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sexta-feira, junho 29, 2007

Não demorou nada pra que os chamados "Grupos e entidades de Direitos Humanos" passasse a acusar a Polícia de violência desmedida durante a operação no complexo o Alemão, Rio de Janeiro. A principal denúncia afirma que dos 19 mortos durante o confonto, 11 seriam pessoas "inocentes que nada tinha a ver com o tráfico", claro que a polícia resolveu praticar tiro ao alvo e, mesmo tendo tantos bandidos pra praticar, resolveu usar os moradores, cidadãos de bem da favela (que aliás nunca são atingidos pelas "balas perdidas dos bandidos... São sempre da polícia)


Não era novidade que isso ocorreria. Sempre que o Estado, principalmente quando age através de suas polícias, resolve agir no cumprimento da lei de forma enérgica, a população, ou melhor, alguma parcela da população motivada por sabe lá Deus o quê, sai com denúncias desse tipo, exaltando um suposto caráter sádico dos integrantes das forças policiais e santificando "os inocentes" que morreram durante o confronto ou que foram feridos; é sempre a mesma coisa: Os jovens envolvidos são sempre meninos estudiosos, que nunca deram trabalho (não importa se eles costumam sair à noite para espancar prostitutas ou domésticas desavisadas) ao papai ou são trabalhadores sem nenhum envolvimento com o crime.


Ora bolas! (ainda usam isso?) As estatísticas mostram que, mesmo nos países desenvolvidos, a média de resolução de crimes não chega a 10 por cento, não é portanto, difícil acreditar que muitos criminosos que agem costumeiramente sequer possuem "ficha policial" por nunca terem sido flagrados ou sido identificados, o que não quer dizer absolutamente nada.


A primariedade criminosa, que acaba conferindo ao réu uma série de benefícios, deveria ser expurgada nos crimes não passionais, afinal o que difere um criminoso que resolveu assaltar um banco pela primeira vez e outro que já o fez duas ou três? Nada, além da quantidade. O ato é mesmo, a vontade é a mesma e a consciência de estar fazendo algo delituosos também.


Precisamos saber que democracia não quer dizer condescendência, o estado pode e deve agir de forma rígida para combater aquilo que estiver em desacordo com a lei; isso, é claro, em todas as instâncias legais e para todas as classes sociais, seja em relação ao pé rapado ou ao senador corrupto. Privilégios legais (quaisquer que sejam) para quem comete um crime são um atestado de concordância, ou a menos aceitação, daquela conduta ilegal. Se existe uma coisa que eu abomino é a tal da "delação premiada" - o que tinha de ocorrer era: Ah! Você não quer colaboraa não? Então o Estado vai lhe dar mais dez anos de pena por obstruir o trabalho da justiça" - E pronto.


Quanto as denuncias dos Grupos de Direitos Humanos, claro que elas devem ser apuradas minunciosamente e se comprovadas devem gerar punição ainda mais rígida que a normal, afinal o Estado (e é isso que os policiais representam) não pode cometer ilegalidades. Mas tais grupos deveriam ser fiscalizados e suceptíveis de punição no caso de denúncias infundadas ou falsas, mas se alguém falar disso dirão logo que é tentativa de inibir as denuncias contra o estado.


Transparência sim! Mas para todos.

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