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quarta-feira, outubro 30, 2013

REPÚDIO À DECLARAÇÃO DO SR. CLAUDIO DE MOURA CASTRO

Carta Aberta ao Senado Federal
EM REPÚDIO À DECLARAÇÃO DO SR. CLAUDIO DE MOURA CASTRO
Brasil, 26 de outubro de 2013.

Nós, ativistas do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, de diversas entidades e profissionais do setor viemos repudiar veementemente o pronunciamento machista e preconceituoso do Sr. Claudio de Moura Castro, economista, colunista de uma revista, professor especialista em educação e presidente do Conselho Consultivo da Faculdade Pitágoras, em audiência pública, realizada no dia 22 de outubro de 2013, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, em Brasília/DF.
A audiência pública supracitada tinha como pauta principal o novo projeto do Plano Nacional Educação (PNE). Nesta ocasião, o Sr. Claudio defendeu e sugeriu que o PNE assegurasse “a criação de um bônus para as ‘caboclinhas’ de Pernambuco e do Ceará que conseguirem se casar com engenheiros estrangeiros, porque aí eles ficam e aumenta o capital humano no Brasil; aumenta a nossa oferta de engenheiros”.


o vídeo com a fala polêmica

Ao ouvirmos e lermos esta declaração, cujas palavras parecem ser articuladas sob o fio do preconceito e do desrespeito aos direitos humanos, ficamos estarrecidos e indignados com tamanho preconceito e desvalorização do Estado público e democrático de direito, tão tardiamente assegurado por marcos políticos e legais no Brasil.

A Constituição Federal de 1988 afirma, no Art. 5º, que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Mais especificamente, os incisos I e IV afirmam: 

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. 

As marcas da desigualdade no Brasil são oriundas de um processo de colonização que dizimaram indígenas, escravizou e comercializaram negros, dividiu o País em regiões ricas e pobres, atrasadas e modernas e, sobretudo, construiu uma prática histórica – que viceja até hoje – de clientelismos, colonialismos e extermínios dos indígenas, negros, nordestinos e pobres. Assim, as conquistas de referenciais democráticos convivem, anacronicamente, com discursos e projetos conservadores, preconceituosos e, por isso, autoritários.

Somos homens e mulheres negros, indígenas e caboclos. Compartilhamos do sangue e do suor dos povos que resistiram e resistem bravamente à escravidão, à miséria e ao preconceito. Além disso, somos seres sociais, sujeitos históricos, homens e mulheres com desejos, sonhos e capacidade de construir a história, quer vivamos nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste do País. SOMOS SUJEITOS DE DIREITOS!

A construção sócio-histórica de cidadania, consolidada neste País, é traduzida por vários documentos. Dentre eles, estão as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, a qual afirma a educação em direitos humanos como “um dos eixos fundamentais do direito à educação, que se refere ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos direitos humanos e em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas” (art. 2º da resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, do MEC).

Enquanto defensores dos direitos humanos, a nossa luta é, portanto, pelo amplo reconhecimento da condição de sujeito e de igualdade a todos, recusando qualquer forma de preconceito e discriminação, inclusive as diversas falas públicas que se utilizam de argumentos preconceituosos, coisificam e violam a integridade humana de homens e mulheres – sendo estas últimas historicamente vítimas de violências e preconceitos no mundo e no Brasil.

Por isso, solicitamos ao Senado Federal, instituição de extrema relevância para o cumprimento dos direitos e deveres assegurados pelo estado democrático de direito, que leia, no plenário, esta carta de repúdio.

A educação, enquanto ato histórico e humano, tem de ser construída sob valores e princípios democráticos, de justiça e criticidade. Qualquer posicionamento que viole a dignidade humana, a igualdade de direitos, o reconhecimento e a valorização das diferenças e das diversidades não pode ser incorporado às práticas educativas e cidadãs.
Na luta por um mundo mais justo e igualitário,

Atenciosamente,


Baixe o pdf com a carta


sexta-feira, outubro 25, 2013

Quadrinhos raros roubados em São Paulo

(Kiko Moreira)

Três homens armados levaram cerca de 7 mil revistas de histórias em quadrinhos que faziam parte da coleção do maior colecionador de quadrinhos do Brasil, o fato inusitado pode parecer estranho, roubar quadrinho? O fato é que foram levados exemplares raros do anos 1930 e 1940 das revistas "O Lobinho" e "O Gibi" cujo valor poderia alcançar cerca de R$ 300 mil (caso houvesse um mercado especializado no país). A coleção pertence a  Antonio José da Silva, o Tom Zé, de 63 anos, que tem mais de 200 mil revistas. Ele coleciona gibis há mais de 40 anos, e seu acervo tem sido uma valiosa fonte de informação para historiadores, pesquisadores e jornalistas. O colecionador mantém o acervo com seus próprios recursos. 



O roubo aconteceu por volta de 14h15, quando os homens tocaram a campainha e após renderem o colecionador e os dois funcionários que trabalham no sobrado, mandaram que eles ficassem de costas e que não olhassem para seus rostos. Em seguida, começaram a colheita, escolhendo as revistas criteriosamente (todas estavam plastificadas) e jogando-as em sacos de lixo, que carregaram para fora, até uma Kombi estacionada.

"Foram direto nos mais valiosos. Quem roubou certamente já esteve no meu acervo. Não tem para quem vender, deve ter sido encomendado por um colecionador", disse Tom Zé, que não tinha seguro do material. " O que mais me chateia é que levaram a nata dos meus quadrinhos". O fato parece reforçar a hipótese de crime encomendado por algum colecionador, já que não existe um comércio organizado de gibis raros no país, como o existente nos Estados Unidos, onde alguns gibis raros chegam a alcançar a marca dos milhões de dólares.


 
"Aqui tinha a história em quadrinhos do Brasil. Aqui tinha tudo", lamenta o colecionador, que tenta ajudar a polícia a localizar o paradeiro de seu precioso acervo. O caso está sendo investigado pelo 27.º DP (Campo Belo), mas a polícia ainda não tem pistas dos criminosos.

(Com informações de O Estadão)

Depilação Masculina: coisa de mulher


Uúúiiiii! 





Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha mulher deitou do meu lado e ficou brincando com minhas "partes". Após alguns minutos ela veio com a "brilhante" idéia: Por que não depilamos seus ovinhos, assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiquei imaginando o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu, imaginando as "outras coisas", não tive mais como negar. Concordei.
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações que só despertei quando ouvi o beep do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cêra, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como residente.
Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e liberasse o acesso à zona do agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e começou a passar cêra morna. Achei aquela sensação maravilhosa!!
O Sr. Pinto já estava todo "pimpão" como quem diz: "sou o próximo da fila"!! Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as "outras coisas" que viriam.
Após estarem completamente besuntados de cêra, ela embrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer:

Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo? Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE ME PARIUUUUUUU quase falado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado. Ela disse que ainda restavam alguns pelinhos, e que precisava passar de novo. Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!


Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito com as duas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molhei o saco antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo.
Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós-barba com camomila "que acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos. Foi como se estivesse passado molho de pimenta. Sentei no bidê na posição de "lava xereca" e deixei o chuveirinho acalmar os Drs, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10° round. Olhei para meu pinto. Ele, coitado, tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia irmão gêmeo de meu umbigo.
Nesse momento minha mulher bate à porta do banheiro e pergunta se estava passando bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual uma gralha .
Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava argumentado que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. "Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus ovos vão ficar que nem os das codornas ", respondi.
Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar a meio metro de distância e sem tocar em nada e se ficar rindo vai entrar na PORRADA!!
Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele momento sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros.
Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo.
Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas devem ser feitas somente pelas mulheres.
Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.
Ainda dói!




quinta-feira, outubro 24, 2013

Turma da Mônica contra a bebida infanto-juvenil

Uma campanha realizada em parceria entre a Ambev e a Maurício de Souza Produções promete levar a discussão sobre o uso (e abuso) de bebidas alcoólicas para a sala de casa, intitulada Papo em Família, a campanha irá utilizar diversas ferramentas (vídeos, cartilhas, etc.), para tentar a conscientização de que bebida é coisa de adulto, que seu uso deve ser moderado, que não é permitido beber em determinadas ocasiões (ao dirigir, engravidar, por determinação médica, entre outras), além de demonstrar os inúmeros problemas advindos do abuso de bebidas alcoólicas.

Vale lembrar que a maioria dos jovens iniciam o uso de bebidas alcoólicas por influencia da família (37,1 %) e amigos (42,1 %) e a campanha toca justamente nesse foco, visando incentivar a discussão familiar. Como a campanha é voltada para diversas faixas etárias, diversos personagens estarão envolvidos buscando atingir de forma amigável e familiar a todos. São os quadrinhos mais uma vez a serviço da educação.

Então não perca tempo e baixe AQUI a cartilha do projeto.

 visite o site PAPO EM FAMÍLIA.


quarta-feira, outubro 23, 2013

FLICA terá programação infantil

Com informações do Diário Oficial da Bahia.


 

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) apresenta, pela primeira vez, uma programação voltada para as crianças: a Fliquinha. Entre os dias 24 e 26 deste mês, começam as atividades. Os pequenos poderão participar de exposições, lançamentos de livros voltados para esse público, oficinas, teatro, bate-papo, tendo ainda momentos para ouvir histórias.


Presente em todos os dias, a Turma do Xaxado, que tem Antônio Cedraz como criador, terá um espaço reservado. Na abertura das atividades diárias, o autor de quadrinhos apresentará uma exposição guiada para as crianças. Cedraz criou vários personagens e teve os trabalhos publicados nos principais jornais de Salvador e de outros estados, e revistas lançadas por editoras de todo o país.


Com seus desenhos e histórias, ganhou prêmios e menções honrosas em concursos e exposições no Brasil e exterior, entre os quais o troféu como destaque no 2º Encontro Nacional de Histórias em Quadrinhos, realizado em Araxá (MG), em 1989, quatro troféus HQ MIX (1999, 2001, 2002 e 2003), além do Prêmio Ângelo Agostini de ‘Mestre do Quadrinho Nacional’.


Quem também estará no evento todos os dias é a atriz Cássia Valle. Ela será a responsável por contar histórias. ‘Maria & Maria’, ‘O Menino que a Caipora Carregou’ e ‘História de Tenengo’ são livros publicados e editados pelo Estaleiro Enseada do Paraguaçu, apoiador do evento, e serão narrados pela artista, que começou sua carreira no Bando de Teatro Olodum.


Entre os bate-papos, na quinta-feira, participa a professora e pesquisadora da Ufba, Cristina d’Ávila. Nesse dia, o autor Gilberto Pinto lança o livro ‘A Saga do Menino Callu’. Parte de uma trilogia, a publicação conta as aventuras de um menino baiano cheio de mistérios. A noite termina com um show de Saulo (voz e violão).


Na sexta-feira, quem também participa é Nairzinha. Cantora, compositora, assistente social e pesquisadora do folclore infantil brasileiro há 40 anos, ele é a idealizadora do programa Cirandando-Brasil, que resgata, atualiza e devolve a cultura da brincadeira brasileira para crianças, pais e professores.


Mabel Veloso também conversa com as crianças. Educadora, escritora, compositora e cordelista, ela nasceu em Santo Amaro. Ensinou durante 20 anos nesta cidade e mais dez anos em Salvador. Depois, continuou trabalhando com arte-educação. Participou de encontros, seminários em colégios, sempre apresentando o livro como o bom companheiro e o "brinquedo calado". Contou histórias em asilos e teatros, mostrando o valor da oralidade para se chegar à leitura.E publicou mais de dez livros infanto-juvenis por diversas editoras.


No sábado, participa também dos bate-papos o editor e designer Enéas Guerra. É dele a edição de arte de vários livros do etnólogo e fotógrafo Pierre Verger, com quem divide a autoria de dois livros sobre lendas africanas. Também estará presente a professora de ilustração Ciça Fittipaldi, autora de vários livros infantis que recontam mitos de diversas culturas existentes no Brasil. Mais de 50 livros infantojuvenis foram ilustrados por ela, que já ganhou vários prêmios, entre eles o Jabuti de Ilustração. A noite termina com o Teatrinho Alvoroço.

  
A Flica acontece Entre os dias 23 e 27 deste mês na cidade histórica do Recôncavo baiano e está em sua terceira edição. O evento contará com nomes locais, nacionais e internacionais. A festa será gratuita e terá shows musicais, praça de alimentação e, pela primeira vez, programação voltada para o público infantil.

Entre os palestrantes foram confirmados nomes como os internacionais Kiera Cass, Sylvia Day e Jean Claude, e nacionais, a exemplo de Laurentino Gomes, Fabrício Carpinejar e Letícia Wierchowski.