Uma edição limitada da série “amarela” de sapatos da Adidas está causando um monte de controvérsias e acaloradas discussões sobre as linhas que dividem arte, racismo e comércio nos EUA.
Os tênis que trazem na sola a estampa de um personagem de olhos puxados, nariz aporcalhado e dentes proeminentes (lembrando a forma caricata como muitas vezes os orientais são retratados), têm a assinatura do artista Barry McGee, filho de mãe chinesa, que vive
O sapato foi colocado à venda em 1º de abril em dezenas de loja
Diversos blogs e organizações Ásio-americanas vêm considerando o sapato um perigo que evoca antigos preconceitos raciais. A organização dos Chino-americanos disse através de seu diretor de comunicações Anh Phan que “não pensaram que isso se tornaria tão importante, mas nossos membros pensam de outro modo... levando em conta todas as menções ao amarelo, isso é um transtorno. Nós queremos que as pessoas sejam cuidadosas ao tentar promover seus produtos”.
Frank H. Wu, diretor da “Wayne State University Law School” e autor do livro "Yellow: Race in America Beyond Black and White”, diz que “O problema com isso não é que sejam feitos por fanáticos, por que não são. Também não é por serem ofensivos as pessoas, pois de muitas maneiras, isso é o que a arte significa. O problema é que tais imagens mesmo toscas e clichês, são poderosas, até mesmo indeléveis. Elas escrevem o script sobre o que esperar dos outros e nós o seguimos. Você não pode ler isso dentro de um sapato, mas isso é parte de um padrão.”
A Adidas informou que: “É uma desafortunada coincidência que a inclusão da série Yellow tenha sido mal interpretada como ofensiva, essa não é a intenção da Adidas nem de McGee, ofender qualquer individuo ou grupo, nós nos orgulhamos de ser uma organização multicultural”.
Fontes: BBC e The Washington Post
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