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segunda-feira, março 28, 2011

Presidentes: Memória


Costumo observar em alguns filmes americanos a importância que os de lá dão a seus presidentes, nas escolas suas vidas são estudadas e os alunos sabem a ordem de cada um deles na linha de tempo desde George o Washignton (o primeiro) até Mister Obama (44º). Parece haver até um ranking dos mais queridos e mais odiados (rsrsrs), isso sem contar a homenagem recebida por alguns deles entalhada no monte Rushmore, localizado no estado de Dakota do Sul.
Por aqui os nossos presidentes e suas vidas são quase desconhecidas, à exceção de Lula (que virou filme) JK (mini-série global), Collor (sempre associado a corrupção, mas cuja história é desconhecida pelos mais jovens) e Getúlio Vargas (venerado pelos mais velhos e marcado pelo suicídio, mas igualmente desconhecido pelos jovens). Assim, me chamou a atenção uma coluna especial do jornal Estado de São Paulo:
"De Deodoro a Dilma" pretende montar um quadro com a biografia de todos os presidentes da república, contando fatos curiosos, o que fizeram, qual o legado de cada um. A visita vale muito a pena, lá descobri coisas interessantes, como presidentes que governaram menos de duas semanas e até quem preferia cavalos a gente. Ficou curioso? Acessa o link e confira curiosas histórias. A sua história...

terça-feira, março 01, 2011

Os meninos perdidos


(Por Kiko Moreira)

Os meninos perdidos se rebelam
E assim eles ganham respeito
Quando marcas escondidas se revelam
Uma mancha vermelha ali no peito

Os meninos perdidos se acham
Quando descem do morro pro asfalto
Afrontando os ódios com que os tacham
Vingando-se na prática do assalto

Os meninos perdidos também choram
E revelam a dor que os desespera
Mas descontam da dor onde moram
E dominam na dor sua favela

Os meninos perdidos estão perdidos
Mas logo serão encontrados
Pelo domínio dos escolhidos
Formados no tráfico dos iletrados

Os meninos perdidos não têm infância
Labutam na tormenta da vigília
Tentam, a custo, evitar a flagrância
Do Estado que os humilha

Os meninos perdidos cruzaram a linha
Rumos sem guia e sem norte
Futuro que aos poucos se definha
Buscando senão outra sorte

Os meninos perdidos uivam à lua
Tais lobos querendo-se fortes
Mas aquilo que colhem da rua
É o caminho para suas mortes