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sexta-feira, maio 21, 2010

A semana: alguns pitacos....

FICHA LIMPA - Graças a pressões da mídia, o projeto "ficha limpa" foi aprovado no Senado, claro que totalmente descaracterizado do que se propunha originalmente, por exemplo: onde havia a expressão "terem sido condenados" agora existe "os que forem condenados", ou seja, os condenados de hoje e aqueles cujo processo esteja em andamento, podem ser permanecer tranquilos, pois suas candidaturas estão praticamente garantidas. Não mudou muita coisa - Uma vitória do povo ou mais um show pirotécnico para enganá-lo????

FATOR PREVIDENCIÁRIO - Muito se fala no "rombo da previdência" e a maioria dos economista que já vi  falarem do assunto dizem que uma reforma precisa ser feita com urgência ou daqui a alguns anos a conta não vai fechar e os efeitos sobre a economia do país serão devastadores, geralmente citam como problemas a serem resolvidos: o tempo de contribuição no Brasil (que seria inferior a de outros países), o inúmeros benefícios sociais para quem nunca contribuiu, os gastos públicos, etc. Portanto, me parece uma sacanagem das grandes (e com todos nós contribuintes que um dia nos apposentaremos) acabar assim de uma hora pra outra  com o tal fator previdenciario (que limitava o valor da aposentaria de quem se afastava muito cedo) e isso sem haver previsão alguma de uma reforma previdenciária que solucione os problemas que virão disso aí. Jogada política em ano de eleição, pois está claro que o presidente irá vetar a coisa.

CÉLULA SINTÉTICA - Pesquisadores americanos conseguiram criar uma célula a partir de um genoma sintético, o que abre caminho para uma série de desenvolvimentos em diversas áreas desde a saúde, passando por biocombústíveis, bactérias ecológicas, etc. O sonho de criar vida está mais perto (com o Dr. Frankstein não deu muito certo) e traz implicações enormes, afinal além de benefícios muito bem vindos, alguém duvida que logo estariam sendo fabricadas bactérias, virus, etc. para fins militares? Eu não! A coisa, portanto, precisa ser bem vigiada e acompanhada de perto - O Obama já mandou os pesquisadores do governo acompanharem a pesquisa, de pertinho...

quarta-feira, abril 14, 2010

Crack: Aumentar a pena, vale a pena?


(Por Kiko Moreira)

Um dos grandes males do final do século passado e início deste tem sido o Crack, droga derivada da cocaína, se dissiminou de maneira rápida e mortal, principalmente entre as camadas mais pobres da sociedade, devido a seu preço baixo e sua ação e efeitos mais rápidos, que levam ao vício e à dependência numa proporção assustadora (quase 100 % dos usuários).
De tratamento difícil e caro, a dependência do crack tem se mostrado um verdadeiro tormento social, potencializado pelos meios de comunicação que não cansam de divulgar histórias de violência associadas ao consumo da droga; são histórias de homicídios (em alguns estados, 80 % destes tem relação com a droga), de filhos trancafiados em casa pelos pais desesperados com a visão de seus filhos destroçando o pouco patrimônio que possuem para comprarem a droga, lares destruídos,  empregos perdidos, etc. A droga parece estar na raiz de toda violência existente hoje no País.
Sabemos que o buraco é mais embaixo, como diziam nosso pais, afinal o crescimento da violência, mesmo aquele decorrente da dependência das drogas em geral, não é algo simples de explicar e passa por diversos fatores, desde a falta de políticas públicas eficientes na educação e prevenção, indo pelo consumismo imposto pela mídia e chegando até a desvalorização dos costumes que ocorreu gradativamente desde os anos 90 (alguns diriam que essa degradação é mais antiga, mas creio que ela se tornou um problema maior a partir do movimento de globalização iniciado após o fim da guerra fria).
Nesse cenário, claro, sempre surgirão sugestões e projetos com poucas possibilidades de dar certo e que buscam focar no problema ao invés de discutir e tentar solucionar as causas. Uma dessas propostas é a do Deputado Paulo Pimenta (PT/RS) que através do projeto de lei nº 5.444/09 pretende aumentar a pena de quem vende crack, outra com teor parecido  (PLS 187/09) é a do Senador Sergio Zambiasi (PDT/RS). Entendem eles que, como o crack é uma drogas mais associadas à violência, coibir com maior rigor a sua venda, diminuiria a oferta e consequentemente o consumo. Isso é balela!
Simplesmente aumentar a punição não resolve o problema, iremos encher as cadeias e presídios e vamos continuar na mesma, vide a chamada "lei seca", a "Maria da Penha" a "do porte de armas" e outras. Os acidentes na estrada continuam acontecendo e aumentando, mulheres continuam sendo mortas por seus maridos e cada vez mais os crimes com armas de fogo tem crescido.
Lembremos que nossas prisões servem unicamente como depósitos humanos e que sua função ressocializadora é um sonho quase inalcançável, aumentemos as penas e vamos criar novas vagas nos presídios e novos problemas a serem resolvidos pela sociedade. Não, o caminho não é por aí.
A solução para o problema das drogas, da violência, do trânsito passa por maior educação de base, condições de acesso ao primeiro emprego, maior fiscalização, melhores salários para os policiais, obras de infraestrutura nas periferias, combate efetivo e incansável à corrupção, criação de condição para que os presos sejam reintegrados a sociedade, e no caso do dependente químico, facilitação das condições de internamento obrigatório, em instituições públicas, diga-se de passagem (ja que essas quase inexistem no País), etc.
Tudo isso teria que ser amplamente discutido nos meios de comunicação, através de campanhas incisivas e focadas nos jovens de baixa renda, com a discussão aberta e justa,  inclusive para a questão da legalização ou não das drogas. Assim, poderíamos começar, talvez, a vislumbrar uma luz no fim do túnel. Punir simplesmente só iria afetar a PPP, os mesmos de sempre: O pobre, o Preto e o da Periferia.


Para saber mais: AQUI  -  AQUI


segunda-feira, abril 12, 2010

RIO DE JANEIRO - O QUE FALARAM POR AÍ


Após mais uma tragédia que poderia ter sido evitada se nossos governantes fossem realmente nossos representantes e se a Cidadania tivesse sido conquistada pelo povo, vêm os discursos, desculpas e relatos de sobreviventes. Sem comentários, reflitam...
EDUARDO PAES – PREFEITO DO RIO - “Esse trabalho será feito para que haja efetivamente uma diminuição das tragédias que se abatem na cidade do Rio de Janeiro, cada vez mais, em períodos mais curtos (...) Com as quatro mil unidades do programa Minha Casa Minha Vida, com a construção dos bairros da Frei Caneca e da Triagem, a cidade terá condição de atender oito mil pessoas”
LULA – PRESIDENTE “The Man” - “ Nos anos passados houve muita irresponsabilidade em permitir que as pessoas construíssem casas em lugares inadequados, ou seja, em cima de lixões, na encosta de morros, na beira de córregos, ou seja, tudo que poderia ser evitado no começo as pessoas deixaram, certamente por conta da política, e quando acontece uma chuva dessas nós vemos a catástrofe que aconteceu no Rio de Janeiro.”
MARIA RIBEIRO – Vítima do morro do Urubu  – “Nos anos passados houve muita irresponsabilidade em permitir que as pessoas construíssem casas em lugares inadequados, ou seja, em cima de lixões, na encosta de morros, na beira de córregos, ou seja, tudo que poderia ser evitado no começo as pessoas deixaram, certamente por conta da política, e quando acontece uma chuva dessas nós vemos a catástrofe que aconteceu no Rio de Janeiro.”
ELIZA BRANDÃO – Presidente da Associação de moradores do Morro dos Prazeres (após o decreto do prefeito que autoriza a retirada à força de moradores de locais de risco) - “Nós não somos animais. Somos seres humanos e precisamos do carinho da prefeitura. Essa comunidade tem uma história e as famílias não querem sair daqui. A gente zela pelos nossos bens.”
TAYENNE WULLYANE – desabrigada do  morro dos prazeres - "Nos disseram que talvez dessem aluguel social ou uma casa para gente, mas meu medo é tirarem aqueles corpos de lá [do Morro dos Prazeres] e abandonarem a gente, esquecerem que a gente existe. Falar que vai fazer e acontecer é fácil, ainda mais em um ano de eleição".
JOSÉ SILVEIRA – PREFEITO DE NITERÓI - “A gente sabia que o lixão estava desativado há 30 anos. Quando eu assumi pela primeira vez, já havia um início de ocupação. A região é muito pobre e as informações que eu tinha eram de que aquele aterro era muito antigo e não representava nenhum risco. (...) As pessoas dizem assim: ‘deviam ter removido’, mas quem fala isso não conhece o real Brasil hoje. Eu, realmente, não tinha conhecimento que havia esse risco todo. Se eu soubesse, evidentemente, teria providenciado isso”.
BENTO XVI – PAPA – “Informado sobre as trágicas consequências das inundações que semearam luto e devastação em tantas famílias do Estado do Rio de Janeiro, o Sumo Pontífice deseja assegurar a toda comunidade local a sua solicitude, recomendando as vítimas à misericórdia de Deus e suplicando conforto e apoio para suas famílias, para os feridos e quantos perderam seus bens. Para todos os provados por este drama, sem esquecer das pessoas que participam na obra de socorro e assistência, Sua Santidade Bento XVI invoca reconfortantes graças divinas em penhor das quais lhes concede paterna benção apostólica".