Olá pessoal. Aqui estamos com o sexto número da nossa querida revista. Espero que vocês leiam e aproveitem, tá muito legal essa edição. Compartilhem também. Valeu e boa leitura.
terça-feira, dezembro 13, 2022
terça-feira, novembro 08, 2022
Nada de novo no front
Kiko Moreira
A crueldade, a inclemência e a inutilidade da guerra precisam ser avivadas vez ou outra em nossa memória, principalmente em tempos nos quais parecemos nos importar tão pouco como nosso semelhante e onde os sentimentos de unidade, de compaixão, de espanto diante da violência parecem ter endurecido em nossos corações. Não a toa nos divertimos em espalhar fotos de acidentes sangrentos, reproduzir notícias falsas sem preocupação com conseqüências ou mesmo aceitar ilegalidades como meros comportamentos sociais.
A guerra não é e nunca foi algo bom, heróico ou grandioso; ao contrário, é sempre um pesadelo sujo, fétido e humilhante para aqueles que as lutam. Talvez os que engrandeçam o ato de guerrear sejam justamente o que ficam encastelados no conforto de seus gabinetes traçando planos e fornecendo carne humana para ser triturada em batalhas nas quais sequer se tem clareza sobre os objetivos de se estar ali.
O filme Nada de novo no front (Im Westen nichts Neues, 2022), produção alemã dirigida por Edward Berger e baseada no romance de mesmo nome do escritor Erich Maria Remarque, lançado em 1929 é uma releitura interessante, crua e necessária da obra, que já havia sido adaptada outras duas vezes para o cinema (1930) e TV (1979). Curioso é que na época em que Hitler estava no poder proibiu a exibição do filme de 30 e mandou queimar o romance pelo seu teor pacifista e classificado como derrotista pelo Führer.
Logo no início do filme chama atenção a cena em que soldados retiram os fardamentos dos mortos e o enviam para serem lavados e costurados, para então serem entregues a outros soldados que novamente sendo mortos servirão seus uniformes a outros alimentando o ciclo famélico de sangue da guerra. As cenas de batalha são sensacionais e transmitem todo o medo, confusão e angústia de estar ali, não há tempo para pensar, refletir ou mesmo lutar, a única coisa é correr, atirar e dar sorte de não ser morto. Não há objetivo na guerra e isso fica mais do que evidente nas trincheiras enlameadas, cheias de ratos, sem comida ou esperança, fazendo com que uma travessura para roubar um ganso se torne uma faísca tênue de esperança e alegria.
-Im Westen nichts Neues- (Alemanha, 2022)
Direção: Edward Berger
2 hr 28 min (148 min)
disponível na Netflix
domingo, outubro 30, 2022
KIKOSOFIA NOVEMBRO
E continuamos com nosso projeto de revista, chegando agora ao número 05. Falamos de música, poesia, consciência negra, dicas de cinebiografia imperdíveis, cuidados com a próstata, república, etc. Trazemos ainda dois artigos de colaboradores que trazem refelexões importantíssimas sobre nosso tempos e claro uma boa leitura.
Quer colaborar com o projeto? Contos, Poesias, Opiniões, etc. Mande um e-mail para kikomoreira@hotmail.com com o assunto: kikosofia.
Boa Leitura e obrigado por seguir conosco.
segunda-feira, outubro 17, 2022
Kikosofia 04
Estamos no número 04. Espero que você faça o download da revista. Leia. Se divirta, compartilhe e colabore. É um prazer ter você nessa jornada.
segunda-feira, setembro 12, 2022
Escrevo essas linhas logo após o anúncio oficial da morte de Elisabeth II, que por um longo período de 70 anos foi a soberana do Reino Unido e, de certa forma, o retrato da monarquia no mundo. Discreta, simpática e extremamente carismática, Elisabeth foi muito mais que uma monarca, mas um símbolo de profundos valores de tradição e nobreza. Sua popularidade era tanta que era vista por muitos fora da Inglaterra como uma espécie de vovó do mundo, aquela que todo mundo parece sonhar em ter, rica, bondosa e carinhosa. Claro que esta é uma visão romantizada e em muitos aspectos distante da real vida protagonizada pela Rainha. Muitos escândalos marcaram a trajetoria familiar da soberana, desde a renuncia do seu tio Eduardo VIII para casar com uma americana divorciada, o que possibilitou a subida de seu pai Jorge VI ao trono e a colocou na linha direta de sucessão, passando pelos problemas com a irmã Margareth, com o marido Phillip, os problemas conjugais de seu filho Charles (agora Rei), com a popular Princesa Diana, a separação dos dois e a consequente morte desta.
Fato é que Elisabeth personificou, como nenhum outro monarca, a alma de seu povo, apesar da presença sempre discreta e comedida, foi responsável por mostrar um pouco da vida da realeza ao público, sua coroação foi a primeira a ser transmitida pela televisão em 1953, assim como também permitiu nos anos 70 filmagens da vida familiar para um programa da TV Britânica. Por décadas a vida íntima da família real foi objeto de curiosidade e admiração pela população não apenas do Reino Unido, mas com os avanços dos meios de comunicação, também do mundo inteiro. Basta ver as inúmeras produções de séries e filmes que nos últimos anos de alguma forma retratam a vida em torno da Monarca.