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quarta-feira, dezembro 27, 2006

Fim de ano

É a coisa mais comum do final de ano: Promessas. Que, é claro, não serão cumpridas ao longo do ano seguinte, ou não seriam “promessas de fim de ano”. Claro que já fiz as minhas e, claro, que espero cumpri-las, mas só o tempo poderá dizer se conseguirei ou não.

Final de ano é também um momento onde devemos refletir sobre o passado recente, vide a audiência dos programas televisivos de retrospectiva e verá que tenho razão, mas não se trata de apenas rememorar o que passou e sim da oportunidade de ver quais passos demos ao longo dessa caminhada e de que forma eles nos aproximaram ou afastaram de nossos objetivos.

Acredito que viemos todos ao mundo para aprender e evoluir a cada dia, não acredito em involução, o que me faz dizer que também não acredito no inferno, pelo menos não inferno dantesco ou no eterno fogo bíblico. Não acho que Deus seria essa figura tão vingativa ou que existam pecados numa vida que possam condenar alguém à eternidade, ao menos não no sentido verdadeiro da palavra.

Nem por isso quer dizer que acredite em reencarnação, por exemplo; como disse, acredito em evolução e não seria evolução voltar a esse plano para “espiar os pecados”. Paradoxalmente acredito na chamada “Lei do Karma”, presente na maioria das religiões, embora com nomes diferentes; ou você acha que “fazer aos outros aquilo que gostaria que lhe fizessem...” é o quê?

Portanto, caros leitores, final de ano é a época para reviver os fatos que marcaram os últimos trezentos e sessenta e cinco dias e repensar nossas atitudes, observando onde elas nos fizeram evoluir mais um degrau ou, quando apenas elas nos fizeram estagnar no mesmo lugar. É hora de rever as estratégias que deram certo, modificar aquelas que poderiam produzir melhores resultados e deixar de lado as que nos mantiveram estanques.

O ano que chega marca o início de um novo ciclo e acreditar que isso é real e não apenas a passagem de mais um dia, pode significar a diferença entre permanecer alheio as mudanças ao nosso redor, sendo consumido por elas, ou fazer parte dessas mudanças, influenciando através de suas atitudes na construção do futuro comum.

Há muito que fazer e muito que aprender ainda, afinal, a vida não possui sentido se não é vivida em plenitude. E a plenitude requer envolvimento e compromisso, que não chegam se não houver vontade e mais que tudo, coragem. Coragem para poder saber que se está vivo e aceitar isso como um presente que deve ser aproveitado da melhor forma possível. Feliz 2007, que ele comece de verdade dentro de você.

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