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terça-feira, dezembro 11, 2007

Águas sagradas


Não se espante se em breve você estiver vendo TV e um comercial lhe anunciar a água mineral de Jesus, a gaseificada de Maria ou a aromatizada dos apóstolos. Nova mania que começa a se espalhar nos Estados Unidos; as àguas minerais com motivos religiosos e suas agregadas promessas de bem estar espiritual, proximidade divina, curas, etc; além dos irressistíveis apelos à caridade, são produzidas por companhias que utilizam recursos tais como levar sacerdotes anglicanos ou católicos para abençoar a produção - claro, após um rígido controle de qualidade da lavra mineral - e assim transmitir ao precisoso líquido as propriedades divinas. Outras são energizadas pelo simples soar de gongos e tambores tibetanos, transmitindo, segundo seus produtores, energia e bem estar não só ao beber da àgua, mas pelo simples segurar da garrafa nas mãos. Chique não?

Uma outra companhia traz a garrafa estampada com a imagem de Nossa Senhora (há mais 10 outros motivos diferentes), juntamente com uma oração à virgem; segundo o distribuidor (um ex-negociante de pesticidas - chamado Elicko Taieb), a àgua espiritual ajuda as pessoas a "manter o foco, ter fé em si mesmos e ter fé em Deus".

Vendo a reportagem publicada na Newsweek, não pude deixar de lembar os inúmeros souvenires vendidos como milagrosos em diversos pontos considerados sagrados no Brasil, ou nem tanto. Católicos vendem santinhos e "pílulas milagrosas", evangélicos vendem oléos santos "de Israel" ou maçãs da "felicidade no lar", adeptos dos candomblés vendem banhos e beberagens. Àgua benta? Bem, não vejo melhor negócio pra indicar ao jovem investidor; se não salvar a alma, pelo menos matará a sede.

quinta-feira, março 22, 2007

Água: Você tem sede de quê?

Hoje é dia internacional da Água. Nosso País é um dos raros privilegiados nesse quesito ambiental, possuindo cerca de 11,6 % de toda água potáve do mundo, embora a maior parte dela, 70 % estejam na amazônia, onde residem apenas 7 % da população brasileira; o que causa grandes problemas de escassez em outros locais, como o Nordeste, por exemplo que possui apenas 3 % da água existente no País.
Ocorre que a população e, consequentemente, nossos governantes, ainda não demonstraram uma preocupação real com a situação futura desse recurso natural, que apesar de renovável; a água segue um ciclo que possibilita a sua constante renovação permitindo que sua quantidade não se altere no planeta; não está totalmente disponível por várias razões:
  1. Embora renovável, seu ciclo é lento e incapaz de retornar uma quantidade de água potável suficientemente grande para compensar os gastos feitos pelo homem;
  2. A maior parte da água existente no planeta está inascescível, encontrando-se nos mares, geleiras dos pólos e aqüiferos subterrâneos - Não havendo ainda uma tecnologia que possibilite o acesso viável a tais depósitos;
  3. O desperdício de água pelo homem é enorme, pois não há a conscientização da necessidade de economizar, talvez em parte a culpa seja da própria ciência que por anos ensinou na escolas sobre a abundância do recurso, sem mostrar as conseqüências do uso irresponsável;
  4. Segundo a ONU, para cada 1000 litros de água que são utilizados, outros 10 000 são contaminados com algum tipo de poluição.

Vale lembrar ainda que a ONU estima que nos países em desenvolvimento, 50 % das doenças e mortes ocorre justamente pela falta de água ou por sua contaminação e que desde 1995 um relatório prevê que as próximas guerras terão como motivação principal a necessidade de acesso à àgua (isso já vem ocorrendo em alguns países da Africa) e que em 2025 mais de 30 % da população mundial irá viver com ABSOLUTA falta de água.

Somos um País privilégiado. Mas não esqueçamos as inúmeras vezes em que já se falou em internacionalização da Amazônia e de seus recursos, muitas vezes sendo alegado que "o Brasil não vem cuidando bem de tão preciosos bem e que o descuido do País não pode prejudicar algo que deveria ser patrimônio da humanidade". Não esqueçam que no recônditos da Amazônia existem inúmeras missões estrangeiras, muitas desconhecidas até das autoridades brasileiras (como denunciou uma IstoÉ há uns dois anos), influenciando as populações locais e estudando nossas riquezas e trabalhando nossas fraquezas.

Ou abrimos o olho para essas situações ou corremos o grave risco de (sem ser futurólogo do armagedon) sermos o estopim da próxima guerra mundial.

Precisamos aprender a valorizar o que é nosso e cobrar dos representantes eleitos que nos informem e tomem atitudes que beneficiem a população e não apenas os seus interesses.

Para mais: ANA - EDUCACIONAL - MENINO MALUQUINHO -