Dizem que a história costuma se repetir, no caso da recente tragédia ocorrida no estádio Otávio Mangabeira, popularmente conhecido como "estádio da Fonte nova" - devido ao fato de estar situado bem ao lado da ladeira da fonte, onde realmente existe uma fonte de água natural - a coisa não podia ser mais verdadeira e já profetizada há décadas pelos "mau-agouristas" de plantão. Meu pai estava na "Fonte" em março de 1971, durante o jogo entre Bahia e Grêmio (jogaram também Vitória e Flamengo), dia da reinauguração do estádio (construído em 1951), que havia sido ampliado, quando um dos refletores estourou, criando a maior confusão, já que as pessoas acreditaram que o estádio estava desabando, várias pessoas saíram feridas e três acabaram morrendo na correria do "salve-se quem puder". Pai diz que viu muita gente ser pisoteada e ele mesmo quase o foi, junto com os primos que o acompanhavam e, que graças aos santos e orixás da Bahia, conseguiram sair de lá ilesos.
Naquela época o estádio não desabou, mas no imaginário popular a cena sempre foi visualizada como algo possível e próximo. - Quem já esteve no anel superior num dia de final de campeonato, sabe bem o que eu digo. - A diversão de muita gente sempre foi ver as arquibancadas balançando a cada lance emocionante; estar lá em cima era empolgante e assustador.
Não era de hoje que a Fonte precisava de reformas, seus problemas não apareceram nos últimos meses e nem foram detectados apenas em razão da pretensão à sediar jogos da Copa de 2014 (O estádio nunca teve a mínima condição para isso), eles vêm se acumulando há anos, frutos de uma série de descasos governamentais e das entidades esportivas, que sempre visaram o lucro fácil através da exploração do "vício do povo".
Os dois "únicos" times baianos acumulam recordes de público, mesmo estando nas divisões inferiores do "brasileirão", seus torcedores choram e se desesperam, imploram aos orixás que "fechem o gol" de seus times favoritos e dão um verdadeiro espetáculo de amor e fidelidade nos estádios; nem por isso são agraciados com desempenhos memoráveis de seus times; na maioria das vezes ocorre justamente o contrário: desempenho medíocre e desapaixonado. Parece que só mesmo a fé tem ajudado nas campanhas do campeonato.
Há muito que o torcedor baiano merece mais respeito, um estádio mais moderno e confortável, com melhor acesso e segurança, sem os preços absurdos cobrados por cambistas de "coluio" com dirigentes e administradores. A tragédia atual, na qual morreram 07 pessoas (poderiam ter sido muitas mais), serviu apenas para nos mostrar o quanto o descaso com o povo vigora nos meios políticos, administrativos e esportivos. Agora, os oportunistas falam que avisaram e os responsáveis dizem que não foram avisados; fica-se por isso mesmo: Vidas perdidas, estádio vazio....
Mas não se preocupem, vem mais uma obra faraônica por aí, afinal o show não pode parar e futebol também dá voto. 2014, demolindo um estádio ou construindo outro, teremos nossa copa.
Naquela época o estádio não desabou, mas no imaginário popular a cena sempre foi visualizada como algo possível e próximo. - Quem já esteve no anel superior num dia de final de campeonato, sabe bem o que eu digo. - A diversão de muita gente sempre foi ver as arquibancadas balançando a cada lance emocionante; estar lá em cima era empolgante e assustador.
Não era de hoje que a Fonte precisava de reformas, seus problemas não apareceram nos últimos meses e nem foram detectados apenas em razão da pretensão à sediar jogos da Copa de 2014 (O estádio nunca teve a mínima condição para isso), eles vêm se acumulando há anos, frutos de uma série de descasos governamentais e das entidades esportivas, que sempre visaram o lucro fácil através da exploração do "vício do povo".
Os dois "únicos" times baianos acumulam recordes de público, mesmo estando nas divisões inferiores do "brasileirão", seus torcedores choram e se desesperam, imploram aos orixás que "fechem o gol" de seus times favoritos e dão um verdadeiro espetáculo de amor e fidelidade nos estádios; nem por isso são agraciados com desempenhos memoráveis de seus times; na maioria das vezes ocorre justamente o contrário: desempenho medíocre e desapaixonado. Parece que só mesmo a fé tem ajudado nas campanhas do campeonato.
Há muito que o torcedor baiano merece mais respeito, um estádio mais moderno e confortável, com melhor acesso e segurança, sem os preços absurdos cobrados por cambistas de "coluio" com dirigentes e administradores. A tragédia atual, na qual morreram 07 pessoas (poderiam ter sido muitas mais), serviu apenas para nos mostrar o quanto o descaso com o povo vigora nos meios políticos, administrativos e esportivos. Agora, os oportunistas falam que avisaram e os responsáveis dizem que não foram avisados; fica-se por isso mesmo: Vidas perdidas, estádio vazio....
Mas não se preocupem, vem mais uma obra faraônica por aí, afinal o show não pode parar e futebol também dá voto. 2014, demolindo um estádio ou construindo outro, teremos nossa copa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário