O Distrito Federal
resolveu proibir a venda de armas de brinquedo em seu território e
um Projeto de Lei já tramita no Congresso, onde os “representantes”
do povo irão decidir se ampliam tal proibição para o restante do
País, alegam que com isso, visam reduzir a violência e instalar a
“cultura da paz”. IDIOTICE! Assim mesmo, em maiúsculas.
Não são brincadeiras
de crianças que fomentam a violência e fazem crescer
assustadoramente os índices de criminalidade. Os confrontos
simulados pelas crianças em seus “jogos de guerra”, de “mocinho
e bandido” ou “capa e espada” fazem parte do próprio
desenvolvimento infantil e existem em todas as culturas e existiram
em todas as épocas, não são elas que estimulam a violência na
criança e nem criam futuros marginais, acredito mesmo (mas não vou
entrar em detalhes sobre isso aqui), que crianças que brincam assim
e são criadas em ambientes saudáveis, estejam mais preparadas para
os confrontos diários, para a resolução de conflitos e uso da
criatividade; e que sabem diferenciar muito bem a fantasia da dura
realidade.
Devo lembrar que uma
boa parte (a maioria possivelmente), dos homicídios ocorre com
utilização das chamadas armas brancas (facas, facões, chaves de
fenda, garrafas, etc.), vamos então ter que abolir as espadas de
plástico? Melhor! Vamos abolir os quadrinhos, os videogames, os
desenhos animados da TV, melhor ainda! Vamos abolir a própria TV,
onde a violência real aparece diariamente espalhada em programas
jornalísticos sensacionalistas (que infelizmente são extremamente
populares nas camadas mais básicas da população), ou em novelas
que mitificam vilões e suas artimanhas maldosas. Vamos proibir os
filmes nacionais que colocam perigosos bandidos no papel de mocinhos
ou endeusam violentos policiais como heróis.
Vamos ainda mais além
e proibamos o próprio Congresso Nacional, palco de tantos achaques à
população, conhecido mais por roubos, artimanhas e negociatas
corruptas do que por representar de fato os interesses nacionais.
Onde condenados criminalmente pela Justiça (?) podem continuar
exercendo mandato, onde condenados por corrupção tem acesso a
recursos infinitos enquanto tantos presos se amontoam na prisão à
espera que algum juiz dê andamento a seus casos. Um Congresso em que
os benefícios públicos (saúde, moradia, transporte, verba paletó,
15º salário, etc.) são tantos que envergonham e humilham os que
pagam impostos e tem acesso zero a esses mesmo direitos.
Não é proibindo a
fabricação de armas de brinquedo, que as crianças deixarão de
brincar com elas; como eu disse, as crianças são criativas e logo,
paus, pedras, canos, lançadores de tampinhas de cerveja feitos em
casa, substituirão as multicoloridas e inconfundíveis armas de
lançamento de dardo e pistolas de água. O que pode acabar de vez
com a crescente violência assola o Brasil é o combate frontal à
corrupção, é a aplicação séria e justificada de recursos
públicos onde eles são necessários e não onde se possui curral
eleitoral, é punição dura e rápida de crimes de corrupção, é a
diminuição de privilégios políticos, é o estímulo e o
investimento em educação de qualidade. Proibir armas de brinquedo é
IDIOTICE, mais do que isso, é querer desviar a atenção da
população dos verdadeiros motivos da violência.
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