Lá vou eu dar pitaco no que é dos outros...
A revista Veja publicou na semana passada os resultados de uma pesquisa da educadora Tania Zaguary para seu novo livro (ela também escreveu Educar sem Culpa, O Adolescente por Ele Mesmo, Limites sem Trauma e Os Direitos dos Pais): O Professor refém(Editora Record, 301 páginas, 39,90 reais). No qual alguns dados são bastante conhecidos e discutidos à boca miúda nas reuniões de planejamento escolar, são finalmente contabilizados de maneira técnica. A pesquisa durou três anos e procurou ouvir mais de 1100 professores com objetivo de radiografar as dificuldades enfrentadas por eles na dura tarefa de ensinar.
O resultado diz o que é visível (risível se você preferir...): A formação dos profissionais de educação é deficiente; a remuneração é insuficiente; a grande maioria deles é contra o instituto da progressão continuada (95%); eles não conseguem se manter atualizados; não há recursos para prover as escolas de ferramentas didáticas eficientes e os alunos não conseguem ser disciplinados e nem manter o interesse nas aulas (fruto talvez da falta de atenção dos pais em casa e da competição de meios mais atraentes de transmitir informações).
"Os professores são hoje reféns de uma realidade que lhes é amplamente desfavorável. Espera-se deles muito mais do que é possível realizar nas atuais condições das escolas, algo que, aliás, não foi levado em conta em nenhuma mudança na política educacional feita nos últimos trinta anos no Brasil."
A manutenção da disciplina em sala é apontada como uma das principais(22%) dificuldades no exercício da profissão - Os pais (em casa) têm medo de impor limites, porque podem traumatizar os filhos. E isso traz conseqüências graves para a família, a escola e a sociedade. "Ninguém pode viver fazendo só o que quer e o que gosta. Esquecer disso é voltar à barbárie" diz Tania. Boa parte da verdade é que os pais de hoje parecem ter perdido a capacidade e a vontade de impor disciplina aos filhos, talvez por serem cada vez mais jovens ou por poderem parecer (e querer ser) mais jovens, acabam deixando de lado a disciplina para não serem "caretas" e excedem a liberdade que dão aos filhos. Sempre é bom lembrar a afirmação acima; limites, afinal, fazem parte da nossa formação enquanto pessoas, família e povo.
A falta de motivação dos alunos é apontada logo a seguir (21%) - Os meios de informação ficaram mais velozes e mais acessíveis, a internet e a televisão estão cada vez mais presentes na vida dos jovens, isso sem contar os inúmeros acessórios que surgem a cada dia (i-pods, celulares, mp3 players, etc), concorrem com isso tudo através de um pedaço de giz e um quadro negro é impossível. Claro que motivação não depende de meios tecnológicos, mas a sua presença estimularia muito o interesse de alunos num país que possue apenas 25% de alfabetizados funcionais e cujos dados do Sistema Nacional de Avalização da educação Básica apontam que mais de 26% dos alunos conclui a oitava série com um rendimento criticamente baixo em português e 57% em matemática.
A seguir vêm a dificuldade em avaliar os alunos (19%), a dificuldade do professor em manter-se atualizado (16%) - claro professor no Brasil é escravo do trabalho, tem dar duro em mais de uma escola, etc. vai arranjar tempo pra se manter atualizado como? - e escolher a metodologia de ensino (10%).
Isso tudo só vem demonstrar uma coisa: AINDA FAZEMOS MUITO POUCO PELA EDUCAÇÃO NO PAÍS, e quando digo FAZEMOS, quero realmente falar de todos nós, afinal os rerpresentantes que escolhemos e que deveriam espelhar a nossa vontade coletiva, pouco estão ligando para nós e fazem suas escolhas baseadas em índices de populariade política resultante do lobby de alguns ou para obter índices em programa internacionais (como foi o caso dessa m&#$@ de progressão continuada) - BEM, SE ELES PODEM FAZER LOBBY NÓS TAMBÉM PODEMOS - vamos as ruas por educação e melhorias sociais - Vamos expor e impor a vontade popular aos senhores congressistas dançarinos e mensaleiros. OU AO MENOS FAÇAMOS MELHORES ESCOLHAS NAS URNAS.
A situação da Educação no País é grave e isso vem prejudicando a toda nação, muito mais do que a inflação já prejudicou...
Lembrei que ontem eu conversava com uma amiga professora desesperada: Ela agora vai ter que ensinar inglês na escola estadual onde trabalha porque não há professor da matéria e não sabe nada do idioma. "eu fingirei que ensino e eles que aprendem" foi o que ela me disse e ai lembrei que conheço outra amiga formada em História, mas que ensina matemática, outro formado em Matemática mas que ensina geografia e português...
A revista Veja publicou na semana passada os resultados de uma pesquisa da educadora Tania Zaguary para seu novo livro (ela também escreveu Educar sem Culpa, O Adolescente por Ele Mesmo, Limites sem Trauma e Os Direitos dos Pais): O Professor refém(Editora Record, 301 páginas, 39,90 reais). No qual alguns dados são bastante conhecidos e discutidos à boca miúda nas reuniões de planejamento escolar, são finalmente contabilizados de maneira técnica. A pesquisa durou três anos e procurou ouvir mais de 1100 professores com objetivo de radiografar as dificuldades enfrentadas por eles na dura tarefa de ensinar.
O resultado diz o que é visível (risível se você preferir...): A formação dos profissionais de educação é deficiente; a remuneração é insuficiente; a grande maioria deles é contra o instituto da progressão continuada (95%); eles não conseguem se manter atualizados; não há recursos para prover as escolas de ferramentas didáticas eficientes e os alunos não conseguem ser disciplinados e nem manter o interesse nas aulas (fruto talvez da falta de atenção dos pais em casa e da competição de meios mais atraentes de transmitir informações).
"Os professores são hoje reféns de uma realidade que lhes é amplamente desfavorável. Espera-se deles muito mais do que é possível realizar nas atuais condições das escolas, algo que, aliás, não foi levado em conta em nenhuma mudança na política educacional feita nos últimos trinta anos no Brasil."
A manutenção da disciplina em sala é apontada como uma das principais(22%) dificuldades no exercício da profissão - Os pais (em casa) têm medo de impor limites, porque podem traumatizar os filhos. E isso traz conseqüências graves para a família, a escola e a sociedade. "Ninguém pode viver fazendo só o que quer e o que gosta. Esquecer disso é voltar à barbárie" diz Tania. Boa parte da verdade é que os pais de hoje parecem ter perdido a capacidade e a vontade de impor disciplina aos filhos, talvez por serem cada vez mais jovens ou por poderem parecer (e querer ser) mais jovens, acabam deixando de lado a disciplina para não serem "caretas" e excedem a liberdade que dão aos filhos. Sempre é bom lembrar a afirmação acima; limites, afinal, fazem parte da nossa formação enquanto pessoas, família e povo.
A falta de motivação dos alunos é apontada logo a seguir (21%) - Os meios de informação ficaram mais velozes e mais acessíveis, a internet e a televisão estão cada vez mais presentes na vida dos jovens, isso sem contar os inúmeros acessórios que surgem a cada dia (i-pods, celulares, mp3 players, etc), concorrem com isso tudo através de um pedaço de giz e um quadro negro é impossível. Claro que motivação não depende de meios tecnológicos, mas a sua presença estimularia muito o interesse de alunos num país que possue apenas 25% de alfabetizados funcionais e cujos dados do Sistema Nacional de Avalização da educação Básica apontam que mais de 26% dos alunos conclui a oitava série com um rendimento criticamente baixo em português e 57% em matemática.
A seguir vêm a dificuldade em avaliar os alunos (19%), a dificuldade do professor em manter-se atualizado (16%) - claro professor no Brasil é escravo do trabalho, tem dar duro em mais de uma escola, etc. vai arranjar tempo pra se manter atualizado como? - e escolher a metodologia de ensino (10%).
Isso tudo só vem demonstrar uma coisa: AINDA FAZEMOS MUITO POUCO PELA EDUCAÇÃO NO PAÍS, e quando digo FAZEMOS, quero realmente falar de todos nós, afinal os rerpresentantes que escolhemos e que deveriam espelhar a nossa vontade coletiva, pouco estão ligando para nós e fazem suas escolhas baseadas em índices de populariade política resultante do lobby de alguns ou para obter índices em programa internacionais (como foi o caso dessa m&#$@ de progressão continuada) - BEM, SE ELES PODEM FAZER LOBBY NÓS TAMBÉM PODEMOS - vamos as ruas por educação e melhorias sociais - Vamos expor e impor a vontade popular aos senhores congressistas dançarinos e mensaleiros. OU AO MENOS FAÇAMOS MELHORES ESCOLHAS NAS URNAS.
A situação da Educação no País é grave e isso vem prejudicando a toda nação, muito mais do que a inflação já prejudicou...
Lembrei que ontem eu conversava com uma amiga professora desesperada: Ela agora vai ter que ensinar inglês na escola estadual onde trabalha porque não há professor da matéria e não sabe nada do idioma. "eu fingirei que ensino e eles que aprendem" foi o que ela me disse e ai lembrei que conheço outra amiga formada em História, mas que ensina matemática, outro formado em Matemática mas que ensina geografia e português...
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