, ainda que seu conflito interno fique "clichê demais", sem superficialidade, além o recurso de "eu sou o vilão que deu origem a responsabilidade heróica do mocinho" já não era bem aceita desde Tim Burton e seu Batman. Tenha dó!
A origem de Venom, com uma simples e boa saída pra explicar o simbionte alienígena, apesar de extremamente fiel aos quadrinhos (embora até agora eu queira saber porque o aranha foi parar naquela igreja... Se você leu a saga nos quadrinhos sabe que aquilo não foi "a toa" como no filme), se deu de forma muito rápida, igualmente sem profundidade e pra piorar sem explorar devidamente o cárater psicológico/psicopata do vilão. Raptar Mary Jane e a colocar entre dois edifícios? Grande coisa! Cadê os conflitos, as ameaças, a angústia de Peter em saber que o Venom sabe? - falando nisso.... O Peter Parker quando dominado pelo simbionte vira um Emo? Ah, tá! Vou nem falar nada. Agora, com tudo isso o filme ainda vale cada centavo gasto com o ingresso, resta esperar o quarto filme, com o Lagarto é claro!

UM HOMEM ARANHA 4?

Claro que acho que deve ter um quarto filme. Depois de todo o processo evolutivo mostrando o Dr. Connors, seria uma injustiça não o ver finalmente transformado naquele que considero o pior vilão depois do Duende-verde, afinal é mais um da galeria de "amigos de quem o Peter realmente gosta". E o fato dele ter tido contato com o simbionte possa acender nele a chama que o levou às pesquisas com regeneração (ou não lembram que essa é uma das propriedades do bichinho do espaço?). E quem sabe o Duende em pessoa possa dar as caras, afinal nos quadrinhos ele já ressucitou mesmo e nos filmes (pra quem não notou) ele esteve presente puxando as cordinhas desde o além. Que venha o LAGARTO!



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sexta-feira, abril 27, 2007

Coisas de Brasil: diminuição da maioridade penal aprovada na CCJ

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou proposta de redução da maioridade penal para 16 anos, agora a medida deverá seguir para aprovação do plenário através de votação em dois turnos.
A previsão é de que somente o menor envolvido em crimes hediondos possa ser julgado, mesmo assim, após passar por uma avaliação psicológica que irá determinar seu grau de entendimento da ações que cometeu; a punição seria cumprida em estabelecimento diferenciado dos presídios normais e, espero, dos locais de acolhimento dos demais menores (o que significará mais gastos com a construção de tais locais), já que deixarem-nos juntos seria reeditar o que acontece nos presídios comuns, onde o preso perigoso está ensinando e cooptando o condenado chinfrim para os crimes mais pesados.
Falando nisso, apresentaram também um projeto que prevê a separação dos presos por periculosidade (sic), de acordo com o crime que tenham cometido. É, os senadores parece que só agora descobriram que isso acontece nas nossas cadeias. Vale lembrar que a atual legislação já prevê essa separação, ela apenas não funciona.
Outro projeto que já causa debates acalorados dos "defensores dos direitos humanos" (só dos marginais, claro) é a utilização de pulseiras eletrônicas, que monitorariam os presos que estivessem aguardando processo em liberdade, a medida que serviria para impedir a fuga dos réus e monitorar a sua atividade fora dos presídios, além de ajudar a reduzir a superlotação nos estabelecimentos penais, vem sendo criticada, acusada de ser discriminatória e um impedimento a ressocialização do indivíduo. Tenha dó.
Enquanto isso o povo honesto e trabalhador do País tem que se trancar em casa, blindar seus veículos e rezar para que tragédias como as inúmeras que vêem ocorrendo nos últimos anos, não os eleve a posição de reportagem do jornal das oito. Haja Paciência.

quarta-feira, abril 25, 2007

Sexo


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Estávamos, eu e um amigo, conversando, quando o assunto enveredou por assuntos sexuais, falamos de alguns outros amigos que parecem ter uma conduta, infelizmente comum, de achar que o sexo é algo como um prêmio de uma caçada em que o número de vitórias conquistadas é a única coisa que importa e a parceira apenas o vetor para que se chegue ao tal prêmio; um objeto para um fim. Postura que atualmente também se estende às mulheres e aos jovens traduzida num verbo: FICAR!


Sexo não é isso. Sexo como eu vejo, requer envolvimento, paixão; e a gente só se apaixona por aquilo que conhecemos, por aquilo em que nos envolvemos de verdade, senão é apenas momento fugidio que desvanecerá com o tempo e se apagará do rio de nossas memórias.


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Não quero levantar falsos moralismos. Por isso mesmo afirmo logo que SIM. É perfeitamente possível haver sexo sem que haja amor, este não é requisito essencial para que o sexo aconteça de uma forma devastadora, apaixonante e inesquecível. A paixão sim; essa é indispensável mas, como já disse, para se estar apaixonado é necessário que se conheça aquela pessoa com que se vai para a cama, sem conhecimento e paixão, existe apenas uma troca de fluidos e isso não é sexo.


Sexo é algo quase mágico, que nos acelera de 0 a 100 em milésimos de segundo, que nos envolve o corpo inteiro e quando acaba nos deixa aquela sensação de perda e de ganho, uma sensação que não pode ser descrita, pois tem que ser experimentada. Sexo exige dedicação ao outro, exige que se descubra o corpo do outro, que se explore e se aventure a cada encontro, mas isso só pode ocorrer se houver cumplicidade, outra coisa que também é indispensável no sexo e mais uma prova de que "ficar" não é sexo de verdade, pois para haver cumplicidade é preciso haver conhecimento, troca, carinho, segredos que só os dois dividem.


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Sexo é, talvez, o maior presente que recebemos da natureza e não basta juntar dois corpos numa cama e friccionar os órgãos sexuais, isso qualquer animal faz. Para que exista sexo de verdade a união deve começar na mente, se desenhar nos olhos, ir se esculpindo em cada gesto, tomando forma em cada beijo, em cada toque mais, ou menos íntimo.


Sexo necessita de tempo, de antes e de depois; carece de pequenos gestos, de mordidas secretas, de beijos roubados nas horas mais inoportunas, de pequenas loucuras cometidas no dia-a-dia. Sexo requer paciência e impulsividade para conhecer e provocar, para realizar a mágica de tornar-se um só corpo, unido não pelas partes sexuais, mas unido por cada centímetro de pele e de pensamento, por cada gota de suor e saliva, por cada som grunido, gritado ou sussurrado durante a dança.


Já disse que Amor não é essencial ao sexo, a Paixão sim, gostar de verdade do outro, querer estar ao lado e sentir falta quando este se afasta. MAS se existe amor, Ah! e se então nesse amor existir paixão...Sex Você chega ao Paraíso a cada encontro, em cada movimento da dança que os corpos bailam, a cada olhar inflamado com a essência do outro, a cada êxtase que se desprende e preenche o ar...


Ficar? Isso é coisa de quem ainda não aprendeu que Sexo não é pra qualquer um. Sexo é pra quem se apaixona.


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segunda-feira, março 26, 2007

Pesadelos


Aviões foram feitos pra voar, mas parece que em nosso País eles gostam mesmo é de ficar no chão, se tiver uma chuvinha ou um pouco de neblina então nem se fala; ainda bem que Santos Dumont não era baiano ou diriam que sua mais brilhante invenção sofre da mesma preguiça de que nos acusam, embora tenhamos apenas um estilo de vida mais arrastado e calculado pra que as coisas saiam perfeitas, afinal quem já ouviu falar em apagão de trio elétrico? e olhe que dá um trabalho da zorra aprontar aqueles troços.

No norte do País o Correio Aéreo Nacional vai levando saúde e novidades para as populações indígenas que, pasmem, entendem mais do inglês que muito diplomata em Brasília e olhe que os Estados Unidos não fazem nem fronteira com a gente. Será que os missionários estrangeiros que "estudam" a nossa flora e fauna e que "sometimes" levam por engano nossas riquezas para serem patenteadas lá fora estão dando aulas de beisebol também? Quem sabe possamos exportar craques dessa modalidade esportiva tão complicada; se duvidar logo teremos nossos índios fazendo touchdown (ou melhor: home rum - obrigado, Rafael) no estádio dos Yankees.

No Rio as balas continuam cada vez mais perdidas, parecem até os fãs de Lost ou o grupo de especialistas em segurança pública de nosso poder constituído, enquanto eles se digladiam e as balas se perdem nas cabeças de inocentes, as empresas de vigilância privada acumulam ganhos cada vez maiores. Seria uma surpresa dizer que muitos acionistas são ex-delegados, ex-coronéis e alguns políticos?

Mas a gente vai seguindo, achando que Deus é brasileiro e se preocupando mais com o milésimo gol do "baixinho", afinal de futebol a gente ainda entende, somos o país do esporte bretão, ou será que não? Não é a Argentina que está em primeiro no ranking da FIFA?
Alguém me acorde, por favor!


domingo, janeiro 21, 2007

O que é beleza?

Com a morte de algumas jovens em razão da anorexia, temos visto algumas reportagens que vêm explorando o assunto e levemente criticando o padrão estético de beleza que esses caras, os chamados estilistas, têm ditado ao longo das últimas décadas; o João Ubaldo Ribeiro em sua coluna no jornal A Tarde, expressou muito bem sua opinião sobre o assunto ao defender a adoção de um padrão brasileiro que privilegie aquilo que a brasileira tem de melhor: cintura fina e bunda. Eu apoio a adesão de todos à campanha.

Existe um ditado antigo que diz "Aquele que ama ao feio, bonito lhe parece" e a partir daí vemos como o conceito de beleza pode ser (como tudo aliás na vida) relativo; afinal de contas o que é beleza?

Ter um corpo esculturalmente magro e retilíneo como querem os estilistas - que, suspeito eu adotaram tal magreza insuportável como padrão por dois motivos: O primeiro é não ter essa aptidão toda para apreciar o corpo feminino, o que leva ao segundo motivo, eles apreciam as roupas que fazem, a que dão o status de arte e como tal procuram adaptar as telas (no caso as modelos) àquilo que suas mentes conceberam e não suas criações (as roupas) aos corpos da mulheres, ou você já viu alguém vestida daquela maneira tão perfeita? Os estilistas criam roupas para modelos abstratas e não para serem vestidas por mulheres de verdade, essas têm gordurinhas, cinturas finas ou largas, ossos maiores ou menores, bundas grandes ou pequenas e não caberiam naquelas criações de forma alguma, a solução encontrada por tais costureiros (ih! acho que acabo de ofender os caras) é então, "fabricar" um padrão inalcançável do corpo humano, de outra forma eles ficariam sem poder expressar sua arte e passariam a ser vistos como desenhistas de roupas, que servindo para todos perderiam o status de arte, que tem como um de seus requisitos a originalidade.

Fiquei na praia outro dia reparando as pessoas e pude ver como a beleza está longe da perfeição estética perseguida fútilmente por tantas mulheres e muito homens. Vi mulheres de rostos lindos que tinham uma pintinha feia no nariz, corpos de deusa com rosto de harpia, silhuetas perfeitas e rostos lindos com manchas de sol, cicatrizes em pernas maravilhosas, bigodinhos em rostos angelicais, etc. Como se a natureza estivesse a dizer que nada é absolutamente perfeito, mas que a beleza está justamente nesse contraste entre a perfeição e a imperfeição de cada um.

A verdadeira beleza está nos olhos de quem vê; o dito mais uma vez se mostra verdadeiro, a beleza externa não importa, ela pode ser disfarçada com cremes, maquiagem, pintura, photoshop... Importante mesmo é ser belo por dentro e sentir-se bem com aquilo que somos.

Filme recomendado: O amor é cego, com Jack Black, Gwyneth Paltrow.


P.S - Estou de férias. E isso deve bastar para explicar o porquê das postagens andarem mais esparsas que o normal, mas em fevereiro voltaremos, espero, com boas surpresas.