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terça-feira, novembro 18, 2014

Filme do Snoopy tem trailer oficial


O primeiro trailer do filme da Turma do Charlie Brown (Peanuts) acaba de ser divulgado pela Fox. A animação está prevista para chegar aos cinemas em novembro de 2015, quando a turminha chega aos 65 anos de criação. O roteiro é do filho de Charles Schulz (1922 - 2000), criador dos personagens, Craig Schulz que diz estar procurando ser bem fiel à obra do pai. A direção, por sua vez, ficará por conta de Steve Martino (A era do gelo 4).


domingo, novembro 09, 2014

Naruto chega ao fim após 15 anos

O mangá Naruto irá chegar ao fim após 15 anos de publicação impressa, serão dois números (699 e 700) que chegarão às bancas na próxima segunda-feira, porém, desde quinta-feira passada, fãs já podem baixar a versão digital da história. Naruto é publicado desde 1999, totalizando 71 volumes. Há também o anime que soma mais de 600 capítulos e é transmitido em vários países do mundo (aqui já passou no SBT e no Cartoon). Em 06 de dezembro deve chegar aos cinemas o longa baseado no mangá e que serve de epílogo da série (ainda não há previsão de estréia no Brasil).

abaixo vc confere o trailer da produção:


sexta-feira, novembro 07, 2014

Toy Story 4 vem aí


A Disney anunciou ontem (06.11), durante um evento no qual mostrava os resultados da empresa para a imprensa, que irá produzir uma nova sequencia da animação "Toy Story", o quarto filme da série deve estrear em 2017 e será dirigido por John Lasseter, diretor do primeiro filme de 1995. A produção será da Pixar.

quarta-feira, outubro 22, 2014

Vingadores 2 - Trailer vazou


O trailer de Vingadores 2 - A era de Ultron, que deveria ir ao ar junto com a exibição do episódio 6 de Marvel Agents of S.H.I.E.L.D no próximo dia 28 de outubro, vazou e foi parar na internet. Nele podemos ver algumas cenas bastante impactantes como o escudo do Capitão América despedaçado, uma luta entre o Hulk e o Homem de ferro em sua armadura Hulkbuster e a Feiticeira escarlate entrando em ação. Curta o vídeo acima.



terça-feira, outubro 21, 2014

Desenhando Michael Jackson - Lápis de cor e muito talento




Pena que nas nossas escolas a arte ainda seja tão pouco valorizada, , quase não aprendemos a usar o lápis de cor, geralmente as crianças limitam-se a colorir desenhos já prontos em cópias xerocadas ou fazer trabalhos manuais sem muita inspiração. Muito menos se estimula o desenvolvimento, o conhecimento e a valorização da Arte; embora saibamos que existem professores que se esforçam para criar tal sentimento, ainda encaramos  tal tipo de saber como algo supérfluo e sem sentido. Ir a museus, ver exposições de arte, conhecer novas culturas musicais, novas danças, etc. ainda não fazem parte do nosso pão diário cultural.

 Michael Jackson desenhado pela artista Heather Rooney

segunda-feira, setembro 29, 2014

Maioridade Penal irrestrita é irresponsabilidade



Reportagem exibida recentemente no programa Bom Dia Brasil da rede Globo de televisão, denunciava que nos últimos cinco anos o número de menores envolvidos com o crime no Rio de Janeiro triplicou, essencialmente em relação à participação no tráfico de drogas. Informa ainda a reportagem, que a maioria desses jovens possui baixa escolaridade e quase nenhuma perspectiva de uma vida de qualidade nos lugares onde moram. Muitos são submetidos a medidas sócio educativas nas casas de acolhimento, mas a falta de estrutura delas e as condições adversas encontradas quando saem (mesmo quando estudam e aprendem uma profissão durante o internamento), acabam levando o jovem de volta ao mundo do crime.



Não é mais surpresa que esses jovens sejam cooptados por criminosos e que muitas vezes acabem ascendendo dentro do crime e chegando a gerenciar pontos de tráfico ou mesmo comandar quadrilhas; os delitos cometidos vão desde a venda de drogas, passando por roubo, sequestros e até assassinatos. Recentemente em Porto Seguro na Bahia, uma criança de apenas 12 anos e acusada de seis assassinatos e mais 17 tentativas, foi apreendida pela polícia, causando grande comoção na sociedade local, mostrando que esse tipo de envolvimento não se restringe à capital carioca.

Tal cooptação se dá por um motivo simples: a certeza da impunidade daquele que irá cometer o crime ou, no caso específico, a infração penal. Para o chefe de quadrilha é fácil e útil recrutar menores que nada tem a perder, quase não têm medo, são destemidos, muitas vezes conhecidos pela violência exagerada e, mesmo sendo flagrados, serão rapidamente liberados, sem processo, sem necessidade de advogados, sem “sujar a ficha”; além de que, se pegos, muito pouca chance terão de levar até ao verdadeiro líder. Enfim, a lista de vantagens é enorme.

A falta de investimentos pesados em educação de base, a dificuldade para se chegar ao primeiro emprego, a praticamente inexistente qualidade de vida, os constantes apelos ao consumo, que nos instiga a ter o celular da moda, o videogame mais poderoso, a roupa que vemos na novela, a TV de LED 3D, etc. Faz parecer aos jovens que no crime eles ganharão tudo isso de forma rápida e fácil. Lembro que vivemos tempos de culto ao prazer desenfreado, o prazer pelo prazer; devemos viver o mais absurda e permissivamente possível, de maneira rápida e radical.



No documentário “Falcão, meninos do tráfico” do rapper MV Bill e Celso Athaíde (2006), uma das coisas que nos chama a atenção é perceber que o ingresso no mundo do crime, dá a esses jovens status de celebridade dentro das comunidades onde vivem. A chamada ostentação, a força bruta e a violência fazem desses meninos estrelas com direito a fãs e admiradoras, as armas que portam lhes dá uma aura de poder, de masculinidade e impõe medo aos moradores; transferindo a eles um poder social que é quase impossível de ser superado por atividades normais e honestas.

Nesse cenário, a impunidade penal aqueles menores de 18 anos se torna uma arma que nas mãos criminosas e que, a meu ver, em nada protege a imensa maioria de jovens brasileiros que não roubam, matam ou traficam. Tal impossibilidade punitiva só transforma crianças cada vez mais jovens e adolescentes em buchas de canhão do tráfico de drogas, só os faz buscar mais cedo à ascensão no mundo da violência. Claro que a redução da maioridade penal sozinha não iria acabar com a violência, assim como punir adultos também não tem surtido esse efeito; porém a possibilidade de punição poderia diminuir o interesse no uso de menores como mão de obra do crime.


Essa punibilidade, claro, deveria ser diferenciada em relação a criminosos adultos, com penas também diferenciadas e cumprimento em estabelecimentos especiais. Sei que alguns vão dizer que se melhorarmos a estrutura do que está aí, da tal rede de proteção, essa realidade se alteraria, eu digo que a melhoria é sim imprescindível, precisamos reformar nossa execução penal, com disciplina e ressocialização de verdade, precisamos de estabelecimentos penais mais seguros e com rotinas de trabalho, convivência e estudo rígidas; bem como estabelecimentos de acolhimento a menores mais estruturados e eficientes. Mas apenas isso não bastará se a discussão franca sobre a redução da punibilidade penal não for levada a toda sociedade e repensada de modo a ser justa.



O discurso não é se o menor de 18 anos deve ou não ser punido pela prática de crimes, mas sim como deve ser punido de forma coerente, imparcial, de acordo com o crime cometido, de acordo com a história pessoal do menor e como forma de proteção de outros jovens e da própria sociedade. Não há como explicar que um jovem cometa assassinatos de forma brutal e repetidas vezes e depois seja apenas internado numa instituição por no máximo 03 anos, após os quais sairá livre, sem antecedentes e na maioria das vezes pronto a voltar à criminalidade. Defender essa maioridade penal da forma que está estabelecida hoje é uma distorção do conceito de igualdade, uma injustiça e uma irresponsabilidade.

Sempre defendi que a maioridade penal deva ser relativa e não absoluta. Não dá pra ver crimes, muitas vezes hediondos, sendo cometidos por menores que acabam se livrando de qualquer punição. Também sempre defendi que a educação é o principal instrumento de libertação da sociedade e que é preciso investir e muito na ressocialização tanto de infratores quanto de criminosos, bem como há a necessidade de acompanhar os presos libertos, inclusive dando-lhe suporte após o cumprimento de suas penas. O que não dá pra defender é esse sistema que deveria proteger crianças e adolescentes dando-lhes cidadania, mas restringe essa proteção à ação não punitiva, que só faz aumentar o número de jovens vítimas da criminalidade.

quarta-feira, setembro 24, 2014

Cidadania, Turma da Mônica

Essa história da Turma da Mônica tem um bom tempo que foi publicada, mas ainda relata muito bem a nossa realidade e a necessidade de nossa participação para que as verdadeiras mudanças ocorram, em tempos de eleições há que se refletir muito sobre nosso futuro e sobre as escolhas que teremos que fazer, por isso procure se envolver mais na vida política de seu município, de seu estado e país. Escolha seus representantes com base em fatos e não pela ilusão das pesquisas ou de campanhas cheias de apelos midiáticos e nunca, mas nunca mesmo, troque seu voto por qualquer coisa, seja dinheiro, material de construção ou promessas de emprego ou colocação. Se o candidato está disposto a comprar seu voto ele com certeza não se importará em vender seu futuro.





















terça-feira, setembro 16, 2014

A eterna estupidez no trânsito





Vamos comemorar como idiotas a cada fevereiro e feriado todos os mortos nas estradas...” Os versos acima são de “Perfeição”, música da Legião urbana e estão no início deste artigo pra que reflitamos o quão estúpida ainda é nossa postura no trânsito diário de nossas confusas ruas, cheias de engarrafamentos por nada, de motoristas que parecem estar numa pista de Fórmula um, onde as pessoas agem como se fossem imunes a qualquer possibilidade de se envolverem ou causarem acidentes, muitas vezes com vítimas fatais e que nem sempre são inocentes também.

Basta sair às ruas pra ver toda sorte de absurdos: É proibido e perigosíssimo dirigir falando ao celular, mas essa é uma das infrações mais comuns de nosso tempo (as mulheres são campeãs absolutas nesse tipo de infração, infelizmente), em que não se pode andar desconectado. E se é um absurdo que um motorista tire a atenção do tráfego para atender ao celular, que dizer de motociclistas que digitam mensagens enquanto pilotam?

Já vi de tudo nesse trânsito louco, contando dá até pra duvidar, mas tudo verdade: mulheres fazendo as unhas enquanto dirigem, homens penteando a cabeleira a 120 por hora numa BR, motociclistas andando lado a lado conversando animadamente, mulheres se maquiando, gente tirando pelos do nariz. Hoje vi um motorista de ambulância conduzindo de forma perigosa enquanto assistia televisão (uma tela de LED bem acima do volante), um olho no sinal, outro na novela.

A imprudência e a falta de educação para e com o trânsito, causam sérios prejuízos financeiros e de saúde. O número de mortes e incapacitações devido a acidentes de trânsito é absurdo. Só de indenizações do DPVAT em 2013 tivemos registradas 54.800 mortes e mais 444.000 pessoas inválidas no Brasil; e sabemos que esses números são bem maiores, pois boa parte dos envolvidos acaba não dando entrada no seguro.

Quando se fala em câncer as pessoas se benzem, batem na madeira e rezam pra que essa doença nunca nos apareça, se houvesse uma vacina que a prevenisse iríamos todos em busca dela. Mais morremos muito mais no trânsito e ainda assim arriscamos sair por aí sem usar os cintos de segurança ou após uma bebedeira. E ainda tem aqueles que dizem que “dirigem melhor quando estão bebendo” mesmo que todas as pesquisas digam que basta um copo para diminuir nossos reflexos e consequentemente nossa atenção ao dirigir.

Até quando “vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso nosso descaso por educação (...) o horror de tudo isso - com festa, velório e caixão”? – Até quando vamos permitir que acidentes tirem vidas por pura negligência, por falta de atenção a pequenas regras? Será tão difícil deixar pra atender ao celular quando chegarmos a nosso destino? Será que o mundo anda tão apressado que não pode esperar?



A cada dia vemos nas TVs exemplos terríveis de imprudência, de mortes inexplicáveis e desnecessárias; mortes que poderiam ser evitadas com o respeito às regras de trânsito e ao direito do próximo. Enquanto países como a Alemanha diminuíram as mortes no trânsito cerca de 80% nos últimos 40 anos, dados do Mapa da violência publicado agora em 2014 mostram que no Brasil as mortes aumentaram 38,3% num período de 10 anos.

Essa falta de respeito às leis que regem o trânsito brasileiro conjugada com a baixa qualidade dos nossos motoristas, muitos deles conduzindo sem carteira de habilitação nos coloca em 1º lugar no número de mortes relacionadas ao trânsito (se considerarmos os índices do DPVAT), sendo que boa parte ocorre envolvendo motociclistas ou motoristas que dirigem acima da velocidade permitida e aqueles que dirigem alcoolizados.

Mudar nossa postura diante do trânsito pode ajudar bastante na diminuição desses índices, precisamos nos conscientizar que nas ruas e estradas todos somos responsáveis pelas vidas de todos; a imprudência não afeta apenas nosso veículo, ela pode levar a acidentes muito sérios e fatais, temos que aprender a dirigir respeitando a vida: A nossa e dos outros que trafegam ao nosso lado. Só assim para parar de “celebrar a estupidez humana”.

quinta-feira, setembro 11, 2014

Turma do Xaxado





Cedraz explicando o processo de criação de seus personagens:

Faleceu o quadinista Cedraz

O mundo dos quadrinhos perde mais um grande mestre:


Por Samir Naliato
Para o UniversoHQ

O cartunista Antônio Luiz Ramos Cedraz, ou simplesmente Antônio Cedraz, criador da Turma do Xaxado, faleceu hoje, às 6h30min, aos 69 anos, após um longo combate contra um câncer de intestino. Ele foi internado no último dia 3 de setembro, em estado grave, e não resistiu.
Cedraz nasceu na cidade de Miguel Calmon, na Bahia, em 4 de maio de 1945. Seus primeiros contatos com os quadrinhos foram na cidade de Jacobina, onde cresceu e se formou professor. Fã de personagens como Tarzan, Superman, Capitão Marvel, Fantasma e os da Disney e da Turma da Mônica, tinha como referência desenhistas brasileiros da década de 1960, como Ygaiara, Isomar, Mauricio de Sousa, Ziraldo, Nico Rosso, Sérgio Lima, Gedeone, Orlando Pizzi, Edmundo Rodrigues, Jayme Cortez, Flavio Colin e Julio Shimamoto.
Teve diversos trabalhos publicados em jornais baianos, e ganhou prêmios em concursos e exposições no Brasil e no exterior, entre eles 2º Encontro Nacional de Hstórias em Quadrinhos, realizado em Araxá (MG), em 1989; seis troféus HQ Mix, além do Prêmio Ângelo Agostini de Mestre do Quadrinho Nacional.

Antônio Cedraz

Sua grande criação foi a Turma do Xaxado. Inicialmente, esses personagens faziam parte da Turma da Pipoca. Em 1998, o editor do caderno Municípios do Jornal A Tarde, de Salvador, pediu para Antônio Cedraz algumas tiras. Imediatamente, o criador lembrou de Xaxado e seus amigos, pois eles tinham tudo a ver com o assunto desejado. Inicialmente sendo publicado duas vezes por semana, as histórias logo passaram a sair todos os dias, graças à boa resposta dos leitores, desta vez no Caderno 2 do periódico.

Xaxado é um garoto do interior da Bahia, neto de um cangaceiro. Suas aventuras retratam a vida das pessoas da região, com suas crenças e lendas. Ainda fazem parte da turma os seus pais, Seu Enoque e Dona Fulô, além dos amigos Zé Pequeno (o preguiçoso), Marieta (que fica ensinando a todos como falar corretamente), Arturzinho, o Padre e até o Saci. Isso sem falar em seus animais de estimação, como o jumento Veneta, o porco Linguicinha, a galinha Odete e o cachorro Rompe-Ferro.

Em conversa com o Universo HQ, em 2001, Cedraz admitiu as semelhanças entre ele e sua criação. “Na verdade, o Xaxado resgata a minha infância no interior. Periodicamente, vou até lá visitar meus parentes e amigos. Mas para criar a turma viajei com outro propósito. Passei vários dias olhando tudo de outro modo, pesquisando a fala e os modos do povo. Fui às feiras livres, fotografei cenários e indivíduos, li revistas e material sobre o campo e, de posse de um bom material, passei a compor os tipos, Zé Pequeno, Marieta, o Padre, Arturzinho…”, disse.

Os personagens ganharam tiras, livros, jornais e revistas, por editoras como Escala e HQM. Por várias vezes, foram usados pelo Governo da Bahia em campanhas junto ao público infantil, como de reciclagem, combate a dengue e material paradidático em escolas. Em 2003, ganhou apoio da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura).

No início deste ano, Antônio Cedraz foi homenageado com uma exposição em Salvador. Em 2015, ele será o autor homenageado no FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.

Turma do Xaxado


quarta-feira, agosto 27, 2014

Chocante! Hello Kitty NÃO é uma gatinha!



Acabo de descobrir que a Hello Kitty (aquela personagem de desenho animados e cartuns que parece e sempre foi considerada por seus fãs uma gata), NÃO é uma gata.

Chocado? Bem, ao menos é o que afirmou a Sanrio, empresa detentora dos direitos da personagem, durante pesquisa efetuada pela antropóloga Christine R. Yano e revelada para o jornal Los Angeles Times em data de ontem (26.08), ela buscava informações sobre a ex-gatinha que seria tema de uma exposição num museu que iria mostrar aspectos da cultura japonesa focada na personagem. "Ela é um personagem de desenho, e é uma garotinha. Ela é amiga, mas não um gato. Uma razão é porque ela nunca está de quatro. Ela anda e senta como uma criatura bípede. E ela até tem um gato de estimação, o Charmmy Kitty", inclusive em seu site a Sanrio disponibiliza um guia de arte em que informa "Hello Kitty não é uma gato, ela é uma garota. Por favor, não faça/use referencias animais".



A personagem criada em 1974, portanto fazendo 40 anos, seria "uma garotinha britânica, chamada Kitty White, filha de George e Mary White, do signo de escorpião, e que adora torta de maçã."

A notícia repercutiu bastante, afinal ninguém iria imaginar tal revelação após tantos anos de carinho e atenção dos fãs da gatinha, ops, da menininha graciosa que ela representa, principalmente para os descendentes de japoneses radicados em outros países e que viram na personagem uma representação de sua cultura e que desde que foi usada pela primeira vez pintada numa bolsa pra guardar moedas se tornou também um ícone cultural mundial.

Ao menos o Snoopy já mandou avisar pelo tweeter que ele continua sendo um cachorro.



‘Eu nunca adicionaria meus filhos no Facebook’, diz pesquisadora

Entrevista com Mimi Ito, professora da Universidade da Califórnia e estudiosa do comportamento jovem na internet

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Por Bruno Capelas, Estadão

SÃO PAULO – Mãe de dois adolescentes e professora da Universidade da Califórnia, a nipo-americana Mimi Ito estuda a maneira como os adolescentes e crianças se comportam na internet, tendo chefiado o Digital Youth Project, pesquisa de 2008 que mostrou como os jovens estão usando a rede para novas formas de aprendizado, amizade, relacionamentos amorosos e busca por informações. No Brasil a convite do Google para a série de palestras Think with Google, Mimi falou ao Link sobre como os pais e educadores devem lidar com o mundo digital, em temas como privacidade, bullying e o crescente uso de dispositivos móveis.

A maioria das pessoas acha que interações online são diferentes do ‘mundo real’. O que a senhora pensa sobre isso?
 
Para a maioria das crianças, o principal uso da internet é uma extensão dos relacionamentos que elas têm ao vivo: elas mandam mensagens ou conversam com os amigos no Facebook — o que nós chamamos de redes de amizades. Mas muitas crianças usam a internet para ter acesso a novas informações, em redes como fóruns e plataformas de games. Nesses ambientes, elas também fazem amigos. Elas, entretanto, tem uma divisão muito clara desses ambientes: seria estranho ter um adulto ou um estranho por perto no Facebook, porque é nesses ambientes que elas se relacionam, fazem amizades ou flertam entre si. Há uma noção muito própria de privacidade e discrição. Meu filho é um gamer, joga com estranhos toda hora, mas eles se conectam por ter o mesmo interesse. É diferente das pessoas com quem ele está mandando mensagens ou conversando no Facebook.

Por que é tão difícil para os pais entender essa diferença?
 
Existem experiências que não foram absorvidas pelo intervalo de gerações. Para o meu filho, jogar em uma liga de StarCraft é tão importante quanto um campeonato de basquete – mas isso não acontece para as maioria dos pais, porque eles não tiveram essa vivência. Nós, como pais, temos de educar a nós mesmos sobre o que está acontecendo, e querer nos envolver, assim como fazemos com os jogos de basquete ou as apresentações de balé dos nossos filhos. É algo normal, mas que muitos pais parecem ter desistido com o mundo online, só porque não é algo familiar a eles.

E como os pais podem se envolver sem invadir a privacidade dos filhos? Um pai deve ser amigo do filho no Facebook?
 
Aí entra a diferença entre redes de interesse e redes de amizade. Eu nunca adicionaria meus filhos no Facebook: eles não querem que eu saiba por quem eles estão apaixonados, ou quem são os mais populares da sala. Pelo contrário! Conversamos sobre isso no jantar, mas não preciso ter contato com isso. Por outro lado, me envolvo nas redes de interesses deles. Jogo MineCraft com meus filhos, tento saber o que é um Tumblr ou o StarCraft. Se as crianças entenderem que o seu interesse pelo que eles gostam é genuíno, será ótimo: elas querem que você saiba o que é o StarCraft, assim como querem que você veja o seu jogo de futebol. Mas elas vão perceber se você estiver por perto só para tentar controlar o que elas fazem – e vão se rebelar por isso.

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Uma pesquisa recente no Brasil diz que quase metade dos pais das crianças conectadas do País não usam a internet. Como eles podem educar seus filhos para usar a rede? Eles precisam necessariamente estar conectados e usar redes sociais, por exemplo?
 
Os pais precisam ver que seus filhos podem ajudá-los a entender a tecnologia, e prover a eles a sabedoria para lidar com a tecnologia. Muito do que nós estamos falando aqui é apenas sobre aprendizado e como se comportar em sociedade. É uma parceria: eles conhecem as ferramentas, nós podemos ajudar a dar os valores.

O cyberbullying é um dos temas mais discutidos quando se fala em tecnologia e adolescentes aqui no Brasil. No que ele é diferente do bullying?
 
Comportamentalmente, ambos são a mesma coisa. Com a tecnologia, as coisas viajam mais rápido e são mais difíceis de serem esquecidas, é algo mais danoso. Entretanto, há um lado positivo: a tecnologia está tornando o bullying vísivel. Antes, ele acontecia em vestiários e na saída da escola, e os adultos não tinham acesso ao que acontecia. Na internet, os pais e os educadores podem ver o que acontece. Às vezes, a percepção de que as redes sociais geram o bullying é errada: ela só está tornando visível algo que já acontecia. Repito: não monitoro o Facebook dos meus filhos, mas eles são orientados a me avisarem quando coisas assim acontecem. As escolas também estão fazendo isso.

Outra preocupação crescente dos pais é como as crianças tem usado cada vez mais a internet nos celulares e tablets. Como a senhora vê isso?
 
O mobile cresceu muito, mas seu estilo de comunicação hoje, via Whatsapp ou Snapchat, não é diferente de uma mensagem de texto. A mudança para o celular, há cerca de dez anos, é que fez a diferença, porque deu um espaço privado para os jovens. O que mudou é que, antes, com SMS, elas se comunicavam com no máximo dez pessoas. Hoje, com o Whatsapp, podem ser centenas de pessoas. Mas vale lembrar: elas estão fazendo isso de forma privada. Os jovens não acham mais que o Facebook é um espaço seguro para sua comunicação íntima, porque os professores vão olhar o que eles estão fazendo.

Como as escolas podem incorporar essa tendência?
 
Elas têm se envolvido nos relacionamentos das crianças: quando as coisas evoluem para bullying, elas tomam posições. As escolas tem ensinado sobre cidadania digital e participação, como fazem com outras questões sociais. Onde a educação formal tem sido pouco pró-ativa é nas redes de interesses. Comunidades online dão muito mais acesso a conhecimentos que uma escola pode oferecer, mas poucas delas estão usando a internet com essa fonte de pesquisa, e continuam tentando produzir todo o conteúdo e expertise localmente. Isso não precisa acontecer.

Existe alguma idade mínima para que uma criança comece a usar a internet?
 
Não sei dizer. A linha dos 13 anos imposta pelas empresas é arbitrária, mas tende a ser nessa idade que a criança começa a ter a sua vida de forma independente e os pais precisam monitorar menos o que elas fazem. Na verdade, o requisito mínimo é mais o envolvimento e o diálogo que existe entre pais e crianças, e menos o que elas fazem.

E o que a senhora acha que as empresas de tecnologia estão fazendo para lidar com esse público crescente?
 
Elas precisam ser mais pró-ativas para atender esse público: a maioria das empresas dizem que as crianças só podem usar seus serviços a partir dos 13 anos. Não há conscientização ou considerações como elas podem usar a internet de um jeito bacana. Só há a falta de incentivo. Vejo que as empresas de tecnologia tiveram postura ativa em questões como a privacidade de seus usuários, mas não nos direitos das crianças. É preciso que elas entendam isso, porque são as plataformas que as crianças usam para aprender, são úteis para a educação.

terça-feira, agosto 26, 2014

O adeus a Deodato Borges





 Foi com a frase - o Flama morreu - que o desenhista Mike Deodato Jr. deu a noticia do falecimento de seu pai, o tambem quadrinista (alem de radialista e jornalista), Deodato Borges, criador do personagem Flama, um dos primeiros superherois brasileiros, um detetive inspirado em icones como Spirit e O Sombra, que surgiu num programa da radio Campina Grande, na Paraiba e logo migrou para os quadrinhos, fazendo grande sucesso apesar de terem sido lançadas apenas 5 edições hoje consideradas raras. Recentemente, Deodato Jr. prometeu revitalizar o personagem.



Deodato Borges faleceu na tarde de ontem (25 de agosto), durante realização de uma hemodiálise feita dias após ter feito uma cirurgia para retirada de um dos rins. Seu filho, Mike Deodato Jr. e um dos mais prestigiados e famosos desenhistas brasileiros, atualmente trabalhando na Marvel Comics e já foi responsável por desenhar a Mulher-Maravilha e o Homem-Aranha, entre outros.


quinta-feira, agosto 14, 2014

A verdade sobre votos nulos e brancos



Sempre que as eleições se aproximam é comum ver nas redes sociais ou em rodinhas de amigos apelos de protesto pedindo que as pessoas anulem seu voto. O argumento utilizado é que se mais de 50% dos votos forem nulos, a Justiça Eleitoral é obrigada a realizar uma nova eleição com outros candidatos; o que seria uma forma de mostrar que o povo quer mudanças e não queremos os mesmos políticos que estão por aí. Mas isso será verdade?


A resposta é: Não!

Votos nulos e brancos não são considerados votos válidos e, portanto, não interferem diretamente no resultado das eleições; são considerados apenas manifestações de descontentamento do eleitor. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos (bastando apertar a tecla “branco” na urna eletrônica e confirmar), enquanto o voto nulo é aquele em que o eleitor “manifesta sua vontade de anular o voto”. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.

A Constituição Federal adotou o princípio da maioria absoluta de votos válidos para eleger um candidato, o que significa que nas chamadas eleições majoritárias (Presidente, Governador e Senadores e Prefeitos), é preciso que os pretendentes a vaga atinjam 50% dos votos válidos + um. Por exemplo: no caso de 10.000 eleitores, se nenhum votar em branco ou nulo, todos os votos serão válidos. O candidato vencedor será aquele que receber 50% dos votos mais 1, isto é, 5.001 votos. No entanto, se entre esses 10.000 eleitores, 5.000 votarem em branco ou anularem, serão apenas 5.000 votos válidos. Assim, o candidato será eleito se alcançar apenas 2.501 votos. Se nenhum candidato alcançar essa quantidade no 1º turno, os dois mais bem votados irão disputar um 2º turno em que se definirá o vencedor.

No caso das eleições proporcionais (Deputado Federal, Deputado Estadual e Vereadores), os candidatos se elegem em razão do quociente eleitoral (índice que determina o número de vagas que cada partido vai ocupar no legislativo) que é determinado fazendo-se a divisão de votos válidos pelo número de vagas existentes, assim quanto maior for o número de votos nulos e brancos, menor será o quociente eleitoral e consequentemente menos votos serão necessários para ganhar a eleição. Por isso que muitas vezes vemos um candidato ter menos votos do que outro e ainda assim ser eleito em razão de ser ‘puxado’ por outro candidato com muitos votos do mesmo partido ou legenda.

As eleições só podem ser anuladas quando a Justiça Eleitoral decide anular 50% dos votos inicialmente considerados válidos, no entanto, isso só ocorre quando o candidato tem a sua candidatura cassada ou é declarado inelegível; pode acontecer também quando é detectada fraude, abuso econômico ou de autoridade ou corrupção eleitoral durante o pleito.

Ou seja, votar nulo ou em branco, acabam apenas ajudando aqueles que querem se eleger e tiram de você a oportunidade de escolher, deixando aos outros essa tarefa. Alguns dirão que não há em quem votar, pois todos representam uma continuidade do que está aí. Eu lhe digo o seguinte: O voto é e continuará sendo a sua arma para efetuar as mudanças necessárias, se você não encontrou um candidato, pesquise, vá além dos nomes conhecidos, busque na internet e em outras fontes de informação, envolva-se politicamente, assista e discuta o programas eleitorais, procure conhecer os candidatos menos populares (os mais populares geralmente são aqueles que possuem maior poder econômico, infelizmente), leia sobre suas realizações, não acredite e nem vote em políticos que lhe oferecem emprego, material de construção e vales-gás, etc. Tenha em mente que a responsabilidade pela construção de nosso País, Estado e Município também é sua. E depois da eleição lembre-se do seu voto e cobre de forma consciente a realização daquele projeto que você escolheu.

Esse ano o 1º turno das eleições será em 05 de outubro e o 2º turno em 26 de outubro. São obrigados a votar os maiores de 18 anos. O voto é facultativo para os maiores de 16 e menores de 18 anos, os maiores de 70 anos e os analfabetos.

Um bom lugar para começar a conhecer os candidatos é a página do TSE, que lista todas as candidaturas, com as respectivas declarações de bens, situação do candidato, prestação de contas, etc. Acesse AQUI