Vizinhos são um problema:
Estão ao lado de sua casa e você, quer queira quer não, tem que lidar com eles de alguma forma; não há vizinhança sem interação (ainda que mínima como no caso de apartamentos). Estabelecer boas relações com os vizinhos é uma arte (chamam ela de diplomacia) e não é coisa fácil de se aprender ou praticar.
Há momentos em que vizinhos são os primeiros a quem recorrer numa emergência, são os primeiros que percebem os sinais de algo errado em nossa casa e muitas vezes os que nos auxiliam primeiro; mas também podem ser os que fomentam comentários daninhos a nosso respeito e maculam a nossa vida com outros vizinhos; fofocas, baixarias, brigas ou o churrasquinho de confratenização no fim de ano são cenas comuns na vida de muita gente por esse mundo afora.
Há vizinhos que se tornam parceiros e que criam laços tão grandes que se tornam uma família (meu irmão casou-se com uma vizinha e vive muito bem), mas mesmo em famílias achar pontos de concordância incondicionais é muito difícil, geralmente chega-se a um denominador que não é comum, mas ao menos consegue ser conciliador; algumas vezes, no entanto, vizinhos se estranham a tal ponto que acabam tornando-se inimigos mortais (vide os ínumeros filmes sobre gerações de famílias que brigam sem nem mais saber o motivo) e até caso de polícia.
O fato é que é preciso muito daquela arte citada acima (a tal diplomacia) para manter uma relação saudável e duradoura entre vizinhos, é preciso buscar entender as motivações do vizinho e tentar entendê-las e até aceitá-las, mas sem com isso, resignar-se com tudo o que o vizinho faz, afinal ele não poderá ligar o som nas alturas incomodando a ponto do outro sequer poder ver TV em casa. Nessa hora é preciso chamar o vizinho e dizer claramente que há um incômodo ali, sem brigas ou ofensas mas de modo a não deixar dúvidas sobre o que se quer; se não houver acordo, bem, ainda restam a intermediação de outros amigos ou os caminhos legais, que sempre são mais complicados e geralmente acabam de vez com a chance de reconciliação, mas que são necessários se o vizinho se tornar intransigente. Afinal uma boa vizinhança acontece quando há respeito pelos direitos e pela dignidade do outro.
Lembro que tinha um vizinho na minha infância que sempre levava os meus soldados do forte apache para casa e os escondia e sempre que eu dava pela falta ia lá e dizia a mãe dele que ele tinha pego meu boneco, ela me dizia que tinha sido "brincadeira" e me deixava pegar o brinquedo de volta, no dia seguinte estávamos brincando de novo e sempre que ele voltava a fazer aquilo eu ia até lá e resgatava meu soldado; um dia uma amiga me disse "deixa isso pra lá, vocês são amigos e o boneco está tão velho..." Eu respondia, "mas o brinquedo é meu, não dele." E nem por isso perdi a amizade ou as brincadeiras e parcerias nas travessuras.
Espero que os nossos vizinhos da América Latina entendam isso e que nosso País descubra que não é agradando que vamos criar boas relações, mas sabendo colocar os nossos pontos de forma respeitadora e firme, sabendo dos nosso direitos e respeitando o dos outros, mas sem deixar que roubem os nossos brinquedos...
Estão ao lado de sua casa e você, quer queira quer não, tem que lidar com eles de alguma forma; não há vizinhança sem interação (ainda que mínima como no caso de apartamentos). Estabelecer boas relações com os vizinhos é uma arte (chamam ela de diplomacia) e não é coisa fácil de se aprender ou praticar.
Há momentos em que vizinhos são os primeiros a quem recorrer numa emergência, são os primeiros que percebem os sinais de algo errado em nossa casa e muitas vezes os que nos auxiliam primeiro; mas também podem ser os que fomentam comentários daninhos a nosso respeito e maculam a nossa vida com outros vizinhos; fofocas, baixarias, brigas ou o churrasquinho de confratenização no fim de ano são cenas comuns na vida de muita gente por esse mundo afora.
Há vizinhos que se tornam parceiros e que criam laços tão grandes que se tornam uma família (meu irmão casou-se com uma vizinha e vive muito bem), mas mesmo em famílias achar pontos de concordância incondicionais é muito difícil, geralmente chega-se a um denominador que não é comum, mas ao menos consegue ser conciliador; algumas vezes, no entanto, vizinhos se estranham a tal ponto que acabam tornando-se inimigos mortais (vide os ínumeros filmes sobre gerações de famílias que brigam sem nem mais saber o motivo) e até caso de polícia.
O fato é que é preciso muito daquela arte citada acima (a tal diplomacia) para manter uma relação saudável e duradoura entre vizinhos, é preciso buscar entender as motivações do vizinho e tentar entendê-las e até aceitá-las, mas sem com isso, resignar-se com tudo o que o vizinho faz, afinal ele não poderá ligar o som nas alturas incomodando a ponto do outro sequer poder ver TV em casa. Nessa hora é preciso chamar o vizinho e dizer claramente que há um incômodo ali, sem brigas ou ofensas mas de modo a não deixar dúvidas sobre o que se quer; se não houver acordo, bem, ainda restam a intermediação de outros amigos ou os caminhos legais, que sempre são mais complicados e geralmente acabam de vez com a chance de reconciliação, mas que são necessários se o vizinho se tornar intransigente. Afinal uma boa vizinhança acontece quando há respeito pelos direitos e pela dignidade do outro.
Lembro que tinha um vizinho na minha infância que sempre levava os meus soldados do forte apache para casa e os escondia e sempre que eu dava pela falta ia lá e dizia a mãe dele que ele tinha pego meu boneco, ela me dizia que tinha sido "brincadeira" e me deixava pegar o brinquedo de volta, no dia seguinte estávamos brincando de novo e sempre que ele voltava a fazer aquilo eu ia até lá e resgatava meu soldado; um dia uma amiga me disse "deixa isso pra lá, vocês são amigos e o boneco está tão velho..." Eu respondia, "mas o brinquedo é meu, não dele." E nem por isso perdi a amizade ou as brincadeiras e parcerias nas travessuras.
Espero que os nossos vizinhos da América Latina entendam isso e que nosso País descubra que não é agradando que vamos criar boas relações, mas sabendo colocar os nossos pontos de forma respeitadora e firme, sabendo dos nosso direitos e respeitando o dos outros, mas sem deixar que roubem os nossos brinquedos...
2 comentários:
Greets to the webmaster of this wonderful site. Keep working. Thank you.
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