"Um País se faz com homens e com livros". Essa é talvez uma das frases mais conhecidas do escritor Monteiro Lobato, criador de uma rica galeria de personagens que fizeram a diversão de muita criança (eu entre elas) e ajudou a refletir sobre o nosso país e nossa cultura. Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté (SP) e se tornou um de nossos mais profícuos escritores, é o criador de Jeca Tatu, personagem que tentava retratar o homem do campo e suas agruras (embora o Jeca fosse um preguiçoso intratável) mostrando um pouco do cotidiano na roça e os costumes regionais. Lobato também retratou muito do folclore popular com a série de livros do Sítio do Pica-pau amarelo iniciada com "Reinações de Narizinho" de 1931. A série viraria seriado televisivo em 1952 pela TV Tupi e teria ainda outra quatro adaptações, sendo a mais famosa a exibida pela Rede Globo de março de 1977 a janeiro de 1986 (a Globo relançaria a série em 2001, indo até 2007).
A frase de Lobato infelizmente não parece ter sido levada a sério por nossas autoridades (ele também não foi levado a sério quando defendeu a extração de petróleo no Brasil) que até hoje parecem achar que educação não é prioridade e continuam a investir pouco em educação de qualidade e muito em estatísticas dúbias e metas pouco estimadas. Ainda estamos muito atrás de outros países no quesito educação pois diferente de alguns deles, preferimos investir em assisencialismo barato, relegando a segundo plano a construção de um país de pessoas educadas para o progresso, de senso crítico apurado e consciencia política.
Nossos ditos representantes ainda esperam que ajamos feito gado eleitoral que depende de leis para impor goela abaixo o direito de votar de modo independente. Ainda somos forçados ao voto tendo que escutar a bizarra frase de que "votar é um direito e um dever", com ênfase no dever e sujeitando-se a penas absurdas em caso de abstenção, naquilo que deveria ser um livre exercício de democracia.
Infelizmente ainda não somos um país de leitores, nem mesmo somos um país alfabetizado; ler e assinar o nome, ou ler um texto com meia dúzia de frases em meia hora (não é Tiririca?) não nos faz consciente daquilo que lemos e nem cientes do que somos. Infelizmente nesse dia do livro ainda nos faltam homens e leitores.
Um comentário:
ola. tuydo blz? estive aqui dando uma olhada. muito interessante. apareça por la. abraços.
Postar um comentário