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quinta-feira, julho 24, 2014

Paz. Você concorda com isso?

Imagem via Pixabay

Sempre fui a favor da liberdade de expressão, contra toda forma de censura, sempre acreditei que as pessoas têm o direito de ser e de fazer o que bem entendem, mas também sempre acreditei que, a menos que essa pessoa viva isolada num planeta deserto, tem que haver regras pois, quando existem duas pessoas, existe um relacionamento e toda ação gerará uma reação que afetará o outro, assim as regras servem para limitar o poder individual de ser e de fazer, buscando um equilíbrio entre o meu querer e o seu. A liberdade não pode ser confundida com o caos, ou o mundo vive sob a égide de normas ou a sociedade se extinguirá como brasa atirada no leito de um rio. Respeitar o querer ser de cada um, infelizmente não é algo natural como gostariam alguns “intelectuais”, mesmo a educação não impregna no homem essa qualidade, somos egoístas por natureza, não por que somos maus ou por que herdamos os pecados de nossos pais, somos simplesmente muito apegados a nós mesmos, Freud explica isso muito bem com o conceito de EGO, ID e SUPEREGO, sem regras que permitam o convívio social, nem sequer teríamos saído das cavernas para ganhar o espaço. Por isso quando vejo o vandalismo gritante de alguns radicais, em especial os autodenominados “black blocs”, que não possuem nenhum objetivo além do vandalismo em si, a baderna como forma de protesto vazia, lembrando atitudes e métodos nazifascistas (a exemplo dos empregados pela juventude hitlerista ou os camisas negras italianos), porém carentes como já afirmei, de uma ideologia verdadeira, querem simplesmente anarquizar, ser contra tudo e contra todos, afirmam protestar contra os governos, lutando por democracia, mas como, se para fazer isso desafiam a própria democracia?
A alegação mais recorrente é que “como o Estado usa de violência institucionalizada contra a população…”, vamos então usar da mesma violência contra o Estado. Esquecem de uma coisa, o Estado somos todos nós; queiram ou não admitir, quem mais sofre com tais ações é a sociedade pela qual dizem lutar. Pude acompanhar alguns protestos, principalmente bloqueios de estradas, o que vi nessas ocasiões foram pessoas que nada tem a ver com a solução imediata de qualquer problema, pessoas que tentavam se deslocar para casa após um dia de trabalho, ou indo a uma consulta médica, vi crianças de colo agitadas e famintas e até mesmo um paciente que morreu por não conseguir transpor um desses bloqueios, mesmo estando numa ambulância, vi inclusive o absurdo de alguém que disse em relação ao caso “não se pode fazer uma omelete sem quebrar ovos”. Fato é que os tais radicais continuam angariando a simpatia de um grupo de intelectuais (?), ditos radicais, cujo discurso parece evocar quase sempre uma convocação as armas, mesmo afirmando clamar por paz.

Imagem via Correio Braziliense
Como temos visto nos últimos dias, muitos dos protestos, ou melhor, da violência ocorrida nestes, foi fruto de uma bem pensada estratégia de amedrontamento e formação de caos, uma tentativa de desmoralizar as forças institucionalizadas, cujos objetivos ainda são nebulosos, mas que devem aparecer com o caminhar das investigações policiais. Alguns dos líderes já foram presos e outros tentam politizar a violência argumentando sofrer perseguição “do sistema”. Muita coisa ainda deverá vir a descoberto, principalmente com o término da Copa e a aproximação do pleito eleitoral (quem financia esses grupos, quais os objetivos e quem são os beneficiados). Convêm portanto, ficar atento as diversas fontes de informação hoje disponíveis e tentar observar o que realmente ocorre por trás da notícia estampada nos noticiários.
Eu creio na Paz, essa com P maiúsculo, que respeita o direito dos outros, que sabe que certas lutas são inevitáveis, mas que a violência não é caminho para absolutamente nada, na Paz que dá a outra face, a face da denúncia, da educação, da não agressão gratuita, porque infelizmente as vezes é preciso bater sim. Creio na Paz que expõe verdades e procura não repetir erros, na Paz que busca a verdadeira Democracia, que faz mudanças com a força de um voto, na Paz que se apoia na solidariedade e justiça. Mas para isso é preciso que estejamos dispostos a fazer a maior de todas as revoluções: Mudarmos a nós mesmos.

quinta-feira, junho 20, 2013

Major da PM critica militarismo

O ator e dublador, Guilherme Briggs, divulgou na madrugada desta segunda-feira (17) uma mensagem que recebeu do Major Marcus Azevedo da Polícia Militar da Paraíba em sua página do Facebook , falando dos protestos que vem há dias ocorrendo pelo País e de como as Policias Militares vem reagindo. Isso em resposta aos inúmeros post publicados por Briggs com referencias a suposta violência abusiva da PM. (engraçado que determinado dia em São Paulo - quando PMs ficaram acuados dentro de um prédio público - houveram 08 pessoas feridas numa multidão de 65 mil, enquanto foram feridos 22 PMs entre 1500, mas a violência foi da PM é claro). Segue a mensagem:


"É, caro Briggs. Sou seu fã há tempos, desde "pequenininho" (tenho quase sua idade ) e sou Major da Polícia Militar da Paraíba. Teremos protestos aqui, mas temos também um histórico de nunca ter havido confronto com manifestantes, então cremos que tudo sairá em paz. Pouca gente não sabe de nossa realidade. Somos militares porque os governantes de hoje, a esquerda que foi oprimida pelos militares, e promulgou a Constituição de 1988, preferiu nos deixar militares, pois assim não temos direitos de cidadão. Podemos ser presos administrativamente, podemos ser presos por motim se recusarmos cumprir odens. Não temos direito a Habeas corpus se a prisão for administrativa.

Nosso regulamento discipĺinar tem o dobro da idade da Constituição, e nada a ver com ela. Podemos ser expulsos por muito pouca coisa, e ver nossas famílias a míngua. estamos submetidos a dois códigos penais (o civil e o militar). Não podemos nos filiar a partidos, nem a nos sindicalizar, ou o direito a greve. Quando há manisfestações nossas, somos tratados como amotinados, e ai, como já houve em vários locais, o exército é colocado contra nós, pois além de tudo, somos fiscalizados por eles. Enfim, somos cidadãos de 2ª classe, e com tão menos direitos do que qualquer cidadão brasileiro, é muito dificil achar quem queira se colocar a frente de qualquer coisa.
Enfim, como em Minas Gerais, que a Coronel Cláudia pode ser punida por desobedecer a justiça e permitir manifestações (que terminou em paz, e se tivesse qualquer quebra-quebra, a cabeça dela já teria rolado) tenho certeza que, se não houver vandalismo, muitas policias não oporão resistência, então, pedimos também a compreensão de todos. E obrigado, caro Briggs, pela pessoa maravilhosa que você é, e não me veja diferente pela farda que eu visto, que eu preferia fosse de uma policia verdadeiramente cidadã, sem esse militarismo que nos aprisiona em nossos uniformes."