(Kiko Moreira)
Três homens armados levaram cerca de 7 mil revistas de histórias em
quadrinhos que faziam parte da coleção do maior colecionador de quadrinhos do Brasil, o fato inusitado pode parecer estranho, roubar quadrinho? O fato é que foram levados exemplares raros do anos 1930 e 1940 das revistas "O Lobinho" e "O Gibi" cujo valor poderia alcançar cerca de R$ 300 mil (caso houvesse um mercado especializado no país). A coleção pertence a Antonio José da Silva, o Tom Zé, de
63 anos, que tem mais de 200 mil revistas. Ele coleciona gibis há mais
de 40 anos, e seu acervo tem sido uma valiosa fonte de informação para
historiadores, pesquisadores e jornalistas. O colecionador mantém o
acervo com seus próprios recursos.
O roubo aconteceu por volta de 14h15, quando os homens
tocaram a campainha e após renderem o colecionador
e os dois funcionários que trabalham no sobrado, mandaram que
eles ficassem de costas e que não olhassem para seus rostos. Em
seguida, começaram a colheita, escolhendo as revistas criteriosamente
(todas estavam plastificadas) e jogando-as em sacos de lixo, que
carregaram para fora, até uma Kombi estacionada.
"Foram direto nos mais valiosos. Quem roubou certamente já esteve no
meu acervo. Não tem para quem vender, deve ter sido encomendado por um
colecionador", disse Tom Zé, que não tinha seguro do material. " O que mais me chateia é que levaram a nata dos meus
quadrinhos". O fato parece reforçar a hipótese de crime encomendado por algum colecionador, já que não existe um comércio organizado de gibis raros no país, como o existente nos Estados Unidos, onde alguns gibis raros chegam a alcançar a marca dos milhões de dólares.
"Aqui tinha a história em quadrinhos do Brasil. Aqui tinha tudo",
lamenta o colecionador, que tenta ajudar a polícia a localizar o
paradeiro de seu precioso acervo. O caso está sendo investigado pelo
27.º DP (Campo Belo), mas a polícia ainda não tem pistas dos criminosos.
(Com informações de O Estadão)
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