Olá pessoal, essa era postagem era pra ontem, mas problemas no servidor adiaram um pouquinho...Vamos lá.
Ontem o Jornal Nacional mostrou alguns "especialistas" em segurança (sociológos, psicológos e educadores - nunca profissionais da área - afinal esses não devem entender de nada mesmo ou não teriam se metido nessa confusão...) e, claro surgiram algumas idéias sensacionais para acabar com a violência, tanto policial quanto marginal. Alguma delas:
- Três e dois anos de curso para formação do policial que vai trabalhar na rua - Não sei de onde me saiu essa, até onde sei, nenhuma polícia demora tanto para formar um policial. Não é o tempo de curso que levará um bom policial para as ruas e sim a qualidade de sua formação; em média os cursos duram 03 meses para policial civil, que realmente é muito pouco se consideramos que sua atuação será a de colher provas para subsidiar um inquérito e levar o criminoso à prisão, e de 09 meses para o policial militar, que considero um bom tempo. Ocorre que essa formação não segue um padrão em todo País e a qualidade e conhecimento dos intrutores é questionável, sendo escolhido muitas vezes entre os oficiais/delegados das corporações, sem que tenham sido devidamente avaliados para tal função. Falta também uma estrutura sólida para auxiliar a formação dos policiais, que geralmente são formados sem treinamento técnico adequado, por falta de cartuchos para efetuarem aulas de tiro, falta de viaturas específicas para instrução, falta de cenários simulados de situações e até falta de condições satisfatórias de alojamento. Vale lembrar que após formados eles não sofrem qualquer tipo de controle ou avaliação que permita dizer se estão desempenhando bem ou não a sua função.
- Viatura adaptada com blindagem, ar condicionado, supermotor, etc - Ei! a viatura é pra policiar e não para ser um tanque de guerra. Claro que existem necessidades especiais, nas quais é preciso um veículo diferenciado, mas assim é demais. Mais uma vez não sei onde esses "especialistas" tiram essas idéias já que nenhum país do mundo tem a totalidade de suas viaturas com essa configuração. Carros reforçados apenas para necessidades especiais...E olhe que o "caveirão" do Rio de Janeiro, que atende a essas exigências é uma das coisas mais criticadas pelos "especialistas". O que é preciso mesmo é aumentar o número de viaturas nas ruas e cuidar que elas sofram manutenção adequada e possam ter o suporte de alguns veículos de repressão mais equipados, lembro porém que muitas vezes o que falta mesmo é gasolina pras viaturas saírem do pátio dos quarteis.
- Mira holográfica contra bala perdida - Essa me fez dar gargalhadas até agora, duvido que a Polícia Federal tenha mais de uma dúzia dessas ou que elas sejam usadas em situações além de treinamento; mas a risada foi porque, e sabe bem quem já viveu a situação, quem está num tiroteio de verdade tem tempo pra tudo, menos pra mirar ou ajustar o dispositivo holográfico, ele quer mesmo é salvar a pele e ai, é bala pro lado que está atirando e pronto. Falei tiroteio de verdade pra não confundir com aqueles tiroteios em que só um lado atira....E outro só tem o trabalho de morrer.
- Visão noturna - Bem, uma idéia boa pra variar, os bandido já tem. E olhe que não precisava ser pra todas as viaturas, mas os grupos especiais deveriam tê-las sim.
- Rádio criptografado - Outra idéia sensata e que é perseguido pelas policias há tempos, evitaria que a frequencia de comunicação pudesse ser copiada e ouvidas pelos bandidos; hoje qualquer comércio de rua vende um aparelhinho do tamando de um rádinho de pilha que "entra" na freqüencia de celulares, rádio-amadores e, claro, os rádios da polícia. R$ 150,00 viu freguês?
- Banco de dados unificado - Esse dizem que existe, mas na prática não funcionou até hoje devido as vaidades das chamadas "autoridades" que não conseguem se entender sobre os critérios de acesso.
Como visto, o que falta de verdade é investimento dos governos estaduais e do governo federal, sem soluções mirabolantes ou traquitanas que servem apenas para o marketing. É preciso criar metas de redução da criminalidade e padronizar comportamentos entre as diversas corporações policiais do País, criar uma fiscalização efetiva e mecanismos de controle adequados para evitar abusos e punir aqueles que usam a condição policial para cometerm crimes, é preciso valorizar a figura do policialspan text e punir severamente qualquer atentado contra eles e mudar as leis, tornando mais rápida a punição de criminosos. Mas isso só acontecerá quando o povo se conscientizar que viver intranqüilo por causa da criminalidade e da violência não é uma coisa "normal"
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