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quarta-feira, fevereiro 28, 2007
Lugares fantásticos: França.
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Educação: mudanças necessárias
Muito se fala na questão da educação,ou melhor da falta dela, como uma das principais molas da violência que asola nossas cidades há bom tempo; e não apenas as grandes cidades, mas cidades pequenos no interior do País que vem registrando aumentos significativos dos seus índices de violência.
As causas é claro, são muitas, a educação sendo apenas uma delas, talvez a mais gritante e urgente; temos escolas com péssima estrutura funcional, com professores desqualificados e diretores nomeados não por competência, mas por apadrinhamento político, junte-se a isso a falta de perspectiva que a educação dá ao jovem de hoje e está feito o bolo.
Causou surpressa uma pesquisa divulgada pelo INEP de que 40% dos jovens que abandonam a escola, simplesmente o fizeram porque assim quiseram e não em razão da dificuldade de frequentá-la ou porque tiveram de trabalhar. Eles simplesmente não vêm atrativos suficientes na escola para lá permancerem. Tenho certeza que esse dado não pegou de surpressa nenhum professor que labuta diariamente na escolas públicas do nosso Brasil.
Mais do que educar, a escola precisa ser um centro de formação de vida, valores e caráter, que devem ser desenvolvidos em conjunto com as famílias. É preciso que o jovem cresça com noções éticas do que é certo e errado, é preciso que ele aprenda a valorizar o seu próximo, a sua nação e o seu estudo, com disciplina e a consciência de que ele deve responder pelas consequências advindas de seus atos. É preciso que a escola receba investimentos maciços em qualificação de professores, em estrutura, em reforma pedagógica, na ampliação do tempo de permanencia dos alunos (quando eu estudava costumava passar de 06 a 07 horas por dia na escola, hoje dificilmente meus filhos passam mais que 04 horas diárias. Um absurdo!).
Enquanto o jovem achar, ainda que ilusoriamente, que o estudo não lhe trará um futuro digno e pensar que mesmo sem estudos se pode alcançar poder e não, não me refiro ao nosso presidente, que pode até não ter estudo formal, mas possui conhecimento adquirido através de outros meios ainda assim, embora acredite piamente que deveria haver uma maior exigencia educacional dos senhores "representantes do povo". Enquanto o jovem observar ao seu redor a impunidade, a conquista pela força ou imposição do medo sem consequencias, enquanto ele tiver a ilusão de que uma droga barata lhe levará ao paraíso ou de que a fama pode vir num sorteio de um programa de TV. Enquanto valores como honra, dignidade, responsabilidade e respeito não estiverem enculcados na mente da juventude, continuaremos vendo, mais e mais, adolescentes fora da escola e violência em nossas casas.
É preciso resgatar a noção de que estudar é um privilégio, um motivo de orgulho e de celebração a cada etapa conquistada, a cada meta alcançada. A escola não pode se limitar a ser simplesmente uma repetidora de matérias, ela deve ser realmente um centro de formação intelectual, de transformação e integração social, de formação de caráter e acima de tudo um lugar o aluno possa se sentir confortável para expressar suas idéias e contribuir com a construção de uma vida melhor.
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Kikosofia - 01 ano
É. chegamos a um ano! Parece, mesmo, que foi ontem quando resolvi começar a escrever umas loucuras, meio que pra matar o tempo, meio que pra falar de mim e das coisas que passam pelo pensamento, meio que pra me consolar com a partida abrupta de minha avó pra outra vida. É, o Kikosofia nasceu assim, sem uma formatação concluída e acho, na verdade que ele ainda não tem essa formatação, esse direcionamento. Kikosofia porque, afinal, sou eu que estou dizendo o que penso, tentando dividir com os outros o que eu sou.
Ainda estou distante de ser um escritor, sonho que já acalentei um dia, mas que as "responsabilidades" foram empurrando pra diante; ainda não tive coragem de começar a escrever de verdade. Vou jogando pensamentos na tela do meu computador e esperando que um dia o tal escritor de meu sonho infantil resolva renascer e coloque pra fora as histórias que guarda em sua mente, os poemas que habitam o seu coração, enquanto esse dia não chega, vamos comemorando um ano de persistência e de postagens que, se não foram diárias, ao menos foram regulares.
Falamos um pouco de tudo ao longo desse ano: violência, educação, política, poesia, quadrinhos, livros, desenhos, artes, etc. Uma verdadeira Babel virtual, onde misturam-se as temáticas e as opiniões. Trouxemos alguns scans de quadrinhos, brincamos de traduzir alguns e fizemos amigos, ainda poucos mas fiéis, que deram seus "pitacos" no blog e nos ajudam a encontrar a direção nessa balbúrdia chamada internet.
Creio que fizemos um bom trabalho e vejo que o trafego de pessoas me parece muito bom pra um blog onde não há vídeos engraçados ou mulheres peladas e onde eu falo de um monte de coisa chata, como a necessidade de nos conscientizarmos do nosso papel de cidadão, se queremos mesmo um lugar melhor para viver.
A todos o meu muito obrigado.
Espero que você continuem vindo aqui.
J.C. diz ter achado a tumba de J.C
Cameron produziu um documentário sobre a descoberta em 1980, durante a construção de um edifício na periferia da Cidade Santa, de um ossuário (de 2000 anos de idade) contendo algumas caixas sepultadas à maneira judaica, com os nomes gravados de: Barra Yossef de Yeshua (Jesus - filho de José), Maria (Miriam), Matia (equivalente ao hebreu Mateus), Yose (que segundo o evangelho de Marcos, seria um dos irmãos de Jesus), Barra Yeshua de Yehuda (Judá - filho de Jesus) e, em grego, Mariamne e mara (significando, conhecida como o Mestre), que de acordo com o Professor Francois Bovon da universidade de Havard, que é entrevistado para o documentário, seria o nome real de Maria Madalena.
Resquícios de DNA dos corpos de Yeshua e Mariamne foram avaliados pela universidade de Lakehead e mostraram que ambos não são parentes, o que pode significar que foram marido e mulher.
O globe and mail diz que nada no filme desafia o dogma cristão tradicional da ressureição de Jesus, mas que pode ser um problema para a crença na qual Jesus teria ascendido ao céu de corpo e espírito após 40 dias e que se o DNA de Jesus e Yose forem ligados ao de Maria, isso poderia modificar inteiramente a doutrina da concepção virginal, uma das pedras do cristinanismo.
"The lost tomb of Jesus", deve estrear no próximo mês no Discovery Channel (EUA), juntamente com um livro sobre o assunto; é dirigido pelo ganhador do emmy, Simcha Jacobovic e tem como produtor executivo James Cameron.
Isso me lembra o filme com o Antonio Banderas. O Corpo - em que, da mesma forma, um esqueleto é encontrado com características de ter sido crucificado e cujo nome é Jesus - Aliás, pra quem não sabe, um nome extremamente comum naquela época, assim como o José o é na nossa. A pergunta: A igreja sobreviveria ao fato de Cristo não ter ressuscitado ou de ter se livrado da cruz e casado? - a resposta - Claro que sim, a mensagem de Jesus, independentemente dele ter sido ou não o ressuscitado, são muito maiores do que essas histórias que pipocam vez ou outra na mídia; afinal não é a primeira vez que tentam polemizar o assunto da figura humana de Jesus ou criar um suposto romance entre ele e Maria Madalena.
sábado, fevereiro 24, 2007
O circo da vida
As pessoas parecem perder a noção do perigo diante de uma crise, basta olhar a imagens de qualquer tragédia, há sempre um grande número de pessoas que correm para ver mais de perto, seja um desabamento ou uma troca de tiros; as pessoas sempre estarão formando um perímetro ao redor, para ver melhor, fazer parte do ocorrido e contar vantagens depois, dizer que estava no local na hora do crime e que viu balas passarem zunindo à sua volta. Não interessa que a presença das pessoas aumente o risco de uma tragédia maior, elas querem sempre ver o desfecho, esperando, como diria o Valentin de Rachel de Queiroz (in Memorial de Maria Moura), que a corda arrebente e o trapezista caia ao chão, ou que a porrada na pedra sobre o peito do hércules seja a derradeira, eles torcem para que isso ocorra, pois há sempre essa possibilidade, e é por isso que voltam ao circo. Sempre.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Hq para download - Le Scorpion - o demônio do Vaticano
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Carro exportado é mais seguro que o vendido no Brasil
Leãozinho e o IR
sábado, fevereiro 17, 2007
Hq para download - Le Scorpion, A cruz de Pedro
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
- Como sabem, acabo de voltar de férias e pretendia estar com algumas coisas mais atualizadas no blog, como as edições de Le Scorpion, infelizmente meu computador deu pau logo no dia de minha volta e precisei trocar a placa mãe do pobre coitado (espero que ele não entre em crise de identidade por causa disso), dessa forma haverá um pequeno atraso na entrega das edições, não muito longo, mas que impedirá a finalização até o fim do mês - Afinal é Carnaval - ficando então o prazo esticado para o meiado de março, espero que pelo menos possa entregar as edições 03 e 04 logo após a 4ª feira de cinzas.
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Diminuir a maioridade penal é solução...?
Não. A simples diminuição da maioridade penal para 16 anos não seria a solução do problema, essa passa por investimentos maciços e de longo prazo em melhoria de qualidade de vida e educação, medidas que, no entanto, apresentariam resultados concretos apenas depois de algumas décadas.
A diminuição da maioridade penal persegue outro objetivo: Justiça. Simples assim. Ela determina apenas que jovens sejam legalmente responsáveis por seus atos e respondam por eles de uma forma justa, não é mais possível nos esquivar da realidade com base numa falsa assertiva de que menores de 18 anos não são plenamente capazes de entender seus atos, eles entendem sim e seguem tal caminho de violência de forma voluntária. E isso é uma verdade.
Negar que o jovem de 16 anos possui capacidade mental suficiente para entender as conseqüências de seus atos é o mesmo que negar a evolução da humanidade, a quantidade e o acesso à informação dos jovens de hoje é muito superior as do adulto de 10 anos atrás; alguns, claro, vão argumentar que informação não significa necessariamente maturidade, concordo, mas isso não justifica que alguns, ainda que sejam uma minoria, se prevaleçam da legislação protecionista para cometerem seus crimes e saírem depois de poucos anos como se nada tivesse ocorrido e, vale lembrar, sem que nenhum registro permaneça em seus antecedentes. Proteção à infância sim, impunidade NUNCA!
Creio que a solução seria adotar uma maioridade relativa aos maiores de 16 anos, se eles se envolvessem em crimes violentos, seriam julgados primeiro para determinar sua capacidade de entender o que fizeram e só depois seriam julgados por seus crimes e os registros deveriam ficar guardados para o caso de cometerem novos crimes após o tempo de internamento ou prisão e não serem descartados, como se nunca houvessem existido.
O que não podemos é deixar de lado, mais uma vez, a discussão sobre essa e outras questões relativas à segurança pública no país, desculpe Exmª Drª Ellen Gracie, mas esse é o momento certo para discutir a questão e fazer as mudanças, não dá mais pra adiar como fizemos após os ataques em São Paulo, como fizemos após os ônibus queimados com pessoas em seu interior no Rio, sob a alegação de que “não podemos nos deixar levar pela emoção...” e enquanto isso pessoas morrem nas ruas.
Claro que o emocional tem que fazer parte da equação é assim em todas as decisões que tomamos senhora juíza, isso se chama vida e é o que não vem sido levado em consideração quando deixamos de tomar uma medida pela justiça em nome de uma pseudo proteção para a juventude, ou melhor, para uma pequena parcela da juventude que prefere agir contra a lei por saber estar protegido. É só observar a quantidade de menores envolvidos antes da promulgação do ECA (até o nome é uma porcaria) e logo depois dele e como esse número vem aumentando a cada dia.
Não. A diminuição da maioridade penal não é a solução, mas é um passo dado na direção dela, um passo que precisa ser seguido por outros; educação de qualidade, valorização dos professores, melhoria da qualidade de vida, ampliação da discussão do combate e prevenção contra as drogas, profissionalização dos serviços de polícia, capacitação desses profissionais, investimentos em presídios mais rígidos (o que não quer dizer desumanos), reforma do código penal e da lei de execuções penais, aplicação de penas mais pesadas para crimes contra funcionários públicos, criação de juizados distritais, integração dos serviços policiais, etc. Como se vê, a discussão é complexa e não pode esperar que os ânimos se acalmem ou apenas perderemos outra oportunidade de fazer alguma mais que discursos vazios.
Hq para download: Le Scorpion, o segredo do Papa
Se você perdeu o número 01 - clique na figura acima para baixar "Le Scorpion - A marca do diabo".
A dificuldade de mudar...
Algumas pessoas são assim também em suas vidas acomodam-se a uma situação que deveria ser transitória, a um sentimento que, assim como o prego deveria ser passageiro, acostumaram-se a ele e se tornaram incapazes de remover aquele obstáculo de suas vidas. Afinal, apesar dele ainda se vive, e por isso acabam esquecendo que a simples remoção daquele prego e o conserto do que se quebrou irá possibilitar mais que viver, mas viver melhor; esquecem que a verdadeira função do prego não é aquela e que ele está ali apenas como remendo e que deve ser descartado o mais rápido possível para que possamos continuar a crescer.
Às vezes não é tão difícil remover o obstáculo à nossa frente, muitas vezes nos apegamos a este obstáculo e ficamos com medo de seguir em frente, achamos que a mudança pode nos ferir mais do que a providência e não nos demos conta da linda estrada que se descortina à nossa frente.
A descartabilidade que nos aprisiona
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Onde fica a indignação? II
Será mesmo? Não vi pessoas invadindo o palácio do governo para protestar contra a violência nas ruas, não vi protestos ou mesmo rostos indignados...Vi indignação e protesto do pessoal que perdeu o avião por causa das chuvas fecharam o aeroporto. Isso eu vi!
E onde fica a indignação da gente? Onde ficam as promessas do senhores e senhoras da política? Onde fica a coragem de verdadeiramente mudar as leis tornando-as mais duras?
Acreditem. Enquanto não tivermos a diminuição da maioridade penal, a suspensão do regime semi-aberto para crimes violentos, o aumento do tempo para conquista desse benefício para crimes não violentos, cadeias mais humanas (mas disciplinarmente rígidas), cominações de penas maiores para crimes contra funcionários públicos, políticas sérias de combate à violência, políticas sociais de inclusão, enquanto não repensarmos a prevenção ao uso de drogas, a reestruturação e valorização da família, enquanto não conseguirmos dar aos jovens exemplos morais (isso mesmo que você está lendo) sólidos, sonhos a serem sonhados e vidas a serem vividas... Sinto dizer mais a violência continuará vencendo essa guerra, ou você ainda acha que a guerra do Iraque é pior do que a que ocorre aqui.
Faça a sua parte, escreva pro seu representante político, cobre dele uma postura, se indigne, levante da cadeira e saia às ruas, mas faça algo, POR FAVOR!