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segunda-feira, abril 18, 2011

Dia do livro


"Um País se faz com homens e com livros". Essa é talvez uma das frases mais conhecidas do escritor Monteiro Lobato, criador de uma rica galeria de personagens que fizeram a diversão de muita criança (eu entre elas) e ajudou a refletir sobre o nosso país e nossa cultura. Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté (SP) e se tornou um de nossos mais profícuos escritores, é o criador de Jeca Tatu, personagem que tentava retratar o homem do campo e suas agruras (embora o Jeca fosse um preguiçoso intratável) mostrando um pouco do cotidiano na roça e os costumes regionais. Lobato também retratou muito do folclore popular com a série de livros do Sítio do Pica-pau amarelo iniciada com "Reinações de Narizinho" de 1931. A série viraria seriado televisivo em 1952 pela TV Tupi e teria ainda outra quatro adaptações, sendo a mais famosa a exibida pela Rede Globo de março de 1977 a janeiro de 1986 (a Globo relançaria a série em 2001, indo até 2007). 
A frase de Lobato infelizmente não parece ter sido levada a sério por nossas autoridades (ele também não foi levado a sério quando defendeu a extração de petróleo no Brasil) que até hoje parecem achar que educação não é prioridade e continuam a investir pouco em educação de qualidade e muito em estatísticas dúbias e metas pouco estimadas. Ainda estamos muito atrás de outros países no quesito educação pois diferente de alguns deles, preferimos investir em assisencialismo barato, relegando a segundo plano a construção de um país de pessoas educadas para o progresso, de senso crítico apurado e consciencia política. 
Nossos ditos representantes ainda esperam que ajamos feito gado eleitoral que depende de leis para impor goela abaixo o direito de votar de modo independente. Ainda somos forçados ao voto tendo que escutar a bizarra frase de que "votar é um direito e um dever", com ênfase no dever e sujeitando-se a penas absurdas em caso de abstenção, naquilo que deveria ser um livre exercício de democracia.
Infelizmente ainda não somos um país de leitores, nem mesmo somos um país alfabetizado; ler e assinar o nome, ou ler um texto com meia dúzia de frases em meia hora (não é Tiririca?) não nos faz consciente daquilo que lemos e nem cientes do que somos. Infelizmente nesse dia do livro ainda nos faltam homens e leitores.

My last day - A crucificação animada

 

My Last day é uma animação de 9 minutos realizada pelo pessoal do Studio 4º C que adapta o filme live-action "Jesus" de 1979 do pessoal da Cruzada estudantil para Cristo (Campus Crusade for Christ -CCC) e mostra a crucificação do Messias através da perspectiva de um dos ladrões que é condenado junto com ele. A animação está em inglês, mas a pretensão é que até a Páscoa existam traduções para outras línguas. Muito legal para uma reflexão nesses nossos tempos tão atribulados e cheios de violência gratuita.

segunda-feira, abril 11, 2011

O Crack, a disciplina e a responsabilidade paterna.


(Kiko Moreira)

Talvez a pior praga que surgiu na sociedade nos últimos anos tenha sido o famigerado Crack, droga que se disseminou de forma rápida e mortal pelas cidades de nosso País; alastrando-se não só nas grandes metrópoles, mas invadindo cada vez mais a pequenas cidades e suas zonas rurais; pessoas que antes nunca havia tido contato com algo mais forte que uma dose de cachaça, hoje misturam álcool, maconha e crack numa combinação fatal, noticiada diariamente nos jornais, que mostram a degradação humana que ocorre após o início do vício e resulta em furtos, violentos roubos e frequente homicídios; sem falar do desespero das famílias que, não sabendo como agir, tomam atitudes extremas como acorrentar filhos a cama para que não saiam em busca da droga, ou simplesmente desistem e os entregam à própria sorte nas ruas.
Infelizmente os governos não possuem uma política muito clara e intensiva que cuide da situação desses jovens: não se veem campanhas maciças na mídia, que eduquem e previnam contra os males do uso de tais substâncias (a última de que me lembro foi de dezembro de 2009 a fevereiro de 2010 e pouco expressiva em minha opinião), até mesmo as estatísticas disponíveis nos sites governamentais está desatualizada (dados de 06 anos atrás); não existem centros públicos de recuperação e tratamento eficientes – quando perguntados, em geral os governantes citam os CAPS (Centros de atendimento psicossocial) que são apenas locais de acompanhamento e reinserção social de pessoas com transtornos mentais. Embora existam os CAPS AD (de álcool e drogas), estes voltados a “atenção integral a transtornos decorrentes do uso abusivo e dependência de álcool e outras drogas”, não estão disponibilizados a municípios com menos de 70.000 pessoas. Mas nosso foco nesse artigo é outro: A responsabilidade dos pais.

Através de palestras e outros contatos com diversos jovens, tenho constatado em muitos deles a necessidade de sentir a presença dos pais não apenas como provedores da casa, mas efetivamente realizando o seu papel de pai/mãe. O conceito de família mudou nas últimas décadas, a ideia de aproximação com os filhos deixou de ser vista como uma relação de autoridade suprema dos pais, para uma relação de amizade e igualdade, os pais deixaram de serem “donos” de seus filhos para se tornarem “protetores e tutores”, orientados a não mais se imporem, mas negociarem aquilo que deveria ser o comportamento e aprendizado dos filhos; paralelo a esse conceito, o maior acesso a itens de consumo e a quebra paulatina de tabus de comportamento levou a nossa sociedade a uma busca ilimitada de prazer imediato, tornando até mesmo a relação entre as pessoas uma coisa descartável e impessoal, frases como “fiz uma amizade hoje, briguei, busco outra num site de relacionamento e tudo bem” ou “fiquei com um rapaz numa festa, beijei muito, não sei o nome dele e amanhã fico com outro ou até outros”, passaram a ser ouvidas com uma frequência assustadora. Claro que esse tipo de relação entre pessoas acaba influenciando a relação dentro da família, que termina por espelhar o comportamento social.
Se antes os pais controlavam seus filhos com mão de ferro e geralmente um cinturão de couro, passaram a negociação e chegaram a inevitável cumplicidade de quem precisa trocar alguma coisa, o que era obrigação, passou a ser mercadoria: “você estuda e eu lhe compro um celular novo”, “eu não incomodo o seu descanso e você me deixa ir a qualquer festa de fim de semana” ou pior “você não me pergunta com quem ando e eu não lhe preocupo dizendo que estou andando com viciados em crack”. Disciplinar os filhos passou a ser vista como algo repressivo ou pior, um incômodo a ser evitado. Mas será que os filhos não querem mesmo ser disciplinados? – Creio que não é bem assim, frequentemente tenho ouvido jovens queixando-se de falta de maior controle pelos seus pais, de falta de regras que lhes digam como se comportar; sentem muitas vezes que seus pais simplesmente “Não se importam”, que não se preocupam com que os filhos fazem no dia-a-dia. Disciplina não significa repressão e nem afasta os filhos de seus pais, ao contrário, pode aproximá-los ainda mais, pois o filho saberá que tem alguém preocupado com ele, que lhe dá limites, que o ama, que o aconselha e educa. Disciplinar é um ato de amor que vai preparar o seu filho para enfrentar as dificuldades e as negações impostas pela vida. Respeito nada tem a ver com permissividade, mas tem muito a ver com regras bem definidas e coerentes, é preciso que o filho saiba o que pode fazer e mais ainda aquilo que não pode, mas é preciso também que ele saiba o porquê, isso cria aproximação e dá as ferramentas que o ajudarão a enfrentar esse mundo cada dia mais confuso. Disciplina, amor e muito diálogo, está aí uma fórmula que dificilmente dará errado na luta contra o crack e outros perigos.

quarta-feira, abril 06, 2011

SENAD PROMOVE CONCURSOS DE PREVENÇAO A DROGAS

A SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) está promovendo o XII Concurso Nacional de Cartazes, o I Concurso Nacional de Vídeo, o IX Concurso Nacional de Fotografia e o IX Concurso Nacional de Jingle. Este ano os concursos têm como tema "Arte e Cultura na prevenção do uso de crack e outras drogas".
Em parceria com o Centro de Integração Empresa/Escola - CIEE, a SENAD está lançando o X Concurso de Monografia para Estudantes Universitários, com o tema A Intersetorialidade como Estratégia de Enfrentamento ao Crack. Os trabalhos devem ser postados até o dia 25 de abril de 2011.

SAIBA MAIS AQUI. ou clique em cada imagem para ir ao edital de cada concurso.