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quarta-feira, abril 25, 2007

Sexo


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Estávamos, eu e um amigo, conversando, quando o assunto enveredou por assuntos sexuais, falamos de alguns outros amigos que parecem ter uma conduta, infelizmente comum, de achar que o sexo é algo como um prêmio de uma caçada em que o número de vitórias conquistadas é a única coisa que importa e a parceira apenas o vetor para que se chegue ao tal prêmio; um objeto para um fim. Postura que atualmente também se estende às mulheres e aos jovens traduzida num verbo: FICAR!


Sexo não é isso. Sexo como eu vejo, requer envolvimento, paixão; e a gente só se apaixona por aquilo que conhecemos, por aquilo em que nos envolvemos de verdade, senão é apenas momento fugidio que desvanecerá com o tempo e se apagará do rio de nossas memórias.


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Não quero levantar falsos moralismos. Por isso mesmo afirmo logo que SIM. É perfeitamente possível haver sexo sem que haja amor, este não é requisito essencial para que o sexo aconteça de uma forma devastadora, apaixonante e inesquecível. A paixão sim; essa é indispensável mas, como já disse, para se estar apaixonado é necessário que se conheça aquela pessoa com que se vai para a cama, sem conhecimento e paixão, existe apenas uma troca de fluidos e isso não é sexo.


Sexo é algo quase mágico, que nos acelera de 0 a 100 em milésimos de segundo, que nos envolve o corpo inteiro e quando acaba nos deixa aquela sensação de perda e de ganho, uma sensação que não pode ser descrita, pois tem que ser experimentada. Sexo exige dedicação ao outro, exige que se descubra o corpo do outro, que se explore e se aventure a cada encontro, mas isso só pode ocorrer se houver cumplicidade, outra coisa que também é indispensável no sexo e mais uma prova de que "ficar" não é sexo de verdade, pois para haver cumplicidade é preciso haver conhecimento, troca, carinho, segredos que só os dois dividem.


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Sexo é, talvez, o maior presente que recebemos da natureza e não basta juntar dois corpos numa cama e friccionar os órgãos sexuais, isso qualquer animal faz. Para que exista sexo de verdade a união deve começar na mente, se desenhar nos olhos, ir se esculpindo em cada gesto, tomando forma em cada beijo, em cada toque mais, ou menos íntimo.


Sexo necessita de tempo, de antes e de depois; carece de pequenos gestos, de mordidas secretas, de beijos roubados nas horas mais inoportunas, de pequenas loucuras cometidas no dia-a-dia. Sexo requer paciência e impulsividade para conhecer e provocar, para realizar a mágica de tornar-se um só corpo, unido não pelas partes sexuais, mas unido por cada centímetro de pele e de pensamento, por cada gota de suor e saliva, por cada som grunido, gritado ou sussurrado durante a dança.


Já disse que Amor não é essencial ao sexo, a Paixão sim, gostar de verdade do outro, querer estar ao lado e sentir falta quando este se afasta. MAS se existe amor, Ah! e se então nesse amor existir paixão...Sex Você chega ao Paraíso a cada encontro, em cada movimento da dança que os corpos bailam, a cada olhar inflamado com a essência do outro, a cada êxtase que se desprende e preenche o ar...


Ficar? Isso é coisa de quem ainda não aprendeu que Sexo não é pra qualquer um. Sexo é pra quem se apaixona.


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terça-feira, outubro 17, 2006

Cidadania

Se pegarmos o dicionário, veremos que cidadania é, substantivo feminino, "condição de cidadão" e que este é definido como "habitante de uma cidade - indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado". Nos programas que vemos nos meios de comunicação sempre aparece um especialista "de não sei das quantas" pra falar da origem etimológica da palavra, que remonta à Roma antiga, onde eram cidadãos aqueles com direito a voto e a "ter direitos" e que não eram cidadão os estrangeiros e escravos, como se isso fosse o suficiente para que o grande público finalmente aprendesse a exercer sua cidadania.
Bem. Cidadania é uma palavra muito bonita e profunda, que requer muito mais do que o exercício dos direitos civis, muito mais do que ser obrigado a votar e ainda ter que engolir a falácia de que o voto é "um dever, mas também um direito". Se a cidadania deve ser exercida ela o deve ser integralmente, de forma consciente e em todos os aspectos da vida cotidiana.
Cidadania requer coragem. Coragem de ser honesto num País onde corrupção é motivo de inveja. Coragem de se dedicar a uma causa, mesmo sabendo da dificuldade do caminho e de que muitas vezes é preciso fazer o caminho. Coragem de buscar conhecimento, mesmo sabendo que o conhecimento nos leva a uma jornada sem fim. Coragem de ter um ideal e guiar sua vida por ele, mesmo sabendo dos atritos que você irá causar. Coragem de fazer o correto apesar da conseqüências.
Cidadania é cumprir os deveres que a legislação determina, pois eles são, ou deveriam ser, para o bem comum. Cidadania é saber que não se deve jogar lixo no chão e guardar o papel do bombom no bolso até achar uma lata de lixo onde colocá-lo. Cidadania é exigir a lata de lixo. Cidadania é não ultrapassar o sinal vermelho, nem andar a mais do que o permitido. Cidadania é dedicar um tempo para si próprio e um pouco de tempo para os outros. Cidadania é poder ter esse tempo para dispor.
É cidadão o que se envolve com os problemas de seu bairro, o que lembra de quem foi seu voto na eleição e acompanha o eleito, cobrando, propondo e exigindo. É cidadão o que depois da eleição torce para que o eleito faça o correto, mesmo que não tenha sido o seu candidato, e que o apóia se suas propostas estiverem corretas, ajudando a melhorá-las se for preciso e não apenas criticando apesar dos benefícios coletivos.
Cidadania não é dada por lei ou decreto, não é encontrada em livros ou teses de doutorado, não é resolução da ONU ou matéria de prova na escola. Cidadania é conquista e toda conquista só acontece quando temos a coragem de dar o primeiro passo, sem medo das eventuais quedas que virão.
Vote bem!